Aconteceu no LISA
O filme "Woya Hayi Mawe", de Rose Satiko Hikiji e Jasper Chalcraft e produzido no LISA será exibido no Seminário Internacional “África, Brasil e Diáspora: ressignificando os olhares e as relações entre os povos”.
Confira aqui o teaser do filme!
A presença africana na música brasileira se manifesta de diversas formas. Se, em 1966, Baden Powell “carioquizava” o candomblé com os afro-sambas que compôs com Vinícius de Moraes, meio século depois vivemos um momento inédito com a chegada de músicos de diferentes países africanos à metrópole paulistana. No filme Afro-Sampas observamos o que pode acontecer quando músicos dos dois lados do Atlântico são colocados em contato na cidade onde vivem. Yannick Delass (República Democrática do Congo), Edoh Fiho (Togo), Lenna Bahule (Moçambique) e os brasileiros Ari Colares, Chico Saraiva e Meno del Picchia aceitaram nosso convite para um primeiro encontro no qual experimentam sonoridades, memórias e criatividades.
Afro-Sampas recebeu o prêmio de melhor filme no Encontro da ANPOCS, 2020, e Woya Hayi Mawe – Para onde vais? – outro filme dos mesmos diretores – foi eleito o melhor média-metragem no Prêmio Pierre Verger 2020 (Associação Brasileira de Antropologia).
O evento é comemorativo do aniversário de São Paulo e a sessão do filme será online via Zoom, no dia 23 de janeiro, sábado, às 15h. Inscrições gratuitas!
Inscrições no site da Casa Guilherme de Almeida
A exibição do documentário e o debate serão online através da plataforma Zoom
Nesta quarta-feira, 9/12, às 19h, a professora Rose Satiko Hikiji, vice-coordenadora do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP), é entrevistada no In-Edit Talks, por Marcelo Aliche e Maurício Gaia do In-Edit Brasil, Festival e canal de Documentários Musicais.
O Napedra tem sido pioneiro em estudos de performance na antropologia brasileira. Organizou eventos que marcam o campo da antropologia da performance, tais como o Encontro Antropologia Internacional de e Performance – EIAP (2011), o I Encontro Nacional de Antropologia e Performance – ENAP (2010), e os Encontros com Richard Schechner(2013). Propôs os primeiros fóruns de pesquisa e grupos de trabalho em estudos de performance da Associação Brasileira de Antropologia (ABANNE 2003; RBA 2004, 2006, 2012) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS 2005, 2006, 2007). Organizou fóruns de pesquisa e grupos de trabalho no Primeiro Congresso Latinoamericano de Antropologia (ALA 2005) e Reuniões de Antropologia do Mercosul (RAM 2005, 2009). Em 2009, realizou o Colóquio do Napedra: Sons, Ruídos e Poéticas da Performance. De 2008 a 2013, desenvolveu o projeto temático Antropologia da Performance: Drama, Estética e Ritual (06/53006-2), período em que se destaca a participação de Regina Pólo Müller, como uma pesquisadora principal. Do projeto resultaram 22 livros, 81 artigos, 82 capítulos de livros, e 102 apresentações internacionais.
Para conferir o resumo da programação clique aqui.
O link da plataforma ZOOM para participação de todos os eventos, você encontra aqui.
Confira a apresentação da professora Sylvia neste link!
Ministrantes: Ariane Couto Costa e Pâmilla Villas Boas Ribeiro
Coordenação: Profa. Dra. Rose Satiko Gitirana Hikiji
Período de inscrição: 14 a 16/07
Mais informações neste link
O curso tem como objetivo geral discutir a utilização do audiovisual como ferramenta em trabalhos de campo. A partir das experiências de produção audiovisual das ministrantes em trabalhos etnográficos no norte de Minas Gerais e no Piauí junto a grupos de cultura afro- brasileira de batuques, terreiros e capoeira de quilombo irá suscitar questões sobre as múltiplas representações que o exercício de filmagem pode provocar. Realizando o registro de diferentes práticas, vimos no suporte do filme, uma opção de narrativa polissêmica que possibilitaria diminuir a assimetria entre as demandas e interesses de pesquisadores e as demandas e interesses dos grupos locais. Construir uma abordagem fílmica baseada na polifonia e no diálogo explícito com os interlocutores possibilita formas alternativas de representação do "outro" a partir do encontro de pontos de vistas. É importante ressaltar que o audiovisual não resolve o problema da representação nas ciências sociais, mas pode fornecer exercícios de criação de zonas de contato, lugares em que as vozes de pesquisadores e colaboradores possam ecoar. Meios para que essas vozes e presenças possam ocupar lugares onde essas pessoas, por motivos políticos e sociais, até então jamais puderam estar.
