Aconteceu no LISA
No dia 10 de abril de 2025, será exibido no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP) o filme "Holobiont Society" da artista suíça Dominique Koch, a partir das 20 horas.
Compondo uma exposição visual que vem rodando por vários países, Holobiont Society mergulha em um conjunto complexo de questões relacionadas a hierarquias, estruturas de poder e conceitos de coexistência, definidos no termo holobionte.
Criado pela bióloga Lynn Margulis, co-desenvolvedora da hipótese de Gaia, o conceito refere-se a uma unidade ecológica e evolutiva integrada formada por um organismo hospedeiro e todos os micro-organismos que vivem em associação com ele.
No filme, o holobionte é visualizado por meio de imagens científicas de corais, bactérias e outros organismos simbióticos, que emergem na tela junto com um elaborado design sonoro, que atua em sinergia com trechos de entrevistas da bióloga, feminista e escritora Donna Haraway, além do filósofo e sociólogo Maurizio Lazzarato e do biólogo molecular Scott Gilbert.
A exibição é uma atividade de extensão do Coletivo de Antropologia, Ambiente e Biotecnodiversidade (CHAMA) e do LISA, além de ser parte da disciplina "Antropologia dos Microrganismos", ministrada pelo pós-doutorando Leonardo Dupin.
O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP) receberá no dia 29/04/2025, às 14h30, a palestra "Ruínas do fotográfico: migrações dos arquivos de família e seus ecossistemas de pertencimento" proferida pela pesquisadora Dra. Fabiana Bruno, pós-doutoranda do Departamento de Antropologia da USP supervisionada pela Profa. Dra. Sylvia Caiuby Novaes.
A palestra abordará o contexto e as políticas de “acervos emergentes” formados com fotos abandonadas ou descartadas, em particular, fotografias vernaculares de família desvinculadas de álbuns pessoais. O ponto de partida será a apresentação de um panorama de histórias de três “acervos emergentes” pesquisados: Arab Image Foundation (AIF), Líbano; Found Photo Foundation, Inglaterra; e ACHO – Arquivo Coleção de Histórias Ordinárias, Brasil.
Nesses acervos emergentes, as fotografias vernaculares recolhidas e abrigadas – de pertencimentos diversos – adquirem outras vias de sobrevivências, ao serem destinadas a uma segunda-vida” em re-ajuntamentos, no âmbito de iniciativas “anarquivísticas” (Seligmann-
Estão abertas até o dia 21/04/2025, as inscrições para o curso de extensão "Documentário e etnografia no Brasil: O cinema de Eduardo Coutinho", que será realizado de 29/04/2025 a 01/07/2025, na modalidade à distância.
O curso tem como objetivo explorar a relação entre o cinema documentário de Eduardo Coutinho e a prática etnográfica, destacando como o cineasta brasileiro utiliza o documentário como uma ferramenta de reflexão sobre a realidade social do Brasil, sobretudo pós-1960. A partir da análise de obras-chave de Coutinho, o curso busca investigar as especificidades de sua abordagem cinematográfica, que dialoga com métodos antropológicos de observação, descrição e a priorização do local e do particular. Além disso, pretende-se discutir o impacto histórico e estético do cinema documentário no Brasil, considerando que Coutinho produziu filmes ao longo de meio século, o que configura sua obra como uma espécie de documentação das inflexões históricas, sociais e políticas que marcaram o país nesse período. O curso visa, ainda, preencher uma lacuna nos estudos acadêmicos sobre a obra de Coutinho dentro da antropologia, oferecendo uma leitura crítica e integrada entre cinema e etnografia.
Fotografar e ver – oficina de fotografia.
Objetivo da oficina: Apresentar tecnicamente os princípios para operar manualmente uma câmera fotográfica (abertura do diafragma, velocidade do obturador, ISO); fazer exercícios operando a câmera e exercícios de composição da fotografia; visitar a exposição “Trajetórias cruzadas: Claudia Andujar, Lux Vidal e Maureen Bisilliat” no Centro MariAntonia da USP; realizar discussões sobre as relações entre fotografia e antropologia visual.
Solicitamos às pessoas inscritas que levem câmeras fotográficas, caso possuam.
Público-alvo: Estudantes de graduação e pós-graduação;
Pré-requisito: Não é preciso experiência prévia com fotografia.
Informações/Contato: lisaonline.fflch@usp.br
Número de vagas: 12
Ministrantes: Pesquisadores do LISA e do Grupo de Antropologia Visual (GRAVI – USP) vinculados ao Departamento de Antropologia da USP
Curso de Cinema da Amazônia: Uma Imersão na Produção Audiovisual da Região
Público-Alvo: Pesquisadores, produtores, estudantes e todos que se interessam pela riqueza cinematográfica da Amazônia.
Objetivo: O curso oferece uma reflexão profunda sobre as transformações recentes no cinema da Amazônia, explorando a diversidade cultural e identitária dos cineastas Amazônidas. Focando especialmente em produções documentais, o curso destaca as questões sociais, culturais e estéticas que definem o cinema dessa região rica e plural.
Na Semana da Consciência Negra, convidamos você para a sessão do CINUSP que exibirá o filme "Woya Hayi Mawe - Para onde vais?"
📅 21/11/2024 (quinta-feira)
🕜 14h30
📌 CINUSP | Cidade Universitária | R. do Anfiteatro, 109
No filme, acompanhamos a trajetória da música moçambicana Lenna Bahule entre São Paulo, seu lar adotivo, e sua cidade natal, Maputo.
