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Entre os dias 17 e 22 de abril de 2000, em Santa Cruz de Cabrália (Bahia), realizou-se uma conferência dos povos e organizações indígenas do Brasil, a qual se contrapunha frontalmente às comemorações pelos 500 anos do descobrimento do Brasil organizadas pelo governo federal. Imagens deste evento e depoimentos de seus participantes são os objetos deste documentário que acompanhou as espectativas, as discussões e as deliberações dos líderes indígenas lá reunidos. A construção do movimento intitulado "Brasil: outros 500", que contou com lideranças negras, populares e indígenas, e que ganhou as ruas no dia 22 de abril de 2000, sendo recebida com gás lacrimogêneo e truculência policial, também são fatos recuperados e tematizados por este trabalho num claro ato de denúncia à política nacional.
Série composta de 5 programas onde mulheres de classes diferentes, de diversas formações, com profissões diversas, desde artistas, atletas, cientistas, políticas e donas de casa, dão sua opinião sobre questões sociais, afetivas e estéticas. O programa 4 tem como foco principal os temas: trabalho e violência.
Vídeo que traz a trajetória do militante marxista Mário Pedrosa. Pedrosa, que participou da Semana de Arte Moderna, foi membro do Partido Comunista Brasileiro e chegou a ser o secretário executivo da "Quarta Internacional Comunista", tendo acesso ao líder soviético Leon Trotski. Sua vida e militância política sempre estiveram ligadas aos acontecimentos da União Soviética.
Fiaminghi nasceu em São Paulo, em 1920. Desde muito cedo dedica-se à pintura e na década de 50 integra o Movimento Concretista, desenvolvendo uma pintura racional e construída. Sem romper com esta tendência, introduziu mais tarde liberdade e gestualidade em seu trabalho.
Nuno Ramos nasceu em São Paulo, em 1964. Formado em Filosofia pela USP, é considerado um dos artistas expoentes da chamada Geração 80, tendo integrado o grupo Casa 7. Realiza uma pintura que se caracteriza pelas grandes proporções, com o uso de objetos e materiais recolhidos do cotidiano.
Paulistano, nascido em 1941, Aguilar desenvolveu um trabalho inquietante influenciado pela Pop Art. Diversificado e inovador, acrescentou à pintura outros meios de expressão.Tornou-se também videasta e músico. O vídeo mostra essa pluralidade, que vai da pintura figurativa à performance.
Cristiano Mascaro nasceu em Catanduva (SP), em 1944. Arquiteto, fotógrafo e professor, iniciou sua carreira de fotógrafo como repórter da revista 'Veja'. Tornou-se mestre em estruturas ambientais urbanas e publicou vários ensaios fotográficos. Tem na cidade e suas personagens o grande tema de seu trabalho, buscando sempre, como um visitante, ângulos novos e desconhecidos.
Realizado a partir de espetáculo multimídia, Urbis é a tradução sonora e visual das possibilidades de investigação e encontro dos signos que circulam num dos mais importantes centros de São Paulo, a Avenida Paulista.
Documentário que trata da entrada dos profissionais de propaganda e marketing no mercado imobiliário. Quando as sucessivas crises econômicas pelas quais passaram o Brasil começaram a atingir o mercado imobiliário, os empresários deste setor viram a necessidade de divulgação de seus produtos imobiliários por profissionais da área de marketing: são esses profissionais, que trabalham na cidade de São Paulo, que aqui deixam seus depoimentos.
Esta série começa seguindo os passos do cientista britânico Walter Baldwin Spencer (1860 - 1929) em seu trabalho junto aos aborígines australianos . Spencer chegou na Austrália em 1887 como professor de Biologia da Universidade de Melbourne e se envolveu num ambicioso projeto de exploração do interior da Austrália. Durante a expedição, Spencer conheceu Frank Gillen e juntos desenvolveram um método de trabalho que ficou conhecido como "pesquisa de campo". Tal método foi empregado no estudo dos aborígines australianos influenciando deste então o modo de estudar outras culturas.
William Rivers ( 1864 - 1922) originalmente se formou em medicina. Quando integrou uma expedição da Universidade de Cambridge para o norte da Austrália, os testes psicológicos que Rivers fez junto aos nativos fizeram com que ele percebesse a grande importância que as relações de parentesco ocupavam nessas sociedades. Posteriormente, Rivers fez pesquisas pioneiras no estudo do sistema nervoso e no estudo da ação das drogas no corpo humano, realizando uma aproximação importante entre psicologia, medicina e antropologia. Trabalhou também junto a etnia TODA do sul da Índia, onde Rivers finalmente trabalhou como um antropólogo que vai a campo ao invés de ficar em casa teorizando.
