
Por Carlos Eduardo Conceição • Bolsista de Divulgação Cientifica do LISA
Publicação: 22/10/2025
O filme São Palco - Cidade Afropolitana, dirigido por Rose Satiko Gitirana Hikiji e Jasper Chalcraft, e realizado junto ao Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP), recebeu o Prêmio Ana Maria Galano de melhor longa-metragem durante cerimônia de premiação do 49º Encontro Anual da ANPOCS. O filme ficará disponível por um mês no site do evento:
https://www.encontro2025.anpocs.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=1719
São Palco - Cidade Afropolitana é o quarto filme que resulta da pesquisa dos antropólogos com artistas africanos que chegaram ao Brasil na última década. Na pesquisa, realizada junto ao Departamento de Antropologia da USP, Rose e Jasper seguem os protagonistas em seus fazeres artísticos pela cidade de São Paulo. Observam os palcos que ocupam, os espaços que constroem com seu musicar, os desafios que enfrentam em seus cotidianos, e a criatividade diaspórica que compartilham com o público e artistas brasileiros que encontram em sua trajetória. O longa-metragem é um mosaico da diáspora criativa africana em São Paulo.
O que artistas africanos que chegam ao Brasil nos últimos anos carregam consigo na travessia? Como dialogam as diásporas africanas - a nova diáspora criativa e a que fez do Atlântico um cemitério? Que palcos são ocupados, construídos, preenchidos com as performances dos artistas que atravessam o oceano? Ancestralidades atualizadas em performances que constroem um presente afropolitano em uma metrópole em que é necessário ser atrevido, colorir o cinza. São Palco - Cidade Afropolitana apresenta a cidade de São Paulo como um meta-palco ocupado por artistas do Togo, Moçambique, República Democrática do Congo e Angola, entre outras nações africanas, em diálogo com a população brasileira e suas aberturas, contradições e tensões.
Jasper Chalcraft é um antropólogo e cineasta britânico. Rose Satiko Hikiji é professora da Universidade de São Paulo e coordenadora do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP. O filme é resultado do projeto de pesquisa “Ser/Tornar-se Africano no Brasil: fazer musical e herança cultural africana em São Paulo”, conduzido por ambos os diretores, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Outros filmes e produções da pesquisa podem ser vistos no site afrosampas.org
Veja o momento da premiação: