Título do registro
Kanhgágjykre - Pensamento Kaingang
Suporte Original
CD
Código
CD_0083
País (produção)
BRASIL
Faixas
01. Kiki Jén (0'26) por Francisco da Silva (Chiquinho)
Reza de Chiquinho para o ritual do kikikohn (fevereiro/96 - Terra Indígena de Palmas/PR)
MITO DA LUA E DO SOL
02. Kysã kar rã kame (1'12) por Dorvalino Refej Cardoso
Mito de origem da lua (deezmbro/01)
REZAS, CANTOS, COTIDIANO
03. Venhkanem nonohánh (1'18) por Jorge Kagnãg Garcia
Canto do velho Nonohánh alertando para os perigosa da noite, aqui personificados na figura de Sor prea, índio valente e antigo que sempre estava à espreita. No hehn tó!, Nonohanh faz o alerta final, lembrando que a qualquer momento precisam despertar para defender a vida. Gravado em fevereiro/01 - Terra IndígenA Nonoai/RS
04. A primeira caçada, por João dos Santos (0'20)
A carne da caça, antes de ser mexida precisa ser benzida. O canto é para quando trazem a carne antes de ser preparada para o alimento.
05. A primeira caçada, por João dos Santos (1'23)
O primeiro bicho caçado por João Santos, ele não pode comer, senão morreria. João mostrou para o avô o arco com que tinha abatido a caça. O avô então entoou esta reza, batendo de leve com o arco na cabeça do neto. A partir de então João Santos teria sorte na caça.
CANTO PARA O ESPÍRITO DO AVÔ
06. (2'11)
O avô, antes de morrer, pediu para João cantar. Se o canto não fosse feito, o avô não iria para o céu. À medida que o canto é realizado, a alma do morto digere-se, então, ao mundo dos mortos.
A reza da primeira caçada foi gravada com João dos Santos para a realização do vídeo Kanhgág Ag Kãme/ Histórias Kaingang, realizado pela Secretaria da Educação, produção Cooperativa de Vídeo, novembro de 2000, Terra Indígena Nonoai/RS
07. Kiikonh to tynh, por Jorge Kagnãg Garcia (4'04)
Canto que se realiza durante o ritual do Kikikohn. Todos dançavam na marcação do ritmo, cantavam ou tocavam instrumentos, como o taquaruçu, que era pecutido no chão, e a flauta. O cantor pede que aumentem os sons dos instrumentos porque ele vai aumentar o som de sua voz.´
Hinh Ta Ti Jamré My Tanh
O índio Fã Fãn/Tatu canta e toca para seu cunhado. No final, lembra ao cunhado que, afina, também sabe cantar.
Jag Rég Re Ag. Ag Prõ Fi Mré Venhgrég
O irmão convida o irmão para dançar com sua mulher. Enquanto eles dançam, canta para ela dançar animadamente, pois o seu vestido é muito bonito. (Fevereiro/01 - Terra Indígena Nonoai/RS)
08. Velório do Velho Gaspar (2'51)
No velório do velho rezador kanhrukre João Manuel Gaspar Kaitkâg, Chiquinho faz a reza que pertencia a este velho. Canta para ele, seu jamré/cunhado. Após o ritual do Kikikohn, o jamré Gaspar partirá para o mundo dos mortos.
09. Velório do Velho Gaspar (1'01)
Rezas do ritual do Kikikohn. Os irmãos Chiquinho e Simplício, Terra Indígena de Palmas/PR, cantam para que o jamré Gaspar descanse . Dizem para Gaspar que vá tranquilo, pois eles continuarão realizando por aqui o que ele fazia.
João Manoel Gaspar Kaitkâg, antigo organizador do ritual do Kikikonh, faleceu no Posto Indígena Xapecó/SC, sendo sepultado no cemitério desta comunidade em 05 de junho de 1995.
XAMANISMO
10. Diálogo de Luisa Jagnigri Pedroso com Dorvalino Refej Cardoso (1'41)
O avô passou o poder à Luisa para que continuasse nela o seu conhecimento. Todos dias, de manhã bem cedinho, ele a levava para lavar-se no rio com as ervas, a fim de que se tornasse uma boa kujã.
No dia de receber o poder, ela dirigiu-se à beira de um perau dentro do mato, para esperar o "guia velho". Era madrugada quando ele chegou e começou a mordê-la de leve, para ir se encarnando. Até hoje, quando o guia está por chegar, dona Luiza sente o corpo latejar nos lugares mordiscados por ele naquela madrugada.
11. (1'15)
- Quando você se tornou kujã?
- Primeiro de agosto, numa lua cheia.
Sempre nessa lua, Luiza e o guia coletam ervas para fazerem remédio. As mais difíceis, ele coleta. Mais tarde, depois de trazer as ervas, o guia xplica a ela o modo de usá-las.
