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De poesia à luta pela terra, de política à moda de viola, tudo é assunto para o velho poeta de Coroados (São Paulo) que, aos 103 anos, já viveu muito mais que uma vida.
O documentário apresenta o cotidiano e as narrativas de velhos moradores da Cidade de Cachoeira do Sul (RS) que participam do clube do Jogo do Pauzinho. Em volta da mesa de jogo, desenrolam-se diálogos, estórias e a sociabilidade do grupo, abordando questões sobre a memória, a amizade, a sociabilidade e o envelhecimento.
O "batismo de ervas" é um ritual dos Guarani Mbya, realizado de forma semelhante em todo o Brasil. Com uma câmera na mão, o Guarani Luciano Karay visitou aldeias de São Paulo e Paraná nas quais registrou esse ritual.
O DVD Habitantes do arroio apresenta coleções de vídeos de curta duração produzidos em 2009 e 2010, reunindo dados etnográficos, documentos de acervo e entrevistas realizadas pelos pesquisadores durante seus deslocamentos pela bacia do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre - RS. O DVD com 1h e 40 min de duração, podendo ser assistido como um documentário linear, ou como um DVD interativo. Nesta última modalidade, novas direções na narrativa são provocadas pelas conexões entre universos urbanos diferentes reunidos pelas águas - águas da memória, águas pluviais, águas domésticas, águas lúdicas e prazerosas, águas perigosas, águas que limitam e atravessam territórios entre o público e o privado na cidade. O material produzido e colecionado pelo projeto pode ser acessado também no blog http://habitantesdoarroio.blogspot.com
Francisco Ró Kág dos Santos, Erondina dos Santos Vergueiro, Iracema Nascimento e João Padilha apresentam os saberes e os fazeres da cultura Kaingang em Porto Alegre, revelados nos momentos de produção e troca do artesanato produzido com cipó, cerâmica e sementes, nos morros e nas ruas da cidade. Caminhando pela mata, revelam-se as imagens de tudo aquilo que alimenta a cultura Kaingang.
<p>“Essa câmera vai funcionar como um olho e o ouvido de todos que estão atrás dessa câmera, ela vai ser uma criança que vai estar escutando a fala dos meus avós”. Assim o jovem cacique Vherá Poty apresenta as imagens dos “bichinhos” e as narrativas mito-poéticas dos velhos em torno dos modos de criar, fazer e viver a cultura guarani, expressos na confecção de colares, no trançado das cestarias e na produção de esculturas em madeira dos seres da mata: onças, pássaros e outros “parentes”.</p>
Entrevista realizada em abril de 2010, com a antropóloga Carmen Junqueira, fundadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP e pesquisadora do povo Kamaiurá, desde 1965. A intensa atuação da antropóloga com diversos povos indígenas e sua potente relação com os Kamaiurá, levaram-na a definir sua produção como antropologia menor. O ví-deo apresenta a vida Kamaiurá a partir de material iconográfico, narrativas mitológicas e análises da antropóloga. Ressalta a importância da pesquisa como legado histórico, sob a forma de arquivos e testemunhos, sublinhando as atualizações contínuas, relacionadas à permanência da história, da mitologia, do funcionamento da estrutura e da anti-estrutura do poder na aldeia. Proporciona o acompanhamento das lutas dos Kamaiurá com outros povos xinguanos, com os programas de Estado e a sua situação presente diante da nova configuração do capitalismo. A antropologia menor ressaltada nos depoimentos dos antropólogos Betty Mindlin, Lucia Helena Rangel e Rinaldo Arruda, e do analista Roberto Gambini. carmen junqueira-kamaiurá, a antropologia menor, procura amplificar discussões sobre o modo de pesquisar e viver relacionados à história política no presente e às resistências ético-políticas.
Fruto das ações do Grupo Raízes da Piedade, ligados à primeira escola de samba do Espirito Santo, a Unidos da Piedade. O vídeo trata da história da escola de samba e da comunidade que cerca o reduto da agremiação mais antiga do Carnaval Capixaba. Para respeitar toda essa diversidade de cores, pensamentos e idades, foram ouvidos integrantes de todas as idades, como explica o primeiro mestre-sala da escola, Jocelino Júnior, que também é educador social e articulador cultural. A escola realizou e produziu juntamente com a Produtora Olho de Vidro a série que trata da história da agremiação e as relações cotidianas nas comunidades da Fonte Grande e Piedade, entre os membros mais jovens e integrantes da velha guarda
Estamira é a história de uma mulher de 63 anos que sofre distúrbios mentais e que durante 20 anos viveu e trabalhou no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O filme traça um perfil dessa interessante mulher, colocando em pauta assuntos como a saúde pública, a vida nos aterros cariocas e a miséria brasileira.
