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O projeto Afro-Sampas promove o encontro entre músicos africanos residentes em São Paulo e músicos brasileiros. Neste episódio, Chico Saraiva recebe em seu apartamento em São Paulo Edoh Fiho e Sassou Espoir Ametoglo, do Togo, Yannick Delass e Shambuyi Wetu, da República Democrática do Congo. Deste primeiro encontro, nasce a música "Anitché Brasil África".
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A música moçambicana Lenna Bahule comenta sua trajetória, a relação com a música brasileira, as referências africanas e se apresenta com o Bahule Quartet no Museu da Imigração em São Paulo, cidade onde reside hoje.
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Este curta-metragem, filmado por jovens apalai durante uma oficina de video, é fruto de um exercício de gravação de um dia na vida do personagem Pintinho (Setina Apalai). O irreverente protagonista convida os jovens aprendizes e os espectadores a acompanharem seu dia na aldeia Bona (TI Parque Indígena do Tumucumaque, Pará). Realizadas entre junho e julho de 2015, essas filmagens foram o primeiro contato desses jovens com uma câmera de vídeo.
Os Wajãpi do Amapá têm seus padrões gráficos Kusiwa reconhecidos pelo Iphan como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Em 2015, os jovens pesquisadores wajãpi decidiram mostrar em vídeo um pouco das características dessas marcas e seus donos, os cuidados e efeitos de sua utilização, e suas preocupações com a prática dessas pinturas nas novas gerações.
Na trilha de seu fazer artístico Chico Saraiva parte ao encontro da experiência de 7 mestres: João Bosco, Sérgio Assad, Paulo César Pinheiro, Paulo Bellinati, Marco Pereira, Luiz Tatit e Guinga. As conversas, com violões na mão, revelam múltiplas formas da música se dar a partir da relação – especialmente fértil no Brasil – entre o violão solo (em seu viés mais ligado à tradição escrita) e nossa canção popular.
O filme, realizado em parceria com um grupo de jovens mulheres da aldeia Tenonde Porã, em São Paulo, mistura ficção e documentário numa narrativa em torno da figura da Piragui, dona dos peixes na tradição Guarani Mbya. Foi realizado em parceria com o LISA (Laboratório de Imagem e Som em Antropologia) da Universidade de São Paulo, orientado pela Profa. Dra. Rose Satiko e com apoio da CNPQ.
Com Nassuradine Adamou.
Documentário ficcional que narra e entrelaça uma série de viagens de figuras históricas e contemporâneas em jornadas entre o Egito, Senegal e Brasil.
“Ele necessita preservar a sua vida”. A frase ecoa a tragédia de quem precisa procurar refúgio. Uma figura silenciosa no palco, coberta de coltan, celulares ensanguentados colados ao seu corpo; uma guerra distante, por refugiados tão próximos.
Performance "Não à guerra do Congo", no 1º Festival do Dia Internacional do Refugiado, 19 de junho de 2016, São Paulo.
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O ensaio audiovisual “Era um corpo de mulher...” consiste em uma experiência de escritura etnográfica audiovisual, tendo sido a sua forma concebida sob os auspícios dessa presunção. Nessa perspectiva, desenvolvemos uma narrativa em que sonoridades, imagens, textos e falas se entrecruzam na construção de uma montagem que favoreça imbricar no mesmo suporte a evocação de uma experiência etnográfica e a produção artística que representa seus protagonistas principais. Nesse caso, enfocando as esculturas de madeira e as peças de barro que retratam as beatas de Juazeiro do Norte – CE.
O performer Shambuyi Wetu poderia ter escrito (na inconsistência da consciência): "Brasil país da fome". Vivo num quarto pequeno e úmido, uma conquista real!
Caminho entre as bitucas do presídio, no silêncio escandaloso do inconsciente.
Cato as dores para processá-las e convertê-las em fumo.
Refugiado do perigo de não ser, me multiplico pelo mundo.
Vivo em São Congo, nem Paulo, nem Congo.
A construção civil? O meu ganha pão. Por quanto tempo?"
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O país recebe o corpo do imigrante, não sua bagagem. Performance de Shambuyi Wetu no VII Forum Social Mundial das Migrações, 10 de julho de 2016, São Paulo.
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Na entrevista A Musicológica Kamayurá, o Professor Rafael José de Menezes Bastos nos fala de seus anos de formação e de suas primeiras experiências profissionais. Comenta sobre seus principais gurus intelectuais e sobre o contexto político que marca sua atividade profissional na FUNAI na década de 1960 e também os anos de seu Mestrado na Universidade de Brasília. Também são assunto dessa entrevista algumas das principais questões teórico-metodológicas que marcam o livro A Musicológica Kamayurá (1978), tais como a questão da metalinguagem musical e da importância do ritual na constituição dos sistemas musicais, temas que serão retomados em trabalhos posteriores do autor.
Essa entrevista faz parte do Volume 1, n.1 da GIS – Gesto, Imagem e Som. Revista de Antropologia da Universidade de São Paulo, publicada em junho de 2016: www.revistas.usp.br/gis
Em Campinas, interior de São Paulo, mulheres e homens negros, com idades entre 70 e 90 anos, são ativos no movimento cultural negro da cidade, essencialmente dedicado à recriação de repertórios musicais afro-brasileiros considerados tradicionais. Embora sejam considerados mestres nas comunidades musicais atuais, suas memórias de mocidade não remetem diretamente a jongos, sambas de bumbo ou maracatus, mas a bailes de gala. Na conjuntura marcada pela segregação, dos anos 40 a 60, no interior de São Paulo, esses bailes, frequentados majoritariamente por negros, são revisitados, evidenciando-se sua importância para a formação de uma comunidade negra iniciada no passado e continuada no presente.
Pimentas nos olhos é um filme em que fotografia, memória, experiência e música se entrelaçam para contar um pouco do viver cotidiano em um bairro “periférico” da região metropolitana de São Paulo, o Bairro dos Pimentas em Guarulhos.
Wolf, Ohuaz, Thais e Fábio narram sua relação com o bairro, suas histórias e sonhos. Suas narrativas dialogam com muitas paisagens que vão se formando a partir das fotografias que outros tantos moradores realizaram ao longo de suas vidas e nas oficinas fotográficas Pimentas nos Olhos não é refresco realizadas desde 2008 pelo VISURB - Grupo de pesquisas Visuais e Urbanas da UNIFESP.
A Pedra Balanceou explora as trocas entre a brincadeira de rua do Nego Fugido e as provocações de agitprop - agitação e propaganda - do teatro de grupo paulistano. Deslocado de seu tradicional percurso em Acupe, no recôncavo baiano, o Nego Fugido que acontece pelas ruas de São Paulo revela uma violenta força estética que vai ao encontro da militância dos grupos teatrais nos movimentos sociais da atualidade. Pelos rastros das saias de folhas de bananeiras trazidas à metrópole irrompem utopias, lutas e tensões.