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Giulia Durães Gonçalves

Em São Roque, interior de São Paulo, moradores e turistas se reúnem mensalmente em uma casa centenária para acompanhar as apresentações do Grupo de Choro, Seresta e Serenata, que há dez anos vem resgatando práticas musicais do passado local. Seguindo o trajeto destes sons que conectam casas, ruas, pessoas e temporalidades, o filme apresenta as memórias que atravessam o engajamento com a música neste contexto, onde relembrar o passado é também uma maneira de construir um espaço de sociabilidade no presente. Três personagens ligados ao Grupo guiam o desenvolvimento do filme: Mari(coordenadora), Bela (madrinha) e Zé do Nino (anfitrião).

Jasper Chalcraft e Rose Satiko Gitirana Hikiji

O que artistas africanos que chegam ao Brasil nos últimos anos carregam consigo na travessia? Como dialogam as diásporas africanas – a nova diáspora criativa e a que fez do Atlântico um cemitério? Que palcos são ocupados, construídos, preenchidos com as performances dos artistas que atravessam o oceano? Ancestralidades atualizadas em performances que constroem um presente afropolitano em uma metrópole em que é necessário ser atrevido, colorir o cinza. São Palco – Cidade Afropolitana apresenta a cidade de São Paulo como um meta-palco ocupado por artistas do Togo, Moçambique, República Democrática do Congo e Angola, entre outras nações africanas, em diálogo com a população brasileira e suas aberturas, contradições e tensões.

Lia Malcher

Cleide Vasconcelos é cantora, compositora e liderança comunitária do Quilombolo de Arapemã, na região do baixo Tapajós. A música a acompanha no seu cotidiano, tornando-se uma ferramenta importante de narrativa sobre sua vivência ribeirinha, na luta por seu território e nas relações que constrói junto à sua família e companheiras de movimento social.

Mihai Andrei Leaha

Três drag queens brasileiras se preparam para uma Drag Race em São Paulo. Enquanto se arrumam para o show, Satine, Di Vina Kaskaria e Gabeeh Brasil compartilham sobre como as experiências e lutas vividas no processo de elaboração das suas drags as transformaram em multi-artistas. Durante o concurso, essa transformação é revelada e encenada, e se mistura à festa Caps Lock, na vibrante cena independente de música eletrônica em São Paulo.

Mihai Andrei Leaha

Nubia é uma clubber e fotógrafa da cena independente de música eletrônica em São Paulo. Andando pelo centro da cidade de São Paulo, durante o evento SP na Rua, ela fotografa enquanto dança e interage com amigos e performers. Suas fotografias revelam um olhar original, político e estético, que capta de forma vívida as cenas desse universo deslumbrante.

Yuri Prado

A cada 27 de setembro, Julio Valverde e sua família realizam um caruru de Cosme e Damião no Soteropolitano, restaurante de comida baiana localizado em São Paulo. Ao longo de 25 anos, a promessa de oferecer essa festa foi cumprida. Será ela capaz de resistir aos impactos da pandemia?

Paula Bessa Braz e Mihai Andrei Leaha

Uma família decide abrir uma escola de música erudita na sua própria casa. Os irmãos Cruz se organizam para dar aulas e ensinar às outras crianças do bairro aquilo que amam. Pouco a pouco, a casa se transforma num local de encontros musicais, num dos bairros mais perigosos de Fortaleza. Mas, para alcançar o sonho de viver de música, é preciso um pouco mais. Até onde a música os levará?

Rose Satiko G. Hikiji e Jasper Chalcraft

A presença africana na música brasileira se manifesta de formas diversas. Se em 1966, Baden Powell “carioquizava” o candomblé com os Afro-sambas que compôs com Vinícius de Moraes, meio século depois vivemos um momento inédito com a chegada de músicos de diferentes países africanos à metrópole paulistana. No filme AFRO-SAMPAS observamos o que pode acontecer quando músicos dos dois lados do Atlântico são colocados em contato na cidade onde vivem. Yannick Delass (República Democrática do Congo), Edoh Fiho (Togo), Lenna Bahule (Moçambique) e os brasileiros Ari Colares, Chico Saraiva e Meno del Picchia aceitam nosso convite para um primeiro encontro no qual experimentam sonoridades, memórias e criatividades.

