CD_0084

01.
1.1 - Eu vi a fumaça da pólvora (5'1)
(Domínio Popular)
Arranjo baseado no Reisado Boi do Piauí
Quizeramobim - CE
À Verinha e a Flori
Letra:
"Eu tava na ponta da rua
Eu vi a rua se fechar
Eu vi a fumaça da pólvora
Eu v a corneta bradar
Eu vi Antônio Conselheiro
Lá no Alto da Bahia
Com 180 oraças
É falta da Monarquia

Eu tava na ponta da rua
Eu vi a rua se fechar
Eu via fumaça da pólvora
Eu vi a corneta bradar
Eu vi Antônio Conselheiro
Lá no alto da favela
Com 180 praças
É amor já passou por rebela

Eu tava na ponta da rua
Eu vi a sua se fechar
Eu vi a fumaça da pólvora
Eu vi a corneta bradar
Eu vi Antônio Conselheiro
Lá no alto do Tambor
Com 180 praças
É amor, é amor, é amor"

1.2 - Reisado a São José
Domínio Popular
Adaptação de Raimundo Monte Santo;
À Celso Cotrim
Letra:
"Ô de casa ô de fora
Maria vai vê quem é
São os cantadô de Reis
Quem mandou foi São Jpsé
São José também cantô

Neste dia de alegria
Mas depois de muito tempo
São José também chorou
Porque viu seu filho moço
Pregado numa cruz
Por tanto amor"

Voz - Jurema e Fábio Paes; Violão Sete Cordas - Edson Santos; Viola - Luís Dunninghan; Flautas - Tota; Cavaquinho - Ailton; Percussão - Cacau e Ferrete; Coro - Dércio, Lara, Jurema, Fábio e Sara.


02. Deixe-me viver (3'30'')
Pe. Enoque Oliveira
Letra:
"Deixe-me viver
Deixe-me falar
Deixe-me crescer
Deixe-me organizar

Quando eu vivia no Sertão
Aos pés de quem devia me mandar
Gemia, calo e dor nas minhas mãos
A canga era pesada pra levar

Aí apareceu pelo Sertão
Um Monte que passou a cativar
Tão belo que ajuntou o povo irmão
Patrão e opressor não tinha lá

Canudos outra vez vai florescer
A vida como um galho vai frondar
A luta pela terra gera o pão
Amores vão de novo começar

Canudos se espalhou pelo país
Embora os tubarões queiram morder
Na roça e na vila, o que se diz:
O povo organizado vai vencer"

Flautas - Tota; Voz - Fábio Paes; Violão - Fábio Paes; Cavaquinho - Ailton; Arranjo - Tota e Fábio; Viola: Luís Dunninghan; Percussão - Cacau e Ferrete; Violão Sete Cordas - Edson Santos; Coro - Dércio, Jurema, Lara e Fábio.

03. Andanças de Conselheiro (4'59)
Raimundo Monte Santo/ Fábio Paes
À Marco Antônio Villa
Letra:
"Andando pelo Sertão
Sem temor vai em frente
Antônio, o penintente
Pelos recantos que o homem cercou
Vai o velho guerreiro
Nas entranhas do tempo
Além do pecado
Além do poder
e do sofriemento

Sacode, sacode o fole
Para o povo aparece
Sacode o fole

Berrante anunciando
Aponta seu cajado
Fala da vida
Antônio dos retirantes
Uauá sempre luzente
Risca no céu
Antônio dos penitentes
Pajeú é Suçuarana
Nas serras do Bendegô
Macambira é Lua Cheia
Nas noites do cocóboró
Conselheira semente da vida
Brotando florida
Nos raios de sol
Trabubu, Caratacá
Masseté e Chorrochó
Meninos vem, meninos vem
Cablocos, índios, vamos logos guerrear
Meninos vem, meninos vem
Índios, galegos, vamos todos guerrear

Voz e Violão - Fábio Paes/Dércio Marques; Viola - Luis Dunninghan; Violão Ponteado - André Bernardes; Flautas - Tota; Coro: Dércio e Fábio; Arranjos - Tota, Fábio e Dércio.

04. Salve Canudos (4'02'')
Fábio Paes/ Pe. Enoque Oliveira
Letra:
"Dentro do Cocoboró
Ouviu-se um grito
Por almas inundadas
Raquel chorou
Do horror da terra quente, se escuta
Gritos de dor

Das batalhas e massacres
Milhões de mortos
Da espora e da opressão
A triste sorte
Geme o povo dos Sertões, solta gritos
Gritos de dor

Salve, salve, canudos
Roga a Deus, ó Maria
Benze o povo e eleva
Cristo é o seu guia

Do navio e da aldeia
Nos misturamos
Índios, negros e roceiros
A marca herdamos
Do desrto de 3 taças, Deus chama a promissão

Salve, save, Canudos
Roga à Deus, ó Maria
Benze o povo e eleva
Cristo é seu guia

De beatos e missões
A fé colhemos
Da escola da enxada
Partilhamos
Do conselho dos profetas, ouvimos
Libertação"

Voz - Jurema Paes; Violão - Luís Dunninghan; Flauta - Tota; Coro