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Carolina Abreu e Marianna Monteiro

A Pedra Balanceou explora as trocas entre a brincadeira de rua do Nego Fugido e as provocações de agitprop - agitação e propaganda - do teatro de grupo paulistano. Deslocado de seu tradicional percurso em Acupe, no recôncavo baiano, o Nego Fugido que acontece pelas ruas de São Paulo revela uma violenta força estética que vai ao encontro da militância dos grupos teatrais nos movimentos sociais da atualidade. Pelos rastros das saias de folhas de bananeiras trazidas à metrópole irrompem utopias, lutas e tensões.

Edson Tosta Matarezio Filho

Este documentário registra o processo de construção e execução do trompete Iburi, dos índios Ticuna, instrumento que é tocado durante a Festa da Moça Nova, ritual de iniciação feminina dos Ticuna. A moça que menstruou pela primeira vez ficará reclusa até que seja aprontada sua Festa, ao final da qual ela sairá da reclusão. Atrás do local de reclusão ficarão os instrumentos que aconselharão a moça. Tais instrumentos não podem ser vistos por mulheres, crianças e principalmente pela moça que está sendo iniciada. Paralelamente à construção do Iburi, o filme mostra a história de To’oena, a “primeira moça nova” que, no tempo do mito, quebrou este tabu e pagou com a própria vida.

Carolina Abreu e Diana Gómez Mateus

Trechos de conversas, palestras e seminários que Richard Schechner realizou durante sua visita ao Brasil em meados do ano de 2012. O autor e pesquisador reflete sobre as condições da produção intelectual e artística contemporânea em seminário para o Departamento de Antropologia da FFLCH/ USP. Disserta sobre alguns dos seus conceitos produzidos na intersecção dos campos do teatro e da antropologia em diálogo frutífero junto ao Núcleo de Antropologia, Performance e Drama - NAPEDRA , coordenado pelo Professor John Dawsey; e ainda dança junto com o Núcleo de Artes Afro-Brasileiras. 

Este filme foi publicado inicialmente no v.3 n.1, 2018 na Gesto, Imagem, Som. Revista de Antropologia da USP. 

Joon Ho Kim

Vídeo-aula direcionada ao público jovem sobre tese de doutorado agraciada em 2014 com o Prêmio Capes de Tese em Antropologia e Arqueologia e com o Grande Prêmio “Sérgio Buarque de Holanda” de Tese na grande área de Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Sociais Aplicadas e Multidisciplinar (Ensino).

Heloisa Barbati

A artista Izabel Lima percorre os bairros periféricos de São Paulo para apresentar o seu espetáculo itinerante, levando consigo uma mala e seu acordeão. Nessa viagem, a artista nos revela o mundo da produção cultural da periferia, mas, principalmente, o sentido de ser artista e mulher na “quebrada”.

Versione italiana

Edson Tosta Matarezio Filho

O que Lévi-Strauss deve aos ameríndios? Por meio de entrevistas com alguns dos maiores especialistas na obra do mestre francês – alguns deles, inclusive, ex-alunos seus – este filme mostra como muitos dos conceitos fundamentais do estruturalismo lévi-straussiano tem suas raízes no mundo ameríndio, tanto quanto no pensamento ocidental. Menos do que cobrar uma dívida, trata-se de uma homenagem ao maior antropólogo de todos os tempos. Ao mesmo tempo em que, pela primeira vez, um antropólogo “desantropocentricizou” a antropologia, nos mostrou princípios éticos de pessoas que são compostas de suas relações com o mundo. Lévi-Strauss foi quem melhor revelou a sofisticação do “pensamento selvagem”, colocando-o para dialogar com a mais elaborada filosofia e ciências ocidentais.

Adriana Oliveira Silva e Gianni Puzzo

Por quase um ano, dependendo da negociação entre padre, festeiro e mestre de folia, cinco homens saem em jornada como emissários do Divino Espírito Santo. Eles percorrerem a área rural e urbana nas proximidades de São Luiz do Paraitinga e Lagoinha, até Taubaté, de um lado, e Cunha, de outro, cantando de casa em casa para abençoar e pedir prendas para a grande festa em celebração ao Divino na cidade, na época de Pentecostes.
Talvez o giro da Folia seja a parte mais significativa da celebração ao Divino. É significativa no tempo: atua antes, depois e durante a Festa do Divino, transitando o ano inteiro e não apenas nos nove dias de festa; é significativa no espaço: percorre a área urbana e a rural, incluindo a todos; é significativa em sua natureza: reúne sagrado e profano, contagiando o cotidiano com a divindade nos animados pousos do Divino em bairros rurais e nas periferias urbanas do Vale do Paraíba. Neste vídeo, a cantoria da Folia do Divino vai sendo costurada com a vida do seu Vicentinho e da dona Terezinha. Ele, mestre de folia do Divino, ela, devota do Divino, cada um ao seu modo, eles compartilham a experiência ao mesmo tempo cotidiana e milagrosa que a fé no Divino lhes proporciona.

