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Recorrendo a fontes como entrevistas realizadas desde meados da década de 1990, pesquisas iconográficas e filmagens da comunidade São José da Serra, o filme constrói uma narrativa acerca das memórias de descendentes de escravos residentes no estado do Rio de Janeiro, incluindo as práticas culturais oriundas do tempo do cativeiro e as lutas mais atuais, como a titulação das terras dos novos quilombolas. Roteiro baseado no livro “Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição”, de Ana Lugão e Hebe Mattos.
O filme consiste em um documentário historiográfico em que jongos, calangos e folias, manifestações musicais e poéticas que afirmam identidades negras, são apresentados como patrimônios culturais e formas de luta no combate às desigualdades raciais. Destaca-se o papel da poesia negra em todas as três manifestações e sua importância na legitimação política das comunidades remanescentes de quilombos do estado do Rio de Janeiro.
O filme consiste em um documentário historiográfico em que jongos, calangos e folias, manifestações musicais e poéticas que afirmam identidades negras, são apresentados como patrimônios culturais e formas de luta no combate às desigualdades raciais. Destaca-se o papel da poesia negra em todas as três manifestações e sua importância na legitimação política das comunidades remanescentes de quilombos do estado do Rio de Janeiro.
O filme aborda o jogo de pau na cultura afro-fluminense e no Vale do Paraíba, sendo esta uma tradição praticada por descendentes de escravos que trabalhavam em cafezais da região no século XIX. Nas festas de calango, em que cantadores acompanhados por sanfona, tambores e pandeiros faziam versos desafiadores, alguns conflitos entre os moradores locais terminavam em enfrentamentos com rasteiras e golpes de cacete. O jogo de pau também era recorrente em brincadeiras amistosas e esta tradição pode estar relacionada com a história da capoeira.
Tendo por base a tradição oral de descendentes de escravizados nos antigos domínios da família Souza Breves (no sul do estado do Rio de Janeiro - Bracuí e Pinheiral) e documentos históricos que remetem às últimas décadas da escravidão no Brasil, o filme aborda como esta tradição, ao lado do jongo, se constituiu em um patrimônio familiar e cultural que se transformou em traço identitário, servindo de apoio a lutas políticas mais amplas contra o racismo e pela garantia da posse de terras coletivas. Os realizados do documentário destacam que a produção se destina também a finalidades didáticas, no âmbito das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
O documentário apresenta uma síntese do trabalho realizado pela Comissão Nacional da Verdade, que apurou entre os anos de 2012 e 2014 graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura civil militar no Brasil. Depoimentos de especialistas e membros da Comissão, além de familiares de vítimas e ex-presos políticos, reconstroem a estrutura da repressão existente durante o golpe, em que a tortura se tornou uma política de estado. O documentário aborda aspectos voltados à luta armada, violação de direitos contra indígenas, práticas de tortura, mortes e ocultação de cadáveres ocorridos durante a ditadura, destacando casos emblemáticos, como o de Rubens Paiva, Stuart Angel e Epaminondas Oliveira.
A vida e a obra de Darcy Ribeiro são os temas centrais do documentário, abordando desde sua infância em Montes Claros até seus últimos dias em tratamento contra um câncer. Em termos de sua obra, destacam-se três grandes áreas de atuação. Na antropologia, Darcy realizou diversos estudos e contribuiu para a defesa dos povos indígenas, participando da criação do parque indígena do Xingu e do Museu do Índio. Na educação básica, defendeu o projeto de escola de tempo integral e foi o criador da Universidade de Brasília. Em sua atuação política, participou do governo de João Goulart e colaborou com governos de países latino-americanos durante o período em que esteve exilado, sendo ainda vice-governador do Rio de Janeiro na década de 1980. Depoimentos de Darcy em diferentes fases de sua vida, assim como de indigenistas, antropólogos, historiadores, entre outros ligados a ele, estão presentes no documentário.
O episódio discute, a partir da análise de historiadores, os relatos produzidos por viajantes que estiveram no Brasil durante o século XVI. O gênero narrativo decorrente das viagens ao Novo Mundo colaborou para criação de um imaginário acerca das populações indígenas que, em certos aspectos, perdurou ao longo da história e está presente na construção da identidade do Brasil e dos brasileiros. O documentário destaca a produção da literatura oriunda da presença de viajantes de origem portuguesa, francesa e inglesa durante o primeiro século da colonização.
A série discute, a partir da análise de historiadores, os relatos produzidos por viajantes que estiveram no Brasil durante os séculos XVI e XIX. O episódio destaca o período da ocupação holandesa devido à vinda de artistas e cientistas que criaram a primeira iconografia sobre o Brasil Colonial - não produzida a partir do imaginário suscitado pelos relatos de viajantes. Em decorrência da ocupação, realizou-se um levantamento sobre a fauna, a flora e os costumes dos diversos grupos que formavam a população do Brasil no período. A literatura de viagens abordou a obra colonizadora com o intuito de divulgá-la no continente europeu e a primeira elite formada no Brasil incorporou elementos da ótica dos viajantes em seu discurso sobre a identidade brasileira.
