POLÍTICA AGRÁRIA

O documentário aborda a luta pela permanência de uma comunidade indígena Fulni-ô, localizada no plano piloto de Brasília, contra a construção do bairro Setor Noroeste, destinado à classe alta do Distrito Federal. Tendo como enfoque a resistência realizada na Reserva Indígena Santuário dos Pajés, o filme percorre a ação da mídia, políticos, empresários, especuladores e burocratas: todos a serviço do lucro, da segregação e da farsa da sustentabilidade promovida pelo falso bairro ecológico. Do outro lado, apresenta a ação de movimentos populares em uma incansável e também vitoriosa luta.

O Pontal do Paranapanema é uma região com cerca 12 mil km que compreende 21 municípios, abrigando a última reserva florestal de mata atlântica interior do Estado de São Paulo. Durante mais de cem anos essa região testemunhou a violência social e ambiental. O Filme conta essa história, desde a chegada dos pioneiros, o início da grilagem das terras, a exploração marcada pela formação das grandes fazendas, os impactos sociais e ambientais, até as ocupações pelo movimento dos sem terra e o começo da reforma agrária.

Coletânia integrando os filmes :1)" O PREÇO DA LUZ É UM ROUBO" 09'00'/" LUTAR SEMPRE- 5° CONGRESSO NACIONAL DO MST' 29'51":O filme, realizado por militantes da Brigada de audivisual da Via campesina Brasil, tem 29 minutos e pretende ir além do registro daquele que foi considerado o maior congresso de camponeses da história na América Latina, mas aprofunda o debate sobre os novos desafios para a Reforma Agrária./2)" NEM UM MINUTO DE SILÊNCIO FORA SYNGENTA DO BRASIL"23'00":Nem um minuto de silêncio! Fora Syngenta do Brasil é o grito que dá nome à produção realizada pela brigada da audivisual da via campesina. O documentário relata o assassinato de Valmir Mota de Oliveira, o Keno, em 21 de outubro de 2007, por seguranças da empresa NF, contratada pelo Syngenta.

Nos anos 50 e 60, em pleno processo de urbanização, o estado do Rio de Janeiro foi palco de intensas lutas pela posse de terra. Posseiros e grileiros disputavam espaço de poder na Baixada Fluminense. Neste cenário, surge o alagoano Zé Pureza, o mais importante líder do movimento camponês no estado do Rio de Janeiro. Pouco a pouco a resistência armada e a ocupação massiva vão acumulando vitórias e terras. Zé Pureza é um documentário de longa metragem que mostra as dimensões e a complexidade das questões agrárias, explorando suas práticas cotidianas, conflitos e contradições. O filme acompanha ao longo de quatro anos a trajetoria de famílias mobilizadas pelo MST/RJ para uma ocupação de terras no norte fluminense, nomeando "Zé Pureza" ao seu acampamento, uma homenagem à antiga e principal liderança, morto em 1983.

Três fundadores da FETAG-RJ (Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio de Janeiro), em Nova Iguaçu, relatam os conflitos de terra em três regiões do Estado do Rio e a necessidade de articulação dessas lutas, o que levou à fundação desta federação.

Discute a relação da imprensa com o movimento dos "Sem Terra" na região sudoeste do Paraná, enfocando a região de Marmeleiro. São abordadas questões tais como a censura nos jornais, como a imprensa é vista pelos integrantes do movimento, etc.

Passado em Rondônia, onde convivem madereiros, garimpeiros, colonos e índios, o filme aborda o processo de colonização da região. De um lado, impulsionado pela atuação do governo, através da construção da rodovia BR429 que corta a reserva indígena dos Uru eu Wau Wau e que nasce junto com o projeto de transformar as terras vizinhas em região agrícola e, de outro, pela interferência da Funai, que durante três anos busca a pacificação deste grupo indígena até então arredio.

Documentário realizado pela Funai para ser apresentado aos políticos durante a elaboração da Constituinte de 1988. O tema central é a questão da identidade indígena, abordando questões como: conflito entre populações indígena e frentes econômicas regionais, relação entre sociedade indígena e mercado nacional, questão territorial e expectativas políticas destes grupos com relação aos brancos.

A luta dos povos indígenas pela demarcação de suas terras é a questão central deste sétimo episódio da série "Índios no Brasil". Pessoas das mais variadas localidades do país respondem a seguinte questão: " Você acha que o índio tem muita terra ou pouca terra? ". As respostas são comentadas por algumas lideranças indígenas do país. Este documentário também pontua a importância que o território de origem, desde os tempos imemoriais, tem dentro da memória cultural destes povos e mostra a luta de alguns deles, tais como os ASHANINKA, KAIOWA E KAINGANG, na busca por demarcação e de respeito de seus territórios.

O impacto sofrido por vários povos indígenas da região norte do Brasil, na década de 1970, em decorrência da construção das rodovias Transamazônica, Perimetral Norte e BR364 (Porto Velho - Rio Branco), é o tema deste sexto episódio da série "Índios no Brasil". Através de cenas de época, o expectador é capaz de notar as consequências desastrosas que esses "primeiros contatos" tiveram para os índios, na medida em que nações indígenas foram separadas em diferentes reservas, epidemias reduziram drasticamente o número de seus indivíduos, grupos tiveram suas terras loteadas pelo INCRA, etc. O relato do líder YANOMAMI Davi Kopenawa oferece uma dimensão do ocorrido na região uma vez que ele recupera toda a luta que foi obrigado a encampar para que o seu povo não se extinguisse completamente.