12. (1'04)
Eles, os kujãs percebem os espiritos da natureza. Ca
Reza de Chiquinho para o ritual do kikikohn (fevereiro/96 - Terra Indígena de Palmas/PR)
MITO DA LUA E DO SOL
02. Kysã kar rã kame (1'12) por Dorvalino Refej Cardoso
Mito de origem da lua (deezmbro/01)
REZAS, CANTOS, COTIDIANO
03. Venhkanem nonohánh (1'18) por Jorge Kagnãg Garcia
Canto do velho Nonohánh alertando para os perigosa da noite, aqui personificados na figura de Sor prea, índio valente e antigo que sempre estava à espreita. No hehn tó!, Nonohanh faz o alerta final, lembrando que a qualquer momento precisam despertar para defender a vida. Gravado em fevereiro/01 - Terra IndígenA Nonoai/RS
04. A primeira caçada, por João dos Santos (0'20)
A carne da caça, antes de ser mexida precisa ser benzida. O canto é para quando trazem a carne antes de ser preparada para o alimento.
05. A primeira caçada, por João dos Santos (1'23)
O primeiro bicho caçado por João Santos, ele não pode comer, senão morreria. João mostrou para o avô o arco com que tinha abatido a caça. O avô então entoou esta reza, batendo de leve com o arco na cabeça do neto. A partir de então João Santos teria sorte na caça.
CANTO PARA O ESPÍRITO DO AVÔ
06. (2'11)
O avô, antes de morrer, pediu para João cantar. Se o canto não fosse feito, o avô não iria para o céu. À medida que o canto é realizado, a alma do morto digere-se, então, ao mundo dos mortos.
A reza da primeira caçada foi gravada com João dos Santos para a realização do vídeo Kanhgág Ag Kãme/ Histórias Kaingang, realizado pela Secretaria da Educação, produção Cooperativa de Vídeo, novembro de 2000, Terra Indígena Nonoai/RS
07. Kiikonh to tynh, por Jorge Kagnãg Garcia (4'04)
Canto que se realiza durante o ritual do Kikikohn. Todos dançavam na marcação do ritmo, cantavam ou tocavam instrumentos, como o taquaruçu, que era pecutido no chão, e a flauta. O cantor pede que aumentem os sons dos instrumentos porque ele vai aumentar o som de sua voz.´
Hinh Ta Ti Jamré My Tanh
O índio Fã Fãn/Tatu canta e toca para seu cunhado. No final, lembra ao cunhado que, afina, também sabe cantar.
Jag Rég Re Ag. Ag Prõ Fi Mré Venhgrég
O irmão convida o irmão para dançar com sua mulher. Enquanto eles dançam, canta para ela dançar animadamente, pois o seu vestido é muito bonito. (Fevereiro/01 - Terra Indígena Nonoai/RS)
08. Velório do Velho Gaspar (2'51)
No velório do velho rezador kanhrukre João Manuel Gaspar Kaitkâg, Chiquinho faz a reza que pertencia a este velho. Canta para ele, seu jamré/cunhado. Após o ritual do Kikikohn, o jamré Gaspar partirá para o mundo dos mortos.
09. Velório do Velho Gaspar (1'01)
Rezas do ritual do Kikikohn. Os irmãos Chiquinho e Simplício, Terra Indígena de Palmas/PR, cantam para que o jamré Gaspar descanse . Dizem para Gaspar que vá tranquilo, pois eles continuarão realizando por aqui o que ele fazia.
João Manoel Gaspar Kaitkâg, antigo organizador do ritual do Kikikonh, faleceu no Posto Indígena Xapecó/SC, sendo sepultado no cemitério desta comunidade em 05 de junho de 1995.
XAMANISMO
10. Diálogo de Luisa Jagnigri Pedroso com Dorvalino Refej Cardoso (1'41)
O avô passou o poder à Luisa para que continuasse nela o seu conhecimento. Todos dias, de manhã bem cedinho, ele a levava para lavar-se no rio com as ervas, a fim de que se tornasse uma boa kujã.
No dia de receber o poder, ela dirigiu-se à beira de um perau dentro do mato, para esperar o "guia velho". Era madrugada quando ele chegou e começou a mordê-la de leve, para ir se encarnando. Até hoje, quando o guia está por chegar, dona Luiza sente o corpo latejar nos lugares mordiscados por ele naquela madrugada.
11. (1'15)
- Quando você se tornou kujã?
- Primeiro de agosto, numa lua cheia.
Sempre nessa lua, Luiza e o guia coletam ervas para fazerem remédio. As mais difíceis, ele coleta. Mais tarde, depois de trazer as ervas, o guia xplica a ela o modo de usá-las.
12. (1'04)
Eles, os kujãs percebem os espiritos da natureza. Ca
Executantes
Dorvalino Refej de Cardoso
Fábio da Veiga Torres
Jorge Herrmann
Rogério Reus Gonçales da Rosa
Fábio da Veiga Torres
Jorge Herrmann
Rogério Reus Gonçales da Rosa
Observações
Em processo de documentação;
Gênero Musical
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Tipo de Registro
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