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Luis Felipe Kojima Hirano

Neste filme, a psicóloga, performer e dançarina Elizabeth Lewin conta como a terapia corporal e perceptiva Arte Org contribui para seu trabalho em Água de la Luna, um grupo de danças orientais, e no Colectivo Máquina a Costura que, a partir de performances em espaços públicos, questiona e confronta a violência de gênero. Por meio de suas reflexões, adentramos no tema das relações entre criação artística, saúde mental e corporal.

Priscilla Ermel

Em "Floresta de Fitas", a compositora e multi-instrumentista paulistana Priscilla Ermel revisita sua trajetória artística junto com a poeta Cora Coralina e a antropóloga Carmen Junqueira revelando ressonâncias entre as criações musicais nos estúdios analógicos nos anos 1980 e o universo onírico da etnia indígena Cinta-Larga com quem a artista conviveu nesse período. O roteiro é alinhavado pelas histórias destes personagens que participam do seu primeiro álbum "Saber Sobre Viver", produzido pelo lendário engenheiro de som Hugo Gama.

Giulia Durães Gonçalves

Em São Roque, interior de São Paulo, moradores e turistas se reúnem mensalmente em uma casa centenária para acompanhar as apresentações do Grupo de Choro, Seresta e Serenata, que há dez anos vem resgatando práticas musicais do passado local. Seguindo o trajeto destes sons que conectam casas, ruas, pessoas e temporalidades, o filme apresenta as memórias que atravessam o engajamento com a música neste contexto, onde relembrar o passado é também uma maneira de construir um espaço de sociabilidade no presente. Três personagens ligados ao Grupo guiam o desenvolvimento do filme: Mari(coordenadora), Bela (madrinha) e Zé do Nino (anfitrião).

Jasper Chalcraft e Rose Satiko Gitirana Hikiji

O que artistas africanos que chegam ao Brasil nos últimos anos carregam consigo na travessia? Como dialogam as diásporas africanas – a nova diáspora criativa e a que fez do Atlântico um cemitério? Que palcos são ocupados, construídos, preenchidos com as performances dos artistas que atravessam o oceano? Ancestralidades atualizadas em performances que constroem um presente afropolitano em uma metrópole em que é necessário ser atrevido, colorir o cinza. São Palco – Cidade Afropolitana apresenta a cidade de São Paulo como um meta-palco ocupado por artistas do Togo, Moçambique, República Democrática do Congo e Angola, entre outras nações africanas, em diálogo com a população brasileira e suas aberturas, contradições e tensões.

Yuri Prado

A partir da segunda metade dos anos 1980, sonoridades que não se encaixavam nos gêneros musicais populares reconhecidos pela indústria fonográfica foram agrupadas sob o termo “world music”. Durante anos, essas novas músicas desfrutaram de considerável sucesso na Europa, dando esperança aos “músicos do mundo” de que suas criações seriam amplamente difundidas. No entanto, a partir dos anos 2000, o esgotamento da world music como novidade e a crise na indústria fonográfica tiveram um impacto considerável na viabilidade comercial desses artistas. Através das memórias e práticas musicais de Charles Kely Zana-Rotsy, guitarrista e cantor malgaxe que teve participação significativa no cenário da world music na França, o filme busca oferecer uma visão mais matizada e pessoal de um fenômeno cultural que, longe de ser considerado encerrado, ainda orienta a construção de identidade, os discursos e as ações daqueles que fizeram parte dele.

Latsu Apalai e André Lopes

A história de Bibiru, um kaikuxi (cachorro) que ficou panema, sem sorte na caçada, e a tentativa de cura do seu dono Waranaré Wayana, para voltarem a caçar juntos. Numa intensa caçada, jovens aprendem sobre a origem dos cachorros ancestrais e os cuidados que devem continuar tomando ao caçar em seu território, localizado na Amazônia. Reflexões indígenas sobre as relações entre humanos e não humanos ajudam a iluminar as próprias interações que os não indígenas estabelecem com os animais dos quais se alimentam. Todas as imagens foram realizadas por jovens Wayana e Aparai, que aprendiam a filmar pela primeira vez na aldeia Bona (PA).

Tipuici Manoki e André Tupxi Lopes

O ãjãlí é um divertido jogo em que somente a cabeça dos jogadores pode encostar na bola. Essa prática, compartilhada por poucos povos indígenas no mundo, está presente entre as populações Manoki e Mỹky de Mato Grosso, falantes de um idioma de família linguística isolada. Jovens Manoki decidem realizar a sequência do primeiro documentário do jogo, gravado pelos Mỹky, reproduzindo nos filmes sua rivalidade criativa presente nos jogos. Agora com um olhar feminino sobre essa grande festa, uma das anfitriãs reflete sobre a importância da complementaridade entre os diferentes gêneros na vida da aldeia.

Lia Malcher

Cleide Vasconcelos é cantora, compositora e liderança comunitária do Quilombolo de Arapemã, na região do baixo Tapajós. A música a acompanha no seu cotidiano, tornando-se uma ferramenta importante de narrativa sobre sua vivência ribeirinha, na luta por seu território e nas relações que constrói junto à sua família e companheiras de movimento social.