Luis Felipe Kojima Hirano

Habitar os olhos, caminhar ao longo de imagens e seguir linhas desenhadas com uma câmera fotográfica são algumas das experiências propostas neste filme. Ele se baseia no relato e nas composições feitas pela fotógrafa Evelyn Torrecilla, a partir de suas vivências na terapia Arte Org, responsáveis por uma transformação em suas formas de ver e fotografar. O filme convida o espectador a mover seus sentidos ao longo de fotos tiradas por Evelyn. A trilha sonora, composta pela musicista e terapeuta arteorguiana Javiera Abufhele, também reverbera aprendizagens dessa terapia. O resultado é uma experiência sinestésica que sugere um embaralhamento entre cinema, fotografia, desenho e música.
A produção é fruto da pesquisa de Pós-Doutorado intitulada “Modos de perceber e formas de cuidar de si: uma etnografia audiovisual da terapia Arte Org”, realizada por Luis Felipe Kojima Hirano no PPGAS-USP e no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia, sob a supervisão de Sylvia Caiuby Novaes, entre 2019 e 2020. A pesquisa buscou sistematizar oito anos de trabalho de campo na terapia Arte Org, criado por Jovino Camargo Jr., que segue os princípios da psicologia corporal e perceptiva de Wilhelm Reich. A partir de uma série de exercícios que trabalham o corpo e a percepção, a Arte Org busca lidar com o funcionamento humano contemporâneo, potencializando modos de ver e sentir o mundo. Nessa pesquisa, cartografei os atravessamentos da experiência corporal e perceptiva na produção artística de fotógrafos, músicos, bailarinas/os, atores e atrizes arteorguianos. O curta-metragem “Habitar os olhos” é o primeiro episódio de uma série em elaboração, que visa explorar imageticamente os movimentos desses artistas. A pandemia de Covid-19 impôs desafios para a concepção inicial do filme. A impossibilidade de continuar as filmagens abriu espaço para um intenso trabalho de montagem com as fotografias de Evelyn Torrecilla. Se não era possível filmar as andanças da fotógrafa por diferentes paisagens por conta da quarentena, ao menos era possível caminhar ao longo de suas fotografias, buscando, assim, sair um pouco do enclausuramento imposto pela pandemia. O resultado é um misto de documentário e fotofilme – um convite a ouvir a experiência de Evelyn na Arte Org e a caminhar com os olhos por suas fotografias.

Josep Juan Segarra

Roland Barthes anunciou uma provocadora "morte do autor" enquanto Michel Foucault se perguntou "o quê é um autor?". Para além desses autores reconhecidos, como cabe pensar as hierarquias e as autorias implicadas nos filmes etnográficos? Existem camadas autorais? Uma antropóloga, um músico e um artivista cultural, que fizeram o filme "A arte e a rua"" juntos, refletem sobre essas questões.

André Lopes e Joana Brandão

Jovem liderança e realizadora audiovisual, Patrícia Ferreira vem sendo reconhecida pelos documentários que realiza com o seu povo, os Guarani Mbya. Ao ser chamada para debater seus trabalhos em um dos maiores festivais de cinema etnográficos do mundo, o Margaret Mead Film Festival, realizado no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, Patrícia se depara com uma série de exposições, debates e atitudes que a fazem refletir sobre o mundo dos “juruá”, contrastando-o com os modos de existência guarani.

André Lopes e Typju Myky

O Ãjãí é um divertido jogo em que somente a cabeça dos jogadores pode encostar na bola. Essa prática, compartilhada por poucos povos indígenas no mundo, está presente entre as populações Myky e Manoki de Mato Grosso, falantes de um idioma de família linguística isolada. Jovens indígenas do povo Myky decidem filmar e editar pela primeira vez o seu jogo, para divulgá-lo fora das aldeias. Mas para organizar essa grande festa, seus jovens chefes encontrarão alguns desafios pela frente.

Edson Matarezio

Mapana é o nome de uma associação de mulheres do povo Ticuna. Localizada em Belém do Solimões (8 mil pessoas), a maior comunidade deste que é o maior grupo indígena do Brasil. Esta associação fornece produtos de suas roças para a merenda escolar de todas as escolas de Tabatinga (AM). Com seus resultados, tamanho e volume de produção, trata-se de uma experiência única que serve de exemplo para outras associações indígenas e comunitárias.

Nyg Kuitá Kaingang e Paola Gibram

Este documentário, co-dirigido pela pesquisadora indígena Nyg Kuitá Kaingang e pela antropóloga Paola Gibram, apresenta reflexões e performances dos integrantes do coletivo de juventude kaingang Nẽn Ga, da Terra Indígena Apucaraninha, localizada no norte do estado do Paraná, na região sul do Brasil. As vozes kaingang – kanhgág vĩ – apresentam-se neste documentário por meio das falas de alguns dos integrantes e de pessoas ligadas ao coletivo, bem como por meio dos cantos – considerados uma das principais formas pelas quais presentificam seus ancestrais [javé] e trazem para perto de si seus jagré [espíritos-guia]. O filme mostra a forte ligação do movimento Nẽn Ga com a escola indígena, explorando as formas pelas quais os kaingang contemporâneos refletem sobre as usurpações culturais e existenciais decorrentes dos muitos anos de contato com os fóg [brancos, não-indígenas] e a necessidade urgente de se retomar as práticas e conhecimentos kanhgág que lhes foram proibidos ou violados – os quais consideram que estavam “dormindo” e agora estão sendo “acordados”. No filme são exibidas cenas da Festa do Pãri, uma das principais retomadas realizadas pelo coletivo. Durante os cinco dias de festa, os kaingang ficam acampados à beira do rio Apucaraninha, durante os quais preparam o pãri, uma armadilha de pesca ancestral kaingang, feita de taquara trançada. O documentário mostra também a participação do Nẽn Ga em eventos de mobilização política indígena, uma das principais vertentes de atuação e formação deste coletivo.

Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi

Apenas seis anciões da população Manoki na Amazônia brasileira ainda falam o idioma indígena, um risco iminente de perderem o meio pelo qual se comunicam com seus espíritos. Apesar desse ser um assunto difícil, os mais jovens decidem narrar em imagens e palavras a sua versão dessa longa história de relações com os não indígenas, falando sobre as suas dores, desafios e desejos. Apesar de todas dificuldades do contexto atual, a luta e a esperança ecoam em várias dimensões do curta-metragem, indicando que “a língua manoki viverá!”