Entre sambas e memórias, compositores, intérpretes e instrumentos da velha guarda do samba de Belo Horizonte fazem Roda.
A vida dos travestis e transexuais brasileiras que vivem na Europa. Elas aspiram ao coroamento no atravessar de fronteiras: de gênero, territoriais, sociais e existenciais. Todavia, o que o cotidiano no Velho Mundo lhes reserva? Consideradas como "imigrantes desqualificadas", elas nos informam sobre a comédia inevitável dos gêneros e sobre um certo Voo da Beleza...
Interior do estado de Minas Gerais. Uma pequena vila no meio do nada. Isolamento. Montanhas. Silêncio. O homem. A paisagem. O tempo.
Em busca da terra prometida, milhares de "severinos" deixam suas casas e seguem rumo à Amazônia. A única coisa que carregam: a esperança. O longa metragem "Nas Terras do Bem-Virá" costura vários casos de conflitos envolvendo esses "severinos", que caíram no trabalho escravo, que perderam suas terras, que foram assassinados e viram assassinar seus líderes. Casos de um povo que cansou de migrar em busca da sobrevivência e decide lutar para conseguir um pedaço de terra, deixar de ser escravo e manter viva a última grande floresta tropical do planeta.Gravado em 29 cidades de cinco estados do norte e nordeste brasileiro, o documentário aborda entre outros assuntos, o modelo de colonização da Amazônia, o massacre de Eldorado do Carajás, o assassinato da missionária Dorothy Stang e o ciclo do trabalho escravo.
Assentada sobre cerca de 1.500 km de rios e córregos, a cidade de São Paulo - maior cidade da América Latina - transformou-se, ao longo de uma história marcada por acelerado progresso e avanço da ocupação humana, num caso peculiar de transformação da água tanto em solução quanto em problema. Fonte de energia e lucro mas também de lixo, poluição, enchentes, problemas de saúde e de trânsito. Através de depoimentos de especialistas, como Raquel Rolnik, José Galizia Tundisi e moradores da cidade, como o roteirista Fernando Bonassi, analisa-se o histórico de uma convivência conflituosa, marcada por desvios de curso de rios, especulação imobiliária e habitação irregular.
A ONU estima a população mundial de meninos de rua em 150 milhões. Destes, cerca de 40% são sem teto, porcentagem sem precedentes na história da civilização. Na América Latina, eles são 40 milhões. No Brasil, meninos e meninas de rua goianos encantaram-se tanto pela câmera que se apropriaram dela para contar suas estórias.
O documentário aborda o universo dos moradores de coberturas de prédio das cidades de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O diretor obteve acesso aos moradores das coberturas através de um curioso livro que mapeia a elite e pessoas influentes da sociedade brasileira. No livro são catalogados 125 donos de cobertura. Destes 125, apenas 09 cederam entrevistas. Através dos depoimentos dos moradores de cobertura, o filme traz um rico debate sobre desejo, visibilidade, insegurança, status e poder, e constrói um discurso sensorial sobre o paradigma arquitetônico e social brasileiro.
A música e a cultura no Recôncavo Baiano segundo o percussionista Naná Vasconcelos, que encontra pessoas que usam o ruído para criar música e pesquisa na música local ligada à religiosidade.
Documentário que retrata o universo e o ofício dos fotógrafos populares que atuam nas festas, feiras e romarias do interior nordestino. A visão do artista do retrato pintado, suas técnicas e seu trabalho
Babás integra elementos autobiográficos em uma reflexão sobre a presença das babás no cotidiano de inúmeras famílias brasileiras, tocando em um tema raro na produção audiovisual contemporânea. Fotografias, filmes de família e anúncios de jornais do século XX constroem uma narrativa pessoal sobre uma situação em que o afeto é genuíno, mas não dissolve a violência, evocando, em alguns aspectos, nosso passado escravocrata.
Para derrubar a palha da carnaúba é preciso mais que força e jeito. Todos os dias Narcísio e Zé Augusto saem pela mata com os companheiros para garantir o sustento. Excelentes derrubadores, contam com a ajuda dos mateiros, apanhadores, desinganchadores, comboeiros e lastreiros para realizar uma atividade física impressionante. O documentário taboqueiros mostra o cotidiano destes homens de origem indígena que mantém viva essa prática extrativista secular no município de Caucaia, Ceará.