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O povo indígena Manoki vive no noroeste de Mato Grosso e uma de suas atividades produtivas é a venda de pequi na estrada que passa por sua terra. Durante uma oficina de vídeo, jovens decidem mostrar para o mundo de fora um pouco de suas aldeias e do processo de coleta e venda desse fruto. Instigados pela possibilidade de filmarem e serem os próprios protagonistas, eles saem à procura dos velhos numa tentativa de descobrir se existe algum mito sobre o pequi. A elaboração desse filme foi um processo inteiramente compartilhado entre realizadores indígenas e não-indígena: desde a concepção e filmagem, até a edição e finalização. Todas as imagens do filme foram realizadas pelos próprios cinegrafistas manoki.
Todos os anos, adultos procuram os arquivos da Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, São Paulo, Brasil) em busca de prontuários referentes ao período em que, quando crianças e/ou adolescentes, passaram por abrigos públicos. O que faz com que esses adultos queiram recuperar os fios de suas vidas? Entre 2009 e 2013, foram analisados mais de 50 prontuários e realizadas entrevistas com alguns homens que estiveram, entre 1947 e 1974, no Instituto Agrícola de Menores de Batatais (IAMB/ SP). Registros; verdades (?); o direito à memória biográfica; histórias de "famílias abandonadas"; relatos de trabalhos e cuidados; laços atuais entre "ex-menores"; um diálogo entre fotos antigas e uma visita às atuais ruínas do IAMB, guiada por um dos entrevistados, compõem este documentário.
Capitão França, importante liderança Sateré-Mawé, considerava a educação uma ferramenta política. Hoje, muitos dos seus filhos e netos que estudaram ou já se formaram em instituições de ensino, como a Universidade Estadual do Amazonas, vivem na cidade de Parintins. Eles e outros Sateré-Mawé nos contam sobre a vivência na cidade e na Terra Indígena, suas experiências pessoais e histórias de vida.
Essas narrativas tratam de sua etnia, de suas comunidades, suas famílias, do artesanato e do auxílio a Saterés em trânsito. Falam também sobre sua língua e seus rituais, sua religião e os significados de ser Sateré, legando às próximas gerações aspectos de sua cultura e tradição.
Concebido como uma etnografia visual da experiência religiosa durante a Semana Santa de Huaraz, Peru, este filme apresenta um grupo de imagens de procissões, conhecidas como soldados judeus e romanos, as quais foram milagrosamente salvas da destruição no devastador terremoto de 1970. Considerados santos por seus donos e devotos, as imagens destes soldados estão no centro de um diálogo tenso entre as formas populares e ortodoxas do Catolicismo nos Andes peruanos.
“Mira, Chica...” é um filme de ficção criado para apresentações da performance do mesmo nome, por Regina Müller e Ana Goldenstein, continuidade do projeto “Chica Chic, Carmen em performance”. Com abordagem autobiográfica, trata da relação entre pais e filhos, questões de gênero, sexualidade e cultura pop. Apresenta o nascimento de uma criatura que acaba se moldando numa Carmen Miranda “queer” e “clownesca”, na crítica aos papéis sexuais convencionais. Acrescenta ao processo da pesquisa, a experiência de criação por um coletivo.
Debruçado sobre nove anos de pesquisa etnográfica, o filme compõe um ensaio audiovisual sobre a experiência das festas de música eletrônica no Brasil – as raves – e sua celebração de uma “tribo” que atravessa fronteiras nacionais. Realizado durante o festival Universo Paralello, que tomou lugar na paradisíaca Ilha D'Ajuda (BA) para o réveillon de 2010, trata das interações entre os ravers e os indígenas que foram especialmente convidados para o evento. Através da justaposição de espetáculo e ritual, a festa tecnológica revela utopias, esperanças e tensões.