Vemos como Lenna enfrenta as dificuldades de ser música, mulher e negra no Brasil e em Moçambique. O mundo artístico de São Paulo cobra sua africanidade, suas raízes. Já em Moçambique, Lenna é agora conhecida por seu sucesso no Brasil.
De volta a sua terra natal, ela a redescobre com novos olhos. Lenna encontra uma inspiradora geração de músicos de Maputo, que envolve na produção de um grande show. Seja no palco, no sítio da avó ou em um projeto social na periferia de Maputo, vemos Lenna e os artivistas moçambicanos investigando a música tradicional e popular de seu país e descobrindo novas rotas. Navegando entre o ativismo e o palco, entre a África imaginada que o Brasil espera encontrar nela, e o cosmopolitismo brasileiro que São Paulo lhe imprime, Lenna descobre que suas raízes musicais eram ainda mais poderosas do que ela imaginava.
Trajetórias Cruzadas reúne fotografias de Claudia Andujar, Lux Vidal e Maureen Bisilliat
Pela primeira vez, mostra apresenta trabalhos de três mulheres fotógrafas que se engajam na defesa dos povos indígenas e de comunidades ribeirinhas e sertanejas
O Centro MariAntonia da USP inaugura no dia 19 de outubro, às 16 horas, a exposição Trajetórias Cruzadas com trabalhos de Claudia Andujar, Lux Vidal e Maureen Bisilliat, com aproximadamente 300 fotografias. A curadoria é das antropólogas Sylvia Caiuby Novaes e Fabiana Bruno. A entrada é gratuita.
A mostra reúne, pela primeira vez, fotografias de três mulheres europeias: a suíça Claudia Andujar, a alemã Lux Vidal e a inglesa Maureen Bisilliat. São mulheres cujas trajetórias foram marcadas pela vivência da Segunda Guerra Mundial, por terem morado em muitos países e dominarem várias línguas. No Brasil se cruzam em trajetórias similares, buscando e revelando um Brasil pouco conhecido até então pelos brasileiros.
Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA/USP)
Núcleo de Artes Afro-Brasileiras da USP
Evento Híbrido
Link para todas as sessões: https://meet.google.com/huf-vvvo-ckh
Programação
14 de outubro (segunda-feira)
– Programação on-line via Zoom
● Tarde (14h00):
o Boas-vindas da comissão organizadora
John C. Dawsey, Pâmilla Vilas Boas, Fernanda Marcon.
○ Caminho da Canoa: entre espelhos e raízes d'água (roda de conversa)
Carlos Corrêa Praude (UNB) Rita de Almeida Castro (UNB; NAPEDRA/USP) (remoto).
○ Corpos caindo: Um filme, um massacre, uma ciborgue e o tempo espiralar da performance
Scott Head (GESTO/UFSC) (remoto)
○ Na Volta do Mundo (Exibição de Curta,14’12)
Alice Villela (NAPEDRA/USP) (remoto)
○ Andanças de Fé (Exibição de Documentário, 46’)
Carlos Alberto Corrêa Moro (UNICAMP; NAPEDRA/USP) (remoto)
A jornada busca celebrar os noventa anos do ensaio As Técnicas do Corpo (1934), do antropólogo francês Marcel Mauss (1872-1950). Através de sua efeméride, a motivação do evento não é exatamente proporcionar uma rememoração do texto, mas sim provocar sua releitura junto ao público brasileiro. Tantas vezes apontado no Brasil como inspirador da antropologia do corpo, o ensaio também é, na França, considerado o fundador da antropologia da técnica. Essa segunda linha de investigação reposiciona as ansiedades contemporâneas em torno de tecnofobias e tecnoutopias, além de balizar caminhos metodológicos, inclusive audiovisuais, para a percepção e descrição dos "atos tradicionais e eficazes" constitutivos da técnica. Em sintonia com a interdisciplinaridade que marca o ensaio, a jornada promoverá conexões entre antropologia e arqueologia, compreendendo que a ênfase de Marcel Mauss sobre o domínio da técnica através do corpo sublinha a continuidade entre o biológico, o psicológico e o social.
Programação
Dia 03 de outubro (quinta-feira) 10h-12h:
Mesa de abertura: Vida e movimento: impactos e perspectivas das técnicas do corpo entre o Brasil e a França, com Perig Pitrou (Maison Française d'Oxford) e Carlos Sautchuk (UnB)
Entre os dias 17 e 18 de setembro de 2024, a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo receberá o simpósio “Corpo-arquivo: práticas, memórias e imaginações audiovisuais”. O evento propõe um diálogo entre as práticas colaborativas de arquivo na América Latina, que questionam e reformulam as perspectivas hegemônicas sobre as memórias audiovisuais, sua circulação e acesso, e as políticas de conservação do patrimônio.
O encontro contará com a participação de arquivistas, curadores e pesquisadores que refletirão sobre as práticas arquivísticas e suas imaginações possíveis. Quais são os corpos de um arquivo ou mais especificamente de um corpo-arquivo? O que acontece se pensarmos nos arquivos como corpos de memórias? Como as diferentes relações de poder e as violências inerentes à sua formação se manifestam em suas marcas e ausências? E, por fim, como os arquivos audiovisuais menores contribuem para os debates decoloniais contemporâneos sobre o arquivo?
Para falar sobre o tema "Arquivos, universidade e memórias sociais: Releituras sob diversas perspectivas disciplinares e teóricas", no painel IV, a organização do simpósio convidou a Profa. Rose Satiko e o especialista em documentação Leonardo Rovina Fuzer, do LISA-USP.