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Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi

Apenas seis anciões da população Manoki na Amazônia brasileira ainda falam o idioma indígena, um risco iminente de perderem o meio pelo qual se comunicam com seus espíritos. Apesar desse ser um assunto difícil, os mais jovens decidem narrar em imagens e palavras a sua versão dessa longa história de relações com os não indígenas, falando sobre as suas dores, desafios e desejos. Apesar de todas dificuldades do contexto atual, a luta e a esperança ecoam em várias dimensões do curta-metragem, indicando que “a língua manoki viverá!”

Ana Estrela e Natalino Maxakali

Os Popxop, Macacos-Yãmĩyxop (Po´op-Yãmĩyxop), são aliados cantores do povo Tikmũ´ũn / Maxakali, hoje residentes do Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Periodicamente, vêm às aldeias passar um longo período, que pode se extender por alguns meses, para manejar as saudades de suas mães e pais, pajés homens e mulheres Tikmũ´ũn / Maxakali. Eles cantam as histórias, os segredos, os caminhos e os olhares da Mata Atlântica, imitando e narrando cantos de outros grupos de Yãmĩyxop, seres encantados-cantores que também acompanham e protegem os Tikmũ´ũn / Maxakali. Trazendo saberes e experiências de alegria, garantem a saúde da comunidade e celebram encontros xamânicos que atravessam o território e o tempo.

Marta Tipuici, Cledson Kanunxi e Jackson Xinunxi

Apenas seis anciões da população Manoki na Amazônia brasileira ainda falam o idioma indígena, um risco iminente de perderem essa importante dimensão de seus modos de existência. Decididos a retomarem seu idioma com os mais velhos, os mais jovens decidem narrar em imagens e palavras seus desafios e desejos. A partir da analogia com a fragilidade do algodão que vira fio forte para suportar o peso na rede, Marta Tipuici fala da resistência de seu povo, sua relação com a avó e a esperança de voltarem a falar sua língua nas novas gerações.

Rose Satiko G. Hikiji e Jasper Chalcraft

Seguindo a moçambicana Lenna Bahule,  vemos como enfrenta as dificuldades de ser música, mulher e negra no Brasil e em Moçambique. O mundo artístico de São Paulo cobra sua africanidade, suas raízes. Já em Moçambique, Lenna é agora conhecida por seu sucesso no Brasil. De volta a sua terra natal, ela a redescobre com novos olhos. Lenna encontra uma inspiradora geração de músicos de Maputo, que envolve na produção de um grande show. Seja no palco, no sítio da avó ou em um projeto social na periferia de Maputo, vemos Lenna e os artivistas moçambicanos investigando a música tradicional e popular de seu país e descobrindo novas rotas. Navegando entre o ativismo e o palco, entre a África imaginada que o Brasil espera encontrar nela, e o cosmopolitismo brasileiro que São Paulo lhe imprime, Lenna descobre que suas raízes musicais eram ainda mais poderosas do que ela imaginava.

Renato Albuquerque de Oliveira

Caos e tranquilidade. Material e espiritual. Felinto transcende estes universos ao propor, através da música, a introspecção pela beleza das frequências sonoras.
Neste filme, realizado por Renato Albuquerque de Oliveira como desdobramento de sua pesquisa de iniciação científica, orientada por Rose Satiko Gitirana Hikiji e produzido através do curso de extensão “Documentário de Criação”, ministrado por Carolina Caffe, vemos as ideias de Felinto a respeito de como a agência da música pode influenciar estados psíquicos e espirituais do ser humano, como forma de contraposição ao ritmo caótico de São Paulo. A música, como sugere esse performer, seria algo como um rio que flui em direção contrária ao rio que é o ethos da cidade onde vive, funcionando como uma ferramenta terapêutica contra a ansiedade gerada pelo modo de vida que aí se desenrola.

Edson Matarezio

O índio ticuna Ondino Casimiro é uma pessoa muito singular em seu povo. Um dos grandes conhecedores da chamada Festa da Moça Nova, o ritual de iniciação feminina. Sua fama como cantor o levou longe, realizando apresentações em Manaus, São Paulo e mesmo uma turnê pela Itália. Conhece como ninguém as artes do trançado da cestaria e da rede. É o responsável por oficiar a missa católica aos domingos na pequena capela da comunidade. Professor dedicado das crianças da comunidade, todas as manhãs é possível ouvi-lo alfabetizando nas duas línguas, ticuna e português. Não há como negar que Ondino é um erudito em sua cultura e um hábil tradutor do mundo dos brancos para os ticuna e vice-versa.