Mihai Andrei Leaha

Três drag queens brasileiras se preparam para uma Drag Race em São Paulo. Enquanto se arrumam para o show, Satine, Di Vina Kaskaria e Gabeeh Brasil compartilham sobre como as experiências e lutas vividas no processo de elaboração das suas drags as transformaram em multi-artistas. Durante o concurso, essa transformação é revelada e encenada, e se mistura à festa Caps Lock, na vibrante cena independente de música eletrônica em São Paulo.

Mihai Andrei Leaha

Nubia é uma clubber e fotógrafa da cena independente de música eletrônica em São Paulo. Andando pelo centro da cidade de São Paulo, durante o evento SP na Rua, ela fotografa enquanto dança e interage com amigos e performers. Suas fotografias revelam um olhar original, político e estético, que capta de forma vívida as cenas desse universo deslumbrante.

Yuri Prado

A cada 27 de setembro, Julio Valverde e sua família realizam um caruru de Cosme e Damião no Soteropolitano, restaurante de comida baiana localizado em São Paulo. Ao longo de 25 anos, a promessa de oferecer essa festa foi cumprida. Será ela capaz de resistir aos impactos da pandemia?

Paula Bessa Braz e Mihai Andrei Leaha

Uma família decide abrir uma escola de música erudita na sua própria casa. Os irmãos Cruz se organizam para dar aulas e ensinar às outras crianças do bairro aquilo que amam. Pouco a pouco, a casa se transforma num local de encontros musicais, num dos bairros mais perigosos de Fortaleza. Mas, para alcançar o sonho de viver de música, é preciso um pouco mais. Até onde a música os levará?

Rose Satiko G. Hikiji e Jasper Chalcraft

A presença africana na música brasileira se manifesta de formas diversas. Se em 1966, Baden Powell “carioquizava” o candomblé com os Afro-sambas que compôs com Vinícius de Moraes, meio século depois vivemos um momento inédito com a chegada de músicos de diferentes países africanos à metrópole paulistana. No filme AFRO-SAMPAS observamos o que pode acontecer quando músicos dos dois lados do Atlântico são colocados em contato na cidade onde vivem. Yannick Delass (República Democrática do Congo), Edoh Fiho (Togo), Lenna Bahule (Moçambique) e os brasileiros Ari Colares, Chico Saraiva e Meno del Picchia aceitam nosso convite para um primeiro encontro no qual experimentam sonoridades, memórias e criatividades.

Luis Felipe Kojima Hirano

Habitar os olhos, caminhar ao longo de imagens e seguir linhas desenhadas com uma câmera fotográfica são algumas das experiências propostas neste filme. Ele se baseia no relato e nas composições feitas pela fotógrafa Evelyn Torrecilla, a partir de suas vivências na terapia Arte Org, responsáveis por uma transformação em suas formas de ver e fotografar. O filme convida o espectador a mover seus sentidos ao longo de fotos tiradas por Evelyn. A trilha sonora, composta pela musicista e terapeuta arteorguiana Javiera Abufhele, também reverbera aprendizagens dessa terapia. O resultado é uma experiência sinestésica que sugere um embaralhamento entre cinema, fotografia, desenho e música.
A produção é fruto da pesquisa de Pós-Doutorado intitulada “Modos de perceber e formas de cuidar de si: uma etnografia audiovisual da terapia Arte Org”, realizada por Luis Felipe Kojima Hirano no PPGAS-USP e no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia, sob a supervisão de Sylvia Caiuby Novaes, entre 2019 e 2020. A pesquisa buscou sistematizar oito anos de trabalho de campo na terapia Arte Org, criado por Jovino Camargo Jr., que segue os princípios da psicologia corporal e perceptiva de Wilhelm Reich. A partir de uma série de exercícios que trabalham o corpo e a percepção, a Arte Org busca lidar com o funcionamento humano contemporâneo, potencializando modos de ver e sentir o mundo. Nessa pesquisa, cartografei os atravessamentos da experiência corporal e perceptiva na produção artística de fotógrafos, músicos, bailarinas/os, atores e atrizes arteorguianos. O curta-metragem “Habitar os olhos” é o primeiro episódio de uma série em elaboração, que visa explorar imageticamente os movimentos desses artistas. A pandemia de Covid-19 impôs desafios para a concepção inicial do filme. A impossibilidade de continuar as filmagens abriu espaço para um intenso trabalho de montagem com as fotografias de Evelyn Torrecilla. Se não era possível filmar as andanças da fotógrafa por diferentes paisagens por conta da quarentena, ao menos era possível caminhar ao longo de suas fotografias, buscando, assim, sair um pouco do enclausuramento imposto pela pandemia. O resultado é um misto de documentário e fotofilme – um convite a ouvir a experiência de Evelyn na Arte Org e a caminhar com os olhos por suas fotografias.

Josep Juan Segarra

Roland Barthes anunciou uma provocadora "morte do autor" enquanto Michel Foucault se perguntou "o quê é um autor?". Para além desses autores reconhecidos, como cabe pensar as hierarquias e as autorias implicadas nos filmes etnográficos? Existem camadas autorais? Uma antropóloga, um músico e um artivista cultural, que fizeram o filme "A arte e a rua"" juntos, refletem sobre essas questões.