Cidade Tiradentes, distrito no extremo Leste de São Paulo, lugar onde a cidade termina, ou começa. De lá, chegam rimas, gestos e cores que marcam o espaço, como o street dance, grafite e rap. A experiência periférica urbana é a base e o motivo da produção dos artistas de Cidade Tiradentes, que cresceram junto com o distrito paulista e em suas obras dialogam com seus desafios e sonhos. O filme segue a vida e as transformações da arte de rua com a urbanização em Cidade Tiradentes, lugar considerado o maior complexo de conjuntos habitacionais populares da América Latina, marcado pela exclusão, no qual a população orquestra suas dificuldades com dinâmicas próprias de sociabilidade, moradia, e apropriação do território.
Paisagem Musical nas ruas do centro de São Paulo é um documentário que aborda a experiência sonora da cidade trafegando por seus ruídos e pela música apresentada por artistas de rua.
O projeto Chica Chic,Carmen em performance é parte de uma pesquisa que aborda teorias da performance e metodologias na área de Dança e Teatro que desenvolvem treinamento psicofísico e o autoconhecimento pelo encontro com o outro , em suas diversas acepções. Em comemoração ao centenário de Carmen Miranda, em 2009, foram realizadas performances em espaços públicos e eventos acadêmicos e artísticos cujos roteiros se basearam numa abordagem autobiográfica, integrando as memórias e emoções da pesquisadora emanadas de seu culto à atriz performática. Amálgamas e sínteses de biografias em expressões visuais, sonoras e de movimento corporal constituíram a materialidade das incorporações da personagem pela atriz pesquisadora.
Lá do Leste, do lugar onde a cidade termina (ou começa), chegam rimas, gestos e cores que marcam o espaço. A experiência periférica urbana é a base e o motivo da produção dos artistas de Cidade Tiradentes, que cresceram junto com o distrito paulista e em suas obras dialogam com seus desafios e sonhos. O filme segue a vida e as transformações do street dance, grafite e rap neste lugar considerado o maior complexo de conjuntos habitacionais populares da América Latina, marcado pela exclusão, no qual a população orquestra suas dificuldades com dinâmicas próprias de sociabilidade, moradia, e apropriação do território.
Ti Etê: Rios de Luz é o filme da sinfonia Ímã Etê : A Verdade que Atrai, de Priscilla Ermel, espetáculo multi-étnico que celebra o encontro entre diferentes culturas e gestos musicais interpretados pela Orquestra Jazz-Sinfônica do Estado de São Paulo, Índios Ikolen Gavião de Rondônia e Grupo Cupuaçu com Tião Carvalho do Maranhão. Gravado ao vivo no Memorial da América Latina (SP, Brasil) por Toni Venturi, o concerto foi envolto por uma outra película de imagens captadas pela compositora e antropóloga Priscilla Ermel em suas incursões pela África: Tumbuctu (Mali); Oriente Médio: Sana’a (Yémen); Brasil: aldeia dos índios Ikolem (RO), São Luis (MA) e São Paulo (SP). Inspirado na filosofia taoísta dos cinco elementos, o filme nos convida a decifrar os segredos ocultos nos cinco movimentos sinfônicos de Ti Etê: Rios de Luz - Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água. Assisti-lo é mergulhar numa viagem poética e humana sem precedentes.
Uma Companhia de Circo-Teatro chega a uma pacata cidade do interior. A família circence vive o seu cotidiano enquanto os moradores da cidade se encantam com o circo. As relações com a prefeitura, e os temas do casamento e do adultério são revividos para a etnoficção que parte de histórias vividas ou imaginadas pelos atores e atrizes de uma companhia da tradição do Circo-Teatro brasileiro.
Documentário sobre a movimentação artística, política e cultural de grupos de jovens moradores em periferias de São Paulo, na zona oeste (Favela do Sapé), zona norte (Brasilândia) e na zona sul. Por meio da música, da produção audiovisual e outras formas de expressão, os jovens anseiam por mudanças nas comunidades em que vivem ou na sociedade como um todo.
O vídeo aborda os sentidos dos fluxos, deslocamentos e fronteiras que se realizam na segunda maior via expressa de São Paulo: a Marginal Pinheiros, transformada em uma importante sede financeira em fins do século XX. Moradores, motoristas, sociólogos, geógrafos, arquitetos e empresários falam de sua experiência e seus pontos de vista, mostrando como a história da cidade e o presente estão entrelaçados.