Aconteceu no LISA
27, 28 e 29 de novembro de 2019
Organização:
Núcleo de Antropologia, Performance e Drama – NAPEDRA
Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA
quarta-feira, 27, manhã, 9h30
1 Movimento quadril: dos ricochetes do quadril feminino “periférico” à construção de subjetividade em contextos anti-patriarcais
Ana Carolina Alves de Toledo (Grupo Terreiro de Investigações Cênicas/UNESP)
2 Indumentárias, trajes e vestimentas de candomblé: perpetuação na diáspora brasileira
José Roberto Lima Santos (Grupo Terreiro de Investigações Cênicas/UNESP)
3 “O jogo de facho das comadres”: corpo, técnica e performance das marisqueiras (Matarandiba, Ba)
Renata Freitas Machado (Napedra/USP)
quarta-feira, 27, tarde, 14h
1 Réus e jurados nos palcos e bastidores dos Tribunais do Júri brasileiro e francês: eloquências do silêncio e da voz
Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer (Núcleo de Antropologia do Direito – Nadir/USP)
2 Reflexões sobre patrimônio cultural como experiência e performance
Carlos E. R. Gimenes (Napedra/USP)
quarta-feira, 27, tarde, 16h30
1 Recital de músicas acusmáticas feitas por alunos do Projeto Guri
Rafael Fajiolli de Oliveira (USP)
O ciclo de palestras aborda os robôs no cinema de ficção analisando os filmes: Il Casanova de Fellini (um episódio), Metropolis de Fritz Lang, Her de Spike Jonze, Ex Machina de Alex Garland, Blade Runnerde Ridley Scott e Blade Runner 2049 de Denis Villeneuve.
O curso contextualiza a figuração fílmica das entidades robóticas e sua representação como um duplo humano, explorando a natureza antropomórfica e sua sexualização. Faz uma viagem fugaz pelos ancestrais mecânicos e pelas figuras imaginárias que precederam e acompanharam o nascimento dos autômatos desde os robôs até os cyborgs. Realiza uma jornada não apenas pelas regiões do imaginário cinematográfico, mas também pela representação do outro zoo-techno-terio-morpho, em especial, uma jornada pela hibridização, no entrelaçamento com o outro, na construção de figurações sexualmente quiméricas como lugares de desejo e cuidado.
Riccardo Putti é professor na Università degli Studi di Siena e na Scuola di Specializzazione in Beni Demoetnoantropologici Università degli Studi di Perugia e diretor do laboratório de antropologia visual Ars Videndi.
O Prof. Luis Felipe Hirano (UFG), pós-doutorando do PPGAS sob a supervisão da Sylvia Caiuby Novaes, coordenará nesse semestre um Seminário de Leitura e Pesquisa sobre Antropologia da Percepção e Antropologia Visual.
Leia aqui o cronograma dos seminários
Dirigido por Rose Satiko Hikiji e Jasper Chalcraft, este filme retrata a cantora moçambicana Lenna Bahule entre o ativismo e o palco, entre a África imaginada que o Brasil espera nela encontrar, e o cosmopolitismo brasileiro que São Paulo lhe imprime. Em seu percurso, Lenna também volta a Moçambique e redescobre seu país com novos olhos: há uma reconexão dela com suas raízes ancestrais permitindo que olhe, uma vez mais, para o futuro.
Debate com Prof. Omar Ribeiro Thomaz (DA,IFCH), Dra. Fabiana Bruno (LA'GRIMA/IFCH) e os diretores do filme.
O GRAVI e o PAM convidam para a projeção e debate dos filmes:
"Nenha" ( 2018, 25 min., dir. Andre Bahule))
Três gerações de mulheres que dançam Xingomana compartilham suas vidas e, através das canções e danças, dão uma visão das mudanças que as mulheres conquistaram em sua comunidade. O movimento moçambicano de mulheres transformou essa dança de sedução em uma de afirmação da força e potencial das mulheres durante a luta pela independência nos anos 60 e 70. Agora elas lutam pela continuidade da mensagem dessa dança, na afirmação de que a mulher é forte, “nhenha” em Tsonga, a língua do Sul de Moçambique *.
"Nwajohane" (46 min., work in progress de Karen Boswall)
Filmado durante a exibição do filme Nenha na comunidade de Nwajohane, as personagens do filme e os pesquisadores/cineastas jovens moçambicanos compartilham sua experiência, música e alegria.
