Inaugurado em outubro de 1991, o Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA) desempenha um papel importante de suporte às produções audiovisuais e fotográficas de estudantes, professores/as e pesquisadores/as do Departamento de Antropologia (DA), da Universidade de São Paulo (USP). Além de atuar como um centro básico de pesquisa e treinamento para estudantes, o LISA oferece infraestrutura para a produção ou pesquisas em imagens e sons etnográficos, incluindo equipe técnica e equipamentos como as ilhas de edição, que podem ser utilizadas na produção dos trabalhos acadêmicos. Outra proposta do laboratório é favorecer os encontros de professores/as e pesquisadores/as que atuam em diferentes áreas da Antropologia.
Em parceria com o corpo docente e discente do DA, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP e pesquisadores de outras instituições, o LISA promove mostras de cinema, exposições fotográficas, cursos de extensão e eventos acadêmicos. Também estabelece parcerias para atividades e projetos em conjunto com instituições educacionais, culturais, de memória e órgãos governamentais.
Atualmente, o LISA é um laboratório de referência com reconhecimento internacional, tendo se destacado nas produções atreladas ao campo das Formas Expressivas e Regimes de Conhecimento, tais como fotografia, cinema, teatro e música, mas valoriza, abarca e estímula a produção de conhecimento de temas transversais da Antropologia. Salvaguarda e realiza ações de documentação e conservação para preservação de um riquíssimo acervo antropológico que data do início do século XX. Há cerca de 1.970 filmes que dialogam com temas sobre ecologia, identidade, moradia, parentesco, política, racismo, religião, ritual, violência etc.; 24.500 imagens (incluindo fotos, adesivos e placas de vidro); 700 horas de registros sonoros (fitas cassete, discos, CDS, arquivos digitais); documentos de referência como livros, teses e catálogos.
Além das produções próprias, o LISA reúne materiais doados por colecionadores, comprados ou trocados com outros centros de pesquisa. Desde 2003, grande parte do acervo está disponível no site como forma de democratizar o acesso às informações produzidas a partir de pesquisas especializadas.
Constantemente, o laboratório recebe visitas de grupos indígenas interessados em pesquisar os registros de suas etnias para reverem como viviam seus antepassados, como eram os rituais, as pinturas corporais e os cantos. Através dessa interação, os acervos encontram ressonância junto aos seus "herdeiros culturais".
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