Ministrantes:
Ariane Couto é mestranda em Ciências Sociais (Antropologia Social) na área de antropologia das populações afro-brasileiras, pesquisando patrimônio cultural e quilombos na FFCLH-USP.
Especialista (MBA) em Gestão Cultural pela Fundação Getúlio Vargas (FGV SP), com ênfase na área de Gestão do Patrimônio Cultural. Bacharel em letras (linguística e literatura) nas habilitações alemão e português (2009) pela Universidade de São Paulo (USP), licenciada em letras português também pela Universidade de São Paulo (2010).
Pâmilla Vilas Boas é doutoranda em Antropologia Social pela USP e Mestre em Antropologia pela UFMG (2017) com pesquisa em antropologia da performance, sobre os batuques do Rio São Francisco. É integrante do Núcleo de Antropologia, Performance e Drama da USP, diretora do documentário sobre música e memória nos batuques do Rio São Francisco e idealizadora do encontro regional de batuques da região do alto médio São Francisco em parceria com a comunidade quilombola de Bom Jardim da Prata.
A professora Rose Satiko foi entrevistada no ciclo de web conferências sobre trajetórias pessoais e história da antropologia visual no Brasil.
www.youtube.com/c/LabomeVisualidades
Inscrições: eventos.uvanet.br
Essa palestra promove pensamentos preliminares sobre a produção da história na precária comunidade informal de Nova Jerusalém, na cidade filipina de Dapitan, no sul das Filipinas. Essa comunidade é a capital sagrada do Reino de Deus, uma organização messiânica cujos rituais mais importantes são aulas de história baseadas em aritmética elaborada e em combinações de narrativas nacionais bíblicas e filipinas.
Como vários outros grupos filipinos, essa organização vê o herói nacional José Rizal (1861-1895) como o próprio Deus, mas o interpreta de uma maneira particular, como parte de uma trama aritmética que retrata os filipinos como a nova terra prometida dos israelitas. . Com base no trabalho de campo realizado em janeiro e fevereiro de 2019, esta palestra examina como, colocando a história, a aritmética e o nacionalismo no centro de sua teologia, o Reino de Deus atrai pessoas empobrecidas de todo o país; produz uma temporalidade que é repetitiva e teleológica; dá um significado sagrado às histórias coloniais e pós-coloniais; e antecipa um futuro de autonomia, igualdade, saúde e riqueza para os filipinos.