Kelen Pessuto

Um filme experimental, um diário de campo em formato audiovisual. O Som dos pássaros faz parte da pesquisa de doutorado de Kelen Pessuto, que realizou seu trabalho de campo na Turquia em 2014. O filme é marcado pela solidão, os encontros, os desencontros, as crianças sírias, os curdos e o Dengbêj, uma das maiores manifestações culturais do povo curdo, que utiliza o canto como forma transmissão da língua e histórias curdas.

Rose Satiko G. Hikiji e Jasper Chalcraft

O projeto Afro-Sampas promove o encontro entre músicos africanos residentes em São Paulo e músicos brasileiros. Neste episódio, Chico Saraiva recebe em seu apartamento em São Paulo Edoh Fiho e Sassou Espoir Ametoglo, do Togo, Yannick Delass e Shambuyi Wetu, da República Democrática do Congo. Deste primeiro encontro, nasce a música "Anitché Brasil África".

André Lopes e Tyna Apalai Wayana

Wapu, açaí na língua wayana, é um fruto nativo da Amazônia. O filme tem como personagem principal este fruto e mostra como como cotidiano, ritual e música estão interligados no passado e no presente. As imagens e sons deste vídeo foram captados por jovens wayana em julho de 2015 na aldeia Suwi-Suwi Mïn, Terra Indígena Rio Paru d’Este (Pará, Brasil). Nesse período foram realizadas oficinas audiovisuais para que eles tivessem o primeiro contato com os equipamentos de gravação.

Carolina Abreu

Fazendo teatro de rua, um grupo de jovens artistas viaja pela Amazônia criando encontros e danças. Tocando siriri, cururu, coco, ciranda e boi o Grupo Teatral Parlendas convida pra praça. Com a peça Marruá, resgata e provoca o recontar da história de brasileiros que vivem em territórios de resistência e luta. Por esses caminhos, percorremos a trança do teatro com o ritual e a festa. 

Shambuyi Wetu, Rose Satiko Hikiji, Jasper Chalcraft

Shambuyi Wetu, artista da República Democrática do Congo refugiado em São Paulo, constroi com suas performances narrativas sobre a experiência da diáspora e a situação do homme noir no mundo. O filme Tabuluja é uma criação colaborativa do artista com os antropólogos Rose Satiko Hikiji e Jasper Chalcraft, e integra a coleção Afro-Sampas, série de filmes sobre a experiência de músicos, dançarinos e artistas africanos residentes em São Paulo, desenvolvidos no projeto "Ser/Tornar-se africano no Brasil: Fazer musical e patrimônio cultural africano em São Paulo".

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Marcelo Schellini

Com Nassuradine Adamou.
Documentário ficcional que narra e entrelaça uma série de viagens de figuras históricas e contemporâneas em jornadas entre o Egito, Senegal e Brasil.

Rose Satiko G. Hikiji e Josep Juan Segarra

“Ele necessita preservar a sua vida”. A frase ecoa a tragédia de quem precisa procurar refúgio. Uma figura silenciosa no palco, coberta de coltan, celulares ensanguentados colados ao seu corpo; uma guerra distante, por refugiados tão próximos. 
Performance "Não à guerra do Congo", no 1º Festival do Dia Internacional do Refugiado, 19 de junho de 2016, São Paulo.

Ewelter Rocha

O ensaio “Era um corpo de mulher”, de Ewelter Rocha, consiste em uma experiência de escritura etnográfica audiovisual, tendo sido a sua forma concebida sob os auspícios dessa presunção. Nessa perspectiva, desenvolvemos uma narrativa em que sonoridades, imagens, textos e falas se entrecruzam na construção de uma montagem que favoreça imbricar no mesmo suporte a evocação de uma experiência etnográfica e a produção artística que representa seus protagonistas principais. Nesse caso, enfocando as esculturas de madeira e as peças de barro que retratam as beatas de Juazeiro do Norte – CE. O ensaio tem por base uma pesquisa de doze anos que desenvolvemos no sertão do Cariri cearense, região situada ao sul do Ceará. 

Rose Satiko G. Hikiji e Josep Juan Segarra

O performer Shambuyi Wetu poderia ter escrito (na inconsistência da consciência): "Brasil país da fome". Vivo num quarto pequeno e úmido, uma conquista real!
Caminho entre as bitucas do presídio, no silêncio escandaloso do inconsciente.
Cato as dores para processá-las e convertê-las em fumo.
Refugiado do perigo de não ser, me multiplico pelo mundo.
Vivo em São Congo, nem Paulo, nem Congo.
A construção civil? O meu ganha pão. Por quanto tempo?"