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O documentário apresenta um conjunto de episódios da vida cotidiana das bases de apoio zapatistas no município autônomo de “17 de novembro”, no estado de Chiapas. A partir do trabalho coletivo envolvendo o plantio do milho e café, da dupla luta das mulheres, da educação e fundação de novos povos, homens e mulheres lutam pelo direito de organizar seus próprios estilos de vida como populações indígenas dentro do estado mexicano.

Um carro com alto falante divulga um texto sobre arquitetura moderna de Eduardo Affonso Reidy na vizinhança do Conjunto Habitacional Pedregulho, um complexo habitacional projetado por este arquiteto em 1946, também chamado de Minhocão por seus habitantes. No percurso guiado por um carro, combinado a entrevistas, extratos de áudios de filmes de ficção e outras cenas, é criado o retrato de um grande edifício modernista brasileiro inserido no contexto popular da zona norte do Rio de Janeiro. O filme aborda, assim, questões relacionadas ao patrimônio e à memória das moradias sociais.

Motivos nacionais é um passeio noturno em Budapeste através de monumentos e outros elementos da identidade nacional húngara redefinida após o colapso do regime comunista e do recente aumento do ultra-nacionalismo. As imagens foram feitas no inverno de 2007-2008, um ano após os motins ultra-nacionalistas de outubro de 2006, antes do crescimento do partido de extrema-direita Jobbik e do Partido Fidesz nas eleições parlamentares de 2010.

O filme aborda o contexto do início da crise econômica mundial. O tema central é a greve estudantil e ocupação da Universidade de Rennes, na França, e a greve geral na Martinica durante o inverno 2009.

Palestra realizada por Rose Satiko (Departamento de Antropologia – USP) e Henrique Parra (Departamento de Sociologia - UNIFESP) aos professores coordenadores de núcleo pedagógico (PCNP) de diversas regiões da rede estadual de ensino de São Paulo. Os temas discutidos pelos palestrantes envolveram a intensificação da interação dos jovens com os meios de divulgação e produção midiática, assim como o papel dos recursos audiovisuais na produção de identidades que se opõem às representações dos grandes veículos de comunicação. No segundo momento da palestra, a discussão voltou-se à interação e utilização de novas tecnologias no ensino de sociologia.

Após a realização de palestra acerca da influência das novas tecnologias da informação e comunicação sobre os jovens (DVD “Sociedade Midiática e o Papel das Novas Tecnologias na Educação - Bloco 1”), um conjunto de questões são propostas pela platéia à professora Rose Satiko (Departamento de Antropologia – USP) e ao professor Henrique Parra (Departamento de Sociologia - UNIFESP). Dentre os temas abordados, é possível citar a produção audiovisual feita por estudantes e o papel da escola como incentivadora deste processo; a circulação de informações na era digital e a produção de conhecimento; a necessidade de se realizar um trabalho específico a fim de promover a interpretação de imagens e do audiovisual.

Morada narra a espera de Dona Virginia que, há mais de cinqüenta anos, recebeu uma ameaça de desapropriação de sua casa em Belo Horizonte devido a uma grande obra urbana na região. O documentário concentra-se em registrar, a partir de 2007, os últimos anos deste processo. O cotidiano de Dona Virginia é apresentado junto a este contexto e a iminente despedida faz ressurgir diversas memórias esboçadas em suas falas e nos objetos dispersos pela casa.

Desde 2002, Divino Tserewahú tenta produzir um filme sobre o ritual de iniciação feminino que deixou de ser praticado entre os Xavante. A exceção a esta regra era a aldeia de Sangradouro que, ainda assim, não realizava a festa desde 1995. Após algumas tentativas frustradas de filmagem da festa, o filme apresenta as reflexões de jovens e velhos sobre as dificuldades e resistência de realização do ritual.

Ao tentar reverter o abandono das tradições do seu povo e seguindo as pesquisas do seu pai, o professor e escritor Maná, Zezinho Yube corre atrás dos conhecimentos dos grafismos tradicionais das mulheres Huni Kui auxiliado por sua mãe.

Uma imersão na espiritualidade presente no cotidiano dos Mbya Guarani da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.