Ewelter Rocha

Fruto da pesquisa de doutorado “Vestígios do sagrado: uma etnografia sobre formas e silêncios”, o filme realiza uma “peregrinação” na intenção de localizar as velhas beatas de Juazeiro do Norte – CE e compreender as tenções entre a devoção penitencial dessas senhoras e as vicissitudes do mundo contemporâneo. Como artifício etnográfico, o documentário retrata o processo de elaboração de um corpo de beata por escultores de Juazeiro do Norte. Suas obras descortinam as sutilezas que constituem a identidade penitencial de um corpo de mulher, definido por uma ambiguidade, cuja forma conjura no mesmo suporte atributos de uma santa e de uma mulher do mundo.

Diana P. Gómez Mateus

Vídeo documentário que apresenta, na voz de ex-alunos do Professor José Guilherme Magnani, do departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, experiências de campo realizadas ao longo da graduação em Ciências Sociais na USP. Com o objetivo de registrar e constituir uma memória dessas experiências, uma das marcas do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU, foram realizadas quatro entrevistas com pesquisadores que participaram de cursos ministrados por Magnani: Renato Sztutman (Professor do Departamento de Antropologia da USP), Melissa de Mattos Pimenta (Professora do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Ricardo Mariano (Professor do Departamento de Sociologia da USP) e Márcia Gobbe (Professora da Faculdade de Educação da USP). As entrevistas mostram como os primeiros trabalhos de campo contribuíram para a construção das carreiras acadêmicas desses pesquisadores. O vídeo faz parte do projeto Projeto NAU Acervo - Memória USP.

Gabriel Campos

Sobretudo poesia aborda as relações que a poesia estabelece com a cidade (espaços, saraus) e com os escritores e leitores. Temos, então, a poesia como personagem central, que interage e reage, que pode ser exposta ou sobreposta por muros cotidianos, porém que segue um caminho próprio adaptando-se ao tempo, espaço e aos novos gostos e anseios.

André Lopes e João Paulo Kayoli

O povo indígena Manoki vive no noroeste de Mato Grosso e uma de suas atividades produtivas é a venda de pequi na estrada que passa por sua terra. Durante uma oficina de vídeo, jovens decidem mostrar para o mundo de fora um pouco de suas aldeias e do processo de coleta e venda desse fruto. Instigados pela possibilidade de filmarem e serem os próprios protagonistas, eles saem à procura dos velhos numa tentativa de descobrir se existe algum mito sobre o pequi. A elaboração desse filme foi um processo inteiramente compartilhado entre realizadores indígenas e não-indígena: desde a concepção e filmagem, até a edição e finalização. Todas as imagens do filme foram realizadas pelos próprios cinegrafistas manoki.

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Legendas em português

Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer

Todos os anos, adultos procuram os arquivos da Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, São Paulo, Brasil) em busca de prontuários referentes ao período em que, quando crianças e/ou adolescentes, passaram por abrigos públicos. O que faz com que esses adultos queiram recuperar os fios de suas vidas? Entre 2009 e 2013, foram analisados mais de 50 prontuários e realizadas entrevistas com alguns homens que estiveram, entre 1947 e 1974, no Instituto Agrícola de Menores de Batatais (IAMB/ SP). Registros; verdades (?); o direito à memória biográfica; histórias de "famílias abandonadas"; relatos de trabalhos e cuidados; laços atuais entre "ex-menores"; um diálogo entre fotos antigas e uma visita às atuais ruínas do IAMB, guiada por um dos entrevistados, compõem este documentário.

Diana Paola Gómez Mateus

Capitão França, importante liderança Sateré-Mawé, considerava a educação uma ferramenta política. Hoje, muitos dos seus filhos e netos que estudaram ou já se formaram em instituições de ensino, como a Universidade Estadual do Amazonas, vivem na cidade de Parintins. Eles e outros Sateré-Mawé nos contam sobre a vivência na cidade e na Terra Indígena, suas experiências pessoais e histórias de vida.
Essas narrativas tratam de sua etnia, de suas comunidades, suas famílias, do artesanato e do auxílio a Saterés em trânsito. Falam também sobre sua língua e seus rituais, sua religião e os significados de ser Sateré, legando às próximas gerações aspectos de sua cultura e tradição.

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Subtítulos em espanhol

Aristóteles Barcelos Neto

Concebido como uma etnografia visual da experiência religiosa durante a Semana Santa de Huaraz, Peru, este filme apresenta um grupo de imagens de procissões, conhecidas como soldados judeus e romanos, as quais foram milagrosamente salvas da destruição no devastador terremoto de 1970. Considerados santos por seus donos e devotos, as imagens destes soldados estão no centro de um diálogo tenso entre as formas populares e ortodoxas do Catolicismo nos Andes peruanos.

Legendas em português
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Coletivo Mira Chica - Alberto Camarero, Ana Goldenstein, João Cláudio de Sena, Mariana Jorge e Regina Müller

“Mira, Chica...” é um filme de ficção criado para apresentações da performance do mesmo nome, por Regina Müller e Ana Goldenstein, continuidade do projeto “Chica Chic, Carmen em performance”. Com abordagem autobiográfica, trata da relação entre pais e filhos, questões de gênero, sexualidade e cultura pop. Apresenta o nascimento de uma criatura que acaba se moldando numa Carmen Miranda “queer” e “clownesca”, na crítica aos papéis sexuais convencionais. Acrescenta ao processo da pesquisa, a experiência de criação por um coletivo.