Uma palestra (em inglês) do Prof. João Felipe Gonçalves
Departamento de Antropologia
Universidade de São Paulo
Debatedor: Prof. Gideon Lasco
Departamento de Antropologia
Universidade das Filipinas Diliman
Manila, Filipinas
Realização:
Universidade de São Paulo
Agência USP de cooperação internacional
Programa de pós graduação em Antropologia Social
CANIBAL - Grupo de Antropologia do Caribe Global
27, 28 e 29 de novembro de 2019
Organização:
Núcleo de Antropologia, Performance e Drama – NAPEDRA
Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA
quarta-feira, 27, manhã, 9h30
1 Movimento quadril: dos ricochetes do quadril feminino “periférico” à construção de subjetividade em contextos anti-patriarcais
Ana Carolina Alves de Toledo (Grupo Terreiro de Investigações Cênicas/UNESP)
2 Indumentárias, trajes e vestimentas de candomblé: perpetuação na diáspora brasileira
José Roberto Lima Santos (Grupo Terreiro de Investigações Cênicas/UNESP)
3 “O jogo de facho das comadres”: corpo, técnica e performance das marisqueiras (Matarandiba, Ba)
Renata Freitas Machado (Napedra/USP)
quarta-feira, 27, tarde, 14h
1 Réus e jurados nos palcos e bastidores dos Tribunais do Júri brasileiro e francês: eloquências do silêncio e da voz
Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer (Núcleo de Antropologia do Direito – Nadir/USP)
2 Reflexões sobre patrimônio cultural como experiência e performance
Carlos E. R. Gimenes (Napedra/USP)
quarta-feira, 27, tarde, 16h30
1 Recital de músicas acusmáticas feitas por alunos do Projeto Guri
Rafael Fajiolli de Oliveira (USP)
2 ::SITUAÇÕES:: o lugar específico na criação performática
Danikùle - Danilo Bezerra de Souza (USP)
3 O exercício performático da pesquisa antropológica
Bárbara Ariola (PPGCS/UNIFESP)
quinta-feira, 28, manhã, 9h30
1 É como tentar organizar um rio: reflexões sobre montagem e representação nos batuques do rio São Francisco
Pâmilla Vilas Boas (Napedra/USP)
2 O ensino de artes corporais e música para escolas de arte: capoeira e teatro
João Luis Uchoa (Napedra/USP)
3 Batuko e Kola San Jon: Práticas culturais cabo-verdianas em Lisboa, na perspectiva dos estudos decoloniais
Marianna Francisca Martins Monteiro (Grupo Terreiro de Investigações Cênicas/UNESP)
quinta-feira, 28, tarde, 14h
1 “Foi um projeto muito bom, mas acabou com o que nóis tinha”: ambíguas visages do “progresso” em comunidades tradicionais e quilombolas do Pará
Adriana de Oliveira Silva (Napedra/USP)
2 “O Quilombo Ilú Obá não se cala!”: narrativas corp-orais de matriz africana em São Paulo
Ingrid D’Esposito (Antropologia, Dipartimento di Cultura, Politica e Società – Università di Torino, Itália)
3 Do campo de Mandinga à Carta do ABC – O ofício do Mestre da Capoeira: performance, memória e informação
Luis Flecha (Núcleo de Estudos sobre Performances, Patrimônio e Mediações Culturais – NEPPAMCs/UFMG)
quinta-feira, 28, tarde, 16h30
O ciclo de palestras aborda os robôs no cinema de ficção analisando os filmes: Il Casanova de Fellini (um episódio), Metropolis de Fritz Lang, Her de Spike Jonze, Ex Machina de Alex Garland, Blade Runnerde Ridley Scott e Blade Runner 2049 de Denis Villeneuve.
O curso contextualiza a figuração fílmica das entidades robóticas e sua representação como um duplo humano, explorando a natureza antropomórfica e sua sexualização. Faz uma viagem fugaz pelos ancestrais mecânicos e pelas figuras imaginárias que precederam e acompanharam o nascimento dos autômatos desde os robôs até os cyborgs. Realiza uma jornada não apenas pelas regiões do imaginário cinematográfico, mas também pela representação do outro zoo-techno-terio-morpho, em especial, uma jornada pela hibridização, no entrelaçamento com o outro, na construção de figurações sexualmente quiméricas como lugares de desejo e cuidado.
Riccardo Putti é professor na Università degli Studi di Siena e na Scuola di Specializzazione in Beni Demoetnoantropologici Università degli Studi di Perugia e diretor do laboratório de antropologia visual Ars Videndi.
Idioma: italiano com tradução
Quando: 21, 22, 25 e ,26 de novembro/2019
Horário. 10h-13h
Inscrições de 11/10 até 10/11 pelo email: lopes@usp.br
(Enviar mini currículo de até 120 palavras)
Evento Gratuito
Público alvo: estudantes de graduação e pós-graduação, professores e pesquisadores interessados na área. Será fornecido um certificado para aqueles que tiverem ao menos 70% de presença.