Documentário acerca da polêmica remoção de 1476 famílias que habitaram, por cerca de 40 anos, o bairro da Vila Dique (RS). Ao longo de décadas, a população conquistou um conjunto de serviços para a região, como a criação de linhas de ônibus e creches para atender aos moradores do bairro. A remoção para outra área sem diálogo prévio com a comunidade levanta questionamentos como a ausência de garantias acerca de serviços básicos, como linhas de ônibus nas proximidades, e o fato de que as novas habitações não atendem por completo as necessidades básicas de cada família. O filme faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

O filme documenta a luta dos(as) catadores(as) da cooperativa de reciclagem da Granja Julieta (SP) e a formação da identidade destes com a classe trabalhadora. Tal processo se dá pela inserção no trabalho autogestionário daqueles considerados “marginalizados” socialmente e pela politização constante dos elementos que compõem o cotidiano da cooperativa. O filme faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

Os moradores do jardim Itaqui, região metropolitana de Curitiba, são pressionados a deixar o local em que vivem por consistir em uma área de preservação permanente. Entretanto, o mesmo não acontece com a empresa mineradora que, curiosamente, desfruta da conivência do poder público para continuar explorando a região. O documentário aborda o processo de luta da comunidade pelo direito à moradia e faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

O documentário aborda a reação e o processo de mobilização dos moradores do Jardim Prainha, comunidade do distrito do Grajaú – zona sul de São Paulo, frente à ameaça da Prefeitura de São Paulo de derrubar casas em situação de risco sem a garantia de alternativas aos moradores. O filme faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

O filme é um registro da identidade da comunidade do Jardim Keralux, localizado na zona leste de São Paulo, em que histórias individuais da população se misturam com a própria história do bairro, exemplificando grandes problemas sócio-ambientais presentes em diversas regiões da cidade. Há mais de uma década a comunidade vem lutando pela regularização de suas casas, assim como pela solução de problemas ambientais ocasionados pela instalação irregular de indústrias às margens do rio Tietê. O filme faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

O filme debate o projeto de revitalização da região central da cidade de São Paulo, tendo como personagens os moradores de uma ocupação num posto de gasolina e a mobilização criada por estes na luta pelo direito à moradia. O filme faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

O documentário aborda os reflexos do funcionamento da barragem de Tucuruí, construída durante a década de 1970 sem estudos aprofundados acerca das conseqüências da obra para a região - que ao longo de 25 anos, não recebeu qualquer tipo de desenvolvimento. Centenas de atingidos continuam sem indenização e as famílias que moram perto da hidrelétrica não contam com luz elétrica e com condições básicas de saneamento e educação. A maior beneficiada com a energia gerada pela barragem é a indústria de alumínio. Além de denunciar a situação da população da região, o filme apresenta a luta e a esperança do povo de Tucuruí por seus direitos e por uma sociedade menos desigual. O filme faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

Elias é um imigrante boliviano ilegal e, ao ser pressionado por seus colegas de trabalho, busca uma forma de batizar seu sobrinho. Através de sua jornada de trabalho, acompanhamos o cotidiano do abusivo universo nas oficinas de costura espalhadas pelo centro de São Paulo. A obra é uma ficção baseada em uma exploração factual e faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

É churrasco de fim de ano de firma, o Bar do Velho Cuba, e o que era para ser uma festa torna-se trabalho para os funcionários. As relações mediadas pelo dinheiro e pela exploração se juntam ao discurso democrático do patrão e à sua própria ilusão no crescimento econômico no país. Trabalhando, é possível enriquecer? Um dia de “festa” na periferia do capital. O filme faz parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".

Jennifer, uma garota de 17 anos moradora da Vila Nova Cachoeirinha, manipula suas fotos no Photoshop para ficar com a pele mais clara e com cabelos lisos. Jennifer vive dilemas relativos à sua identidade, precisa lidar com as inseguranças típicas da adolescência e de sua entrada no mundo do trabalho em uma sociedade calcada nos significados de branquitude. O filme pode ser visto enquanto parte de um panorama delicado e duro sobre a construção da identidade nas periferias, fazendo parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".