KX-KAYAPÓ XIKRIN-0316
Para mais informações, acesse: pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kayap%C3%B3_Xikrin
A revolta do Malês ocorrida em 1835 marca significativamente o universo Afro Islâmico. Negros alfabetizados, que não aceitaram serem subordinados a senhores de escravos. No Islam a escravidão é proibida, pois o homem deve servir apenas a Deus. Neste documentário as expressões estéticas e narrativas entre o povo de santo e os mulçumanos se cruzam trazendo outras versões que nos fazem adentrar outras histórias que não sejam apenas as "oficiais", mas também, aquelas que nos são contadas por meio de mitos e que enriquecem este universo mágico que permeiam a vida dos malês/mulçumanos.
“Iê: Capoeira em Curitiba” é um documentário etnográfico observacional que aborda a diversidade da capoeira na capital paranaense, através do registro de práticas, praticantes e espaços diferenciados. Baseado em pesquisas desenvolvidas desde 2009 (que anteriormente resultaram na publicação do livro “Curitiba entra na Roda”), o filme retrata essa arte/ jogo/ luta não somente em momentos públicos de apresentação, mas também a partir das dinâmicas de transmissão do saber. Traz, ainda, de maneira indireta, uma reflexão sobre o contexto das relações raciais – ressaltando a presença de manifestações negras – numa cidade que constrói sua identidade com base na valorização da população branca e de origem europeia. Projeto realizado com apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba, com Patrocínio da Caixa.
Em referência ao dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, um grupo discute o que é ser mulher negra na sociedade contemporânea, contando episódios de suas trajetórias de vida relacionadas ao processo de construção desta identidade.
Jennifer, uma garota de 17 anos moradora da Vila Nova Cachoeirinha, manipula suas fotos no Photoshop para ficar com a pele mais clara e com cabelos lisos. Jennifer vive dilemas relativos à sua identidade, precisa lidar com as inseguranças típicas da adolescência e de sua entrada no mundo do trabalho em uma sociedade calcada nos significados de branquitude. O filme pode ser visto enquanto parte de um panorama delicado e duro sobre a construção da identidade nas periferias, fazendo parte da coletânea "Mostras Coordenadas - Política e audiovisual entre centros e periferias".
Tendo por base a tradição oral de descendentes de escravizados nos antigos domínios da família Souza Breves (no sul do estado do Rio de Janeiro - Bracuí e Pinheiral) e documentos históricos que remetem às últimas décadas da escravidão no Brasil, o filme aborda como esta tradição, ao lado do jongo, se constituiu em um patrimônio familiar e cultural que se transformou em traço identitário, servindo de apoio a lutas políticas mais amplas contra o racismo e pela garantia da posse de terras coletivas. Os realizados do documentário destacam que a produção se destina também a finalidades didáticas, no âmbito das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
O filme aborda o jogo de pau na cultura afro-fluminense e no Vale do Paraíba, sendo esta uma tradição praticada por descendentes de escravos que trabalhavam em cafezais da região no século XIX. Nas festas de calango, em que cantadores acompanhados por sanfona, tambores e pandeiros faziam versos desafiadores, alguns conflitos entre os moradores locais terminavam em enfrentamentos com rasteiras e golpes de cacete. O jogo de pau também era recorrente em brincadeiras amistosas e esta tradição pode estar relacionada com a história da capoeira.
O filme consiste em um documentário historiográfico em que jongos, calangos e folias, manifestações musicais e poéticas que afirmam identidades negras, são apresentados como patrimônios culturais e formas de luta no combate às desigualdades raciais. Destaca-se o papel da poesia negra em todas as três manifestações e sua importância na legitimação política das comunidades remanescentes de quilombos do estado do Rio de Janeiro.
O filme consiste em um documentário historiográfico em que jongos, calangos e folias, manifestações musicais e poéticas que afirmam identidades negras, são apresentados como patrimônios culturais e formas de luta no combate às desigualdades raciais. Destaca-se o papel da poesia negra em todas as três manifestações e sua importância na legitimação política das comunidades remanescentes de quilombos do estado do Rio de Janeiro.
Documentário que retrata a cultura urbana do soul em Belo Horizonte, ligada à música e à dança do funk dos anos setenta. Os eventos do gênero que acontecem atualmente na cidade, como o Baile da Saudade e o Quarteirão do Soul, são o ponto de partida de uma pesquisa histórica que mergulha nas décadas de setenta e oitenta. Época em que os dançarinos de soul vinham da periferia para o centro da cidade, com seus cabelos ouriçados e trajes a caráter para dançar em clubes como o lendário Máscara Negra e vadiar por aí, driblando a repressão da época.