A série discute, a partir da análise de historiadores, os relatos de viajantes que estiveram no Brasil durante os séculos XVI e XIX. O episódio em questão se inicia com a abordagem a alguns destes relatos produzidos no século XVIII e a repercussão que tiveram dentre filósofos e literários ligados ao Iluminismo. Os viajantes deste período construíram uma visão do Brasil com base nestes ideais, buscando comparações entre os trópicos e a Europa. No início do século XIX, durante o período imperial, houve um esforço em tornar o país moderno. O intuito era aproximar o Brasil do modelo de civilização existente na época.
A série discute, a partir da análise de historiadores, os relatos de viajantes que estiveram no Brasil durante os séculos XVI e XIX. O episódio em questão destaca os relatos produzidos na primeira metade do século XIX, com destaque para a missão austríaca em 1817, em decorrência da vinda da princesa Leopoldina de Habsburgo ao Brasil para casar-se com D. Pedro I, e para a expedição Langsdorff, que se dedicou não apenas a flora e fauna brasileira, mas também à pesquisa sobre aspectos da cultura de grupos indígenas no Brasil. A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro também é abordada no episódio por marcar o início do processo de construção da História do Brasil. A partir deste período os historiadores buscaram resgatar documentos relacionados à colonização e aos relatos dos viajantes. Como conseqüência deste processo, é necessário ponderar a influência do olhar do outro desde o início da formação da identidade brasileira, considerando a permanência deste aspecto ao longo do tempo.
A apenas 165 Km da maior cidade do hemisfério sul, num pequeno casebre, vive Matias, um homem que preserva um modo de viver em sintonia com a natureza da região, que em 2012 transformou-se no Parque Estadual Nascentes do Paranapanema (município de Capão Bonito, SP). O filme apresenta um olhar poético do cotidiano de Matias, cercado pela exuberância da floresta e pelo convívio com alguns animais.
Torre de Babel apresenta a história do Edifício Prestes Maia em São Paulo, que por cinco anos ficou conhecido como a maior ocupação vertical da América Latina. O documentário é centrado em depoimentos dos sem teto ainda no edifício, que tiveram suas trajetórias, sonhos, medos e a experiência de morar em um prédio de 22 andares em condições precárias, com quase dois mil moradores. São na maioria pessoas que foram a São Paulo em busca de uma vida nova e sequer conseguiram uma casa para morar. Fazendo uma referência à passagem bíblica de Babel, o documentário também acompanha alguns personagens após o despejo, quando cada um seguiu o seu destino.
O documentário aborda o comportamento de jovens de comunidades e bairros populares do Rio de Janeiro que se utilizam das redes sociais e da internet para lançar tendências e atingir a popularidade. Neste processo, acabam por elaborar novos conceitos de beleza, alteram as fronteiras que definem o masculino e o feminino, mudam seus nomes, criam formas diferentes de dançar.
Joaquim Augusto, também conhecido como Kuaray, foi o fundador da aldeia Guarani Tekoá Ytu, localizada na região do Pico do Jaraguá – São Paulo. O documentário é conduzido por seu filho caçula, Joel Augusto Kuaray Mirim que, após 20 anos da morte de seu pai, busca reconstruir e preservar a memória de Joaquim.
Entrevista com a professora e pesquisadora Rose Satiko Gitirana Hikiji (Departamento de Antropologia da USP) sobre a cultura brasileira. Destacam-se aspectos relacionados à sua diversidade, abordando-se as culturas indígenas enquanto um conjunto de práticas que expressam um pensamento complexo sobre o mundo, as grandes manifestações festivas populares no Brasil e a multiplicidade da produção cultural no contexto urbano das grandes cidades.
O documentário aborda as causas relacionadas à imigração de cerca de dois milhões de haitianos, tendo como fio condutor a história da escritora haitiana Edwige Danticat. Desde o terremoto de 2010, diante de uma combinação de fatores econômicos, da precarização de infraestrutura e de um ambiente político e social instável, o Brasil se tornou um dos principais destinos dos haitianos. Serafina Côrrea (RS), Curitiba, Miami e diferentes localidades no Haiti foram visitadas a fim de se conhecer o andamento deste processo migratório e o movimento de reconstrução do Haiti.
O documentário constrói uma memória para a Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru, a partir da ótica de um pequeno grupo de funcionários que trabalhou no presídio durante um longo período. A narrativa se estrutura em contagem regressiva, cerca de três meses antes da desativação da penitenciária, em 2002. As relações dos funcionários com os internos, envolvendo diversas situações na interação com o espaço carcerário, são traçadas a partir de depoimentos isolados e conversas em grupo.
Animação que remete a uma situação vivenciada pela população Cucapah, estimada em 600 indivíduos que habitam a região do delta do Rio Colorado, no vale Mexicali, desde o ano de 900. Em 1993 foi proibida a pesca no rio para proteger espécies em perigo de extinção e, embora a corvina do golfo, principal peixe consumido pelo grupo, não esteja entre os que correm risco de extinção, os Cucapah foram pedidos de manter sua atividade pesqueira para sobrevivência econômica da população.
O documentário aborda as origens, causas e consequências da imigração mexicana ilegal nos Estados Unidos. Para tanto são consideradas as autoridades e investigações realizadas nos dois países, assim como as motivações e expectativas dos imigrantes que assumem diversos riscos em busca de melhores condições de vida.