OLARIA MACONDE

Código
1859
Título Original
MAKONDE POTTERY
Direção
DIAS, MARGOT
Sinopse

Dianbali. Malama, grupo de mulheres recolhe o barro de um buraco no chão, com um cesto. Plano de um bebê sentado no chão. As mulheres partem com os potes de barro cheios à cabeça. Modelagem. Amassa-se o barro no chão da aldeia. Duas mulheres, uma vai fazendo os rolos que vai dando à outra. Outra mulher está já a terminar um pote, fazendo o remate final. Grande plano de um lagarto listado a andar. Coloração e decoração. Plano de um bebê que gatinha pelo chão até a mãe que está concentrada no trabalho da olaria, ela tira o pano para que ele possa beber leite e continua a trabalhar. Feitura dos desenhos na peça, com um pedaço de barro cozido pontiagudo. Cozedura. Mulheres põem lenha na fogueira. Grande plano do fogo a arder. Pote em cima da fogueira a cozer: uma mulher vira-o com um pau acabando por tirá-lo. Impermeabilização e coloração. Espécie de cal, líquido branco passado sobre o barro. Depois é “lavado” com água, e seco com um pano, de modo a que a tinta entre nos desenhos. Grande plano de potes no chão, com pormenores. Grupo de mulheres com potes à cabeça parte num caminho de terra batida. (Este filme tem um genérico mais elaborado, e em inglês, que terá sido feito posteriormente para uma apresentação pública em Göttingen, na Alemanha) (CAC).

“O grande esforço aqui foi a caminhada que fizemos, depois da paragem do jipe, para ir buscar o barro à nascente, mais de 4km a pé, com a câmara de filmar, para chegar até à nascente” (MD).

“As mulheres põem todo o cuidado e amor na confecção de objetos que consideram como adorno pessoal – que todos os dias, durante horas, transportam à cabeça. O fato de algumas com especial vocação fabricarem mais do que aqueles que lhe são necessários para os cederem às vizinhas menos hábeis, em regime de troca, não tira a essa atividade o caráter de arte caseira, livre de qualquer feição industrial ou comercial. Seja como for, o fato é que não conhecemos em nenhum dos povos vizinhos uma olaria que se aproxime desta na beleza da ornamentação” (MD 1962ª: 220).

Duração
18
Ano de produção
1958
Produção
Missão de Estudos das Minoris Étnicas do Ultramar Português/Junta de Investigações do Ultramar/Ministério do Ultramar
País
MOÇAMBIQUE
Idioma
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Legendas
222
Dublagem
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Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Série
MARGOT DIAS, FILMES ETNOGRÁFICOS 1958-61
Contato comercial
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Tombo
1866
Conservação
BOM
Procedência
Doação de Catarina Alves
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
--
Cópias no acervo
1
Observações
Disco 2

Sinopse da coleção:

Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.

Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.

Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.

Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.