Ficha técnica do filme "Nenha":
Aos 85 anos, a arqueóloga brasileira Niède Guidon relembra a jornada profissional que levou à revelação de pinturas rupestres no sul do Piauí, e estabeleceu um novo paradigma sobre a chegada do ao homem ao continente americano.
Sobre o diretor: http://www.lentevivafilmes.com.br/team.html
Sumak e sinzhi warmiguna: reflexões sobre política e gênero entre os/as runa de Sarayaku
Com a presença de Mirian Cisneros, lideresa do povo originário kichwa de Sarayaku, Amazônia equatoriana, este encontro pretende refletir sobre imbricações entre política e liderança, território e gênero entre os/as runa de Sarayaku.
Uma das possíveis traduções para “a política” em Runa Shimi seria a expressão “Hatun Yuyayguna Kwintanakuy”, conhecimento e/ou importante conversa, diálogo ou, ainda, conversatório. Dedicaremos especial atenção às criatividades das mulheres e das mulheres lideresas – estas últimas, “puxadoras de conversatórios” – incluindo a chagra (roçado), a chicha e a luta pelo reconhecimento de seu território como Selva Vivente. Como se constituem enquanto mulheres belas e fortes (sinzhi e sumak warmiguna)? E lideresas? O que é um território e qual sua relação com as mulheres? Que [cosmo]política fazem as mulheres – ou, como territorializam o mundo e a política? De que forma produzem espaços particulares de co-existência aos modos outros, incluindo não-indígenas, de fazer mundos?
A conversa será precedida pela exibição de documentários realizados por cineastas runa sobre a vida em Sarayaku e a luta travada contra o extrativismo, especialmente petroleiro, em seu território.
De 9 a 24 de setembro, o CINUSP Paulo Emílio convida o público a conhecer o cinema do povo indígena Guarani e algumas produções audiovisuais feitas em parceria com suas comunidades. Organizada em 6 sessões especiais, com 15 filmes, a mostra faz parte da programação do II Seminário Internacional Etnologia Guarani: redes de conhecimento e colaborações, que acontece na USP entre 24 e 27 de setembro de 2019.
Confira aqui a programação completa!
O GRAVI convida para a exibição e debate do filme FILHOS DE MACUNAÍMA (90 min., 2019) de Miguel Antunes Ramos. Estarão presentes conosco o diretor Miguel Ramos e o roteirista Guilherme Giufrida.
Sinopse: Três famílias indígenas vivem na cidade de Boa Vista, no norte do Brasil. Enquanto Maria se despede da mãe, que não fala português e adoece na aldeia, seu filho Daniel, evangélico, procura na dança uma forma de viver. Teuza procura na Guiana uma vida mais intensa e vive se deslocando, entre festas, problemas familiares e buscas por trabalho. Arlen, indígena policial e morador de um conjunto habitacional na periferia, tenta voltar para a aldeia onde sua família mora, enquanto lida com a violência e outros problemas na cidade. Histórias de deslocamento e identidade de personagens em busca de si mesmos.
O doutorando do PPGAS-USP André Lopes exibirá 4 curtas-metragens que realizou recentemente com colaboradores indígenas. Três desses trabalhos são resultados de oficinas de vídeo que o pesquisador ministrou com os povos Manoki e Myky, populações com as quais faz trabalho de campo para a sua pesquisa de doutorado, e um quarto curta-metragem foi realizado em seu estágio de pesquisa em Nova Iorque, sobre a participação da cineasta guarani, Patrícia Ferreira, no Margaret Mead Film Festival. O objetivo é compartilhar um pouco desses últimos resultados de pesquisa finalizados no Lisa, pensar em diferentes modelos de colaboração e possíveis desdobramentos.
Filmes:
New York, just another city - 19 min (2019) - direção de André Lopes e Joana Brandão
Os espíritos só entendem o nosso idioma - 5 min (2019) - direção de Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi
Trançando nossos caminhos - 6 min (2019) - direção de Cledson Kanunxi, Marta Tipuici e Jackson Xinuxi
Ãjãlí: o jogo de cabeça dos Myky e dos Manoki - 48 min (2018) - direção de André Lopes e Typju Myky