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Mapana é o nome de uma associação de mulheres do povo Ticuna. Localizada em Belém do Solimões (8 mil pessoas), a maior comunidade deste que é o maior grupo indígena do Brasil. Esta associação fornece produtos de suas roças para a merenda escolar de todas as escolas de Tabatinga (AM). Com seus resultados, tamanho e volume de produção, trata-se de uma experiência única que serve de exemplo para outras associações indígenas e comunitárias.
Fazendo teatro de rua, um grupo de jovens artistas viaja pela Amazônia criando encontros e danças. Tocando siriri, cururu, coco, ciranda e boi o Grupo Teatral Parlendas convida pra praça. Com a peça Marruá, resgata e provoca o recontar da história de brasileiros que vivem em territórios de resistência e luta. Por esses caminhos, percorremos a trança do teatro com o ritual e a festa.
Com Nassuradine Adamou.
Documentário ficcional que narra e entrelaça uma série de viagens de figuras históricas e contemporâneas em jornadas entre o Egito, Senegal e Brasil.
Capitão França, importante liderança Sateré-Mawé, considerava a educação uma ferramenta política. Hoje, muitos dos seus filhos e netos que estudaram ou já se formaram em instituições de ensino, como a Universidade Estadual do Amazonas, vivem na cidade de Parintins. Eles e outros Sateré-Mawé nos contam sobre a vivência na cidade e na Terra Indígena, suas experiências pessoais e histórias de vida.
Essas narrativas tratam de sua etnia, de suas comunidades, suas famílias, do artesanato e do auxílio a Saterés em trânsito. Falam também sobre sua língua e seus rituais, sua religião e os significados de ser Sateré, legando às próximas gerações aspectos de sua cultura e tradição.
Este documentário, co-dirigido pela pesquisadora indígena Nyg Kuitá Kaingang e pela antropóloga Paola Gibram, apresenta reflexões e performances dos integrantes do coletivo de juventude kaingang Nẽn Ga, da Terra Indígena Apucaraninha, localizada no norte do estado do Paraná, na região sul do Brasil. As vozes kaingang – kanhgág vĩ – apresentam-se neste documentário por meio das falas de alguns dos integrantes e de pessoas ligadas ao coletivo, bem como por meio dos cantos – considerados uma das principais formas pelas quais presentificam seus ancestrais [javé] e trazem para perto de si seus jagré [espíritos-guia]. O filme mostra a forte ligação do movimento Nẽn Ga com a escola indígena, explorando as formas pelas quais os kaingang contemporâneos refletem sobre as usurpações culturais e existenciais decorrentes dos muitos anos de contato com os fóg [brancos, não-indígenas] e a necessidade urgente de se retomar as práticas e conhecimentos kanhgág que lhes foram proibidos ou violados – os quais consideram que estavam “dormindo” e agora estão sendo “acordados”. No filme são exibidas cenas da Festa do Pãri, uma das principais retomadas realizadas pelo coletivo. Durante os cinco dias de festa, os kaingang ficam acampados à beira do rio Apucaraninha, durante os quais preparam o pãri, uma armadilha de pesca ancestral kaingang, feita de taquara trançada. O documentário mostra também a participação do Nẽn Ga em eventos de mobilização política indígena, uma das principais vertentes de atuação e formação deste coletivo.
Este curta-metragem, filmado por jovens apalai durante uma oficina de video, é fruto de um exercício de gravação de um dia na vida do personagem Pintinho (Setina Apalai). O irreverente protagonista convida os jovens aprendizes e os espectadores a acompanharem seu dia na aldeia Bona (TI Parque Indígena do Tumucumaque, Pará). Realizadas entre junho e julho de 2015, essas filmagens foram o primeiro contato desses jovens com uma câmera de vídeo.
Por quase um ano, dependendo da negociação entre padre, festeiro e mestre de folia, cinco homens saem em jornada como emissários do Divino Espírito Santo. Eles percorrerem a área rural e urbana nas proximidades de São Luiz do Paraitinga e Lagoinha, até Taubaté, de um lado, e Cunha, de outro, cantando de casa em casa para abençoar e pedir prendas para a grande festa em celebração ao Divino na cidade, na época de Pentecostes. Talvez o giro da Folia seja a parte mais significativa da celebração ao Divino. É significativa no tempo: atua antes, depois e durante a Festa do Divino, transitando o ano inteiro e não apenas nos nove dias de festa; é significativa no espaço: percorre a área urbana e a rural, incluindo a todos; é significativa em sua natureza: reúne sagrado e profano, contagiando o cotidiano com a divindade nos animados pousos do Divino em bairros rurais e nas periferias urbanas do Vale do Paraíba. Neste vídeo, a cantoria da Folia do Divino vai sendo costurada com a vida do seu Vicentinho e da dona Terezinha. Ele, mestre de folia do Divino, ela, devota do Divino, cada um ao seu modo, eles compartilham a experiência ao mesmo tempo cotidiana e milagrosa que a fé no Divino lhes proporciona.
Concebido como uma etnografia visual da experiência religiosa durante a Semana Santa de Huaraz, Peru, este filme apresenta um grupo de imagens de procissões, conhecidas como soldados judeus e romanos, as quais foram milagrosamente salvas da destruição no devastador terremoto de 1970. Considerados santos por seus donos e devotos, as imagens destes soldados estão no centro de um diálogo tenso entre as formas populares e ortodoxas do Catolicismo nos Andes peruanos.
Sobretudo poesia aborda as relações que a poesia estabelece com a cidade (espaços, saraus) e com os escritores e leitores. Temos, então, a poesia como personagem central, que interage e reage, que pode ser exposta ou sobreposta por muros cotidianos, porém que segue um caminho próprio adaptando-se ao tempo, espaço e aos novos gostos e anseios.
Os Wajãpi do Amapá têm seus padrões gráficos Kusiwa reconhecidos pelo Iphan como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Em 2015, os jovens pesquisadores wajãpi decidiram mostrar em vídeo um pouco das características dessas marcas e seus donos, os cuidados e efeitos de sua utilização, e suas preocupações com a prática dessas pinturas nas novas gerações.