Em 1883, um jovem cientista alemão chamado Franz Boas (1858 - 1942) chegava ao norte do Canadá para mapear a região entregar-se aos seus novos interesses: o estudo de outras culturas. Esse primeiro contato, no qual ele travou relação com os Esquimós canadenses, foi muito marcante para Boas fazendo com que o estudo da cultura acabasse se tornando o seu trabalho de vida, tal era o seu fascínio pelas características comuns que unem os seres humanos em toda parte do planeta. Franz Boas também foi o primeiro cientista social que, nos Estados Unidos, desafiou o conceito de inferioridade racial , militando em nome dos negros norte-americanos no início do séc XX.
Bronislaw Malinowski (1884-1942) mudou a forma de se fazer trabalho de campo na Antropologia. Estudou primeiramente os trobriandeses, habitantes das ilhas do pacífico, permanecendo um longo período com o grupo. Brilhante lingüista, Malinowski aprendeu rapidamente a língua do grupo que estudava, e, posteriormente, escreveu livros, difundindo a cultura trombriandesa nos meios acadêmicos e públicos.
Provavelmente, a antropóloga mais lida e mais conhecida é a norte-americana Margaret Mead (1901 - 1978). Nos EUA, Bali e Nova Guiné, Mead estudou o desenvolvimento de crianças sob os aspectos sexuais e comportamentais para perceber quais regras sociais transformavam as pessoas no que elas são. Mead percebeu, através de suas pesquisas, que a mesma adolescência, que nos EUA e Europa consistia num período de grande stress emocional e conflito pessoal, era, sob muitos aspectos, bem mais alegre e agradável em Samoa. Margaret Mead enfatizou que os seres humanos fazem arranjos sociais de diferentes formas sem que um arranjo seja mais valorativo do que outro.
Como professor universitário, Edward Evans-Pritchard (1902-1973), ensinou que suas idéias tinham muitas características em comum com as de outras culturas e que tais idéias eram tanto estranhas como surpreendentes. Ele foi o primeiro antropólogo treinado para trabalhar na África, onde viveu entre os AZENDE e os NUER do Sudão.
Adelina Gomes, moça pobre, filha de camponeses, com o curso primário e alguma formação manual, tímida e submissa à mãe, nunca havia namorado até os 18 anos de idade, quando apaixonou-se por um homem que não foi aceito pela mãe. Sujeitou-se ao fato e foi, aos poucos, se retraindo até que um dia estrangulou a gata, da qual gostava muito. Matando a gata, Adelina se negava como mulher, refugiando-se na loucura com grande agressividade.
Carlos, há vários anos, vinha sendo dilacerado por conflitos pessoais. Esses conflitos sugavam a energia do ego que ia se enfraquecendo e já começava a vacilar. Certa manhã, raios de sol incidiram sobre o pequeno espelho do seu quarto. Brilho extraordinário que deslumbrou-o e surgiu diante dele uma visão cósmica: o "Planetário de Deus", segundo suas palavras. Gritou, chamou a família, queria que todos vissem também aquela maravilha que ele estava vendo. Foi internado no mesmo dia no velho hospital da Praia Vermelha. Isso aconteceu em setembro de 1939. Carlos tinha então 29 anos". Sua mãe recomendou o internamento, e ele ficou lá o resto da vida.
A estória de uma família paulistana de pequena classe média que, de repente, se vê cara a cara com sua verdadeira condição de "pindura" total, ao precisar e ao querer cumprir um ritual socialmente cobrado: o casamento do filho mais velho. Dificuldades em pagar os docs, as encomendas, o terno; necessidade de vender a bicicleta (instrumento de trabalho de Zéca, o noivo); a aflição na escolha da foto que registre o evento - mas que seja barato, sem cenografias complicadas; a cerveja pouca durante a festa; o desespero e o cansaço contidos; a briga quase de "pastelão" entre os convidados; a viagem de lua-de-mel (para Santos), desistida no último momento por Ângela - consciente da situação de total precariedade do agora marido - mas um final cheio de perspectivas e esperanças para esse casal comum.
O programa dedicado a Carlos Reichenbach retrata a relação de sua vida com o cinema. Resgata a sua formação e trajetória cultural desde a infância na casa paterna, o estudo de cinema, as primeiras realizações do chamado "cinema marginal" e sua passagem pelo cinema pornô, até suas últimas produções, com as quais reafirma sua crença em um cinema carregado de sentimento e realizado com recursos artesanais.
Em 5 de outubro de 1997 uma equipe de cinema entra na favela Vila Parque da Cidade, situada na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. Os moradores assistem à missa celebrada pelo Papa no Aterro do Flamengo. Em dezembro, a equipe volta à favela para descobrir como seus moradores vivem a experiência religiosa. Católicos, espíritas ou evangélicos, todos eles têm em comum a crença numa comunicação direta com o mundo sobrenatural através da intervenção, em seu cotidiano, de santos, orixás, guias, ou do Espírito Santo. O filme termina em 24 de dezembro, quando alguns personagens celebram, cada um a seu modo, o Natal.