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Os bastidores de uma bateria de escola de samba em Porto Alegre, enfocando seus ensaios.

Os trinta anos de trajetória do conjunto de Câmera de Porto Alegre são reconstituídos através dos relatos de seus integrantes. Como o grupo tem um repertório diferenciado - música medieval, renascentista e barroca - o vídeo recupera tanto a aquisição dos instrumentos característicos destes períodos históricos como a gradativa formação de um público apreciador destes gêneros musicais menos conhecidos. Este vídeo enfatiza a questão do "antigo que é novo" e desconhecido do grande público, o qual não pode gostar daquilo que não conhece.

<p>O progressivo processo de expropriação da terra pelo qual passaram descendentes dos índios Guarani da região conhecida como "Borboleta", no Rio Grande do Sul, é retratado através de depoimentos deste povo indígena e de pessoas da região. De um lado, é abordado a violência e as perseguições que os índios sofreram para deixarem suas terras (tais como os conflitos com os imigrantes alemães e o processo de concentração fundiária, a partir do XIX até os dias atuais) e de outro, o contexto de luta e a organização da comunidade na luta pela demarcação da "Terra Indígena de Borboleta" junto a FUNAI e o INCRA.</p>

O vídeo aborda os mitos que rondam a Ilha Grande dos Marinheiros, Rio Grande do Sul, relatados pelos seus próprios moradores. Bruxas, fantasmas, lobisomens e tesouros enterrados por escravos são os personagens da fala dos entrevistados num filme realizado por alunos de uma oficina de vídeo-documentário do Laboratório de Antropologia Social da UFRGS. São os alunos que filmaram, elaboraram o roteiro, entrevistaram e editaram o material.

Com imagens extraídas de reportagens produzidas pela RBS-TV sobre os músicos de rua de Porto Alegre, o vídeo realizado por um pós-graduando em música da UFRGS, percorre as ruas da cidade mostrando a variedade de sons, instrumentos e estilos desses artistas e colhendo alguns relatos de suas vidas, suas formações, dificuldades com as autoridades, relação com o público e falta de reconhecimento artístico. O trabalho destaca o artista Zé da Folha, músico que ao mesmo tempo tempo que toca violão e pandeiro, produz sons com uma simples folha de árvore.

O interesse nos processos de transmissão do conhecimento musical em locais onde a música é criada e transmitida oralmente, sem registro em partitura, levou duas pós-graduandas em educação musical da UFRGS a se debruçarem sobre o ensino de música em escolas de samba dos bairros populares de Porto Alegre. O vídeo mostra a integração das duas pesquisadoras com os seus respectivos objetos de pesquisa e enfoca a maneira como o ritmo é ensinado nas escolas de samba contrapondo a formação erudita acadêmica com a tradição oral da bateria das escolas de samba.

Este vídeo traz depoimentos de pessoas de diferentes classes sociais e idades que residem na cidade de Porto Alegre e as relações que elas estabelecem com a violência que são obrigadas a enfrentar diariamente por viver num grande centro urbano. O tema "morar na cidade" é explorado tanto através das falas dos que moram em condomínios quanto dos depoimentos dos que moram nas periferias.

Em 1964, Kader Kabouche, jovem eletricista emigrava para a França. Seus cinco filhos nasceram lá e têm nacionalidade francesa. Há 20 anos com auxílio de seu irmão está construindo uma casa na sua cidade natal, próxima a Argélia. Pela primeira vez, após 15 anos, a família passará as férias de verão nesta casa. O filme aborda os problemas relacionados a identidade franco-argelina a partir do dia-a-dia da família de Kabouche.

Seleção de depoimentos de uma conversa realizada em 05/02/93, entre os linguistas do centro de LACITO/CNRS de Paris, Andre Martinet e Michel Arrivé. Aqui aborda-se alguns pontos fundamentais da linguística funcionalista.

O cotidiano dos índios nômades Nukak Maku que vivem no sudoeste da Colômbia. A primeira parte do documentário focaliza a vida em equilíbrio deste grupo com o meio ambiente, a floresta amazônica da qual retiram todo o sustento. A segunda parte trata das transformações e dificuldades que resultam do contato travado pela primeira vez com os regionais em 1988. O filme aborda assim dois lados da vida atual dos Nukak Maku: de um lado, uma sociedade que busca não perder o equilíbrio com o mundo que os rodeia e, de outro, uma sociedade que é seduzida pelos bens ocidentais mas ainda não domina seus códigos.

Quinze anos de guerra civil e todos no Líbano agem como se nada houvesse ocorrido. Entre 1975 e 1990, o Líbano viveu uma guerra interna contra um inimigo comum, Israel, onde todos se colocavam contra todos sem saber porque. A diretora deste filme se recusa a aceitar esta indiferença predominante e questiona aonde toda aquela violência de outrora foi parar, para que outras áreas ela foi canalizada e se algum dia ela poderá voltar a eclodir.

Jane Elliott é professora primária de uma pequena cidade dos EUA chamada Riceville. Na ocasião da morte do líder negro Martin Luther King ela propôs um exercício para seus alunos onde ela os dividia em dois grupos: os de olhos azuis e os de olhos castanhos criando rivalidade entre eles e dando a essas crianças brancas a oportunidade de passar um dia inteiro sendo discriminadas apenas por causa da cor de seus olhos (essa atividade gerou o documentário "Eye of the storm"). Este vídeo, documenta o workshop onde Jane Elliot repete essa experiência de divisão em grupos pela cor dos olhos só que com adultos. Através deste inteligente exercício, ela pretende mostrar e provar a natureza arbitrária da discriminação racial sofrida pela população negra nos EUA.

As consequências da bomba atômica, jogada na cidade de Hiroshima, e da Segunda Guerra mundial como um todo são os temas centrais deste filme de ficção francês. A realização do filme sobre a paz, 15 anos depois do lançamento da bomba atômica, leva uma atriz francesa para a cidade de Hiroshima. O filme trata do relacionamento dela com um japonês e das diferentes memórias de guerra que ambos guardam.

Passado no Tibe, o filme enfoca a filosofia dos mestres religiosos DONGBA.

O vídeo discute a importância socioeconômica do trabalho dos afro-descendetes, durante o periodo escravocrata no século XIX, nos engenhos de açúcar e na construção de edificações públicas e eclesiásticas.

Uma reflexão sobre o filme documentário pontuado com imagens de filmes de família do realizador e com imagens documentais de outros filmes e entrevistas com célebres realizadores, como: Werner Herzog, Volker Koepp, Johan van der Keuken, Nicolas Humbert, Werner Penzel, Klaus Wildenhahn, Richard Leacok. O que é um documentário? O que pretende o realizador ao fazer um filme? O que produz a verdade nas imagens? O que se quer revelar ou ocultar nelas?

Para os meninos pobres da periferia da cidade do Rio de Janeiro, tornar-se jogador de futebol é mais do que um sonho: é uma alternativa de vida. Este documentário trata justamente deste tema e por isso percorre os campos de terra da capital carioca onde os olheiros dos grandes times tais como Mineiro, olheiro do Flamengo, fazem as seleções que definem o futuro desses adolescentes. As dificuldades e reveses pelos quais passam esses garotos e os seus sonhos e de seus parentes são retratados através de depoimentos dos mesmos, neste documentário que é o primeiro episódio da série "Futebol" e que ainda conta com depoimentos de vários importantes jogadores de futebol do passado.

As trajetórias de Iranildo e Lúcio, dois jovens craques do Flamengo, clube de maior torcida do Brasil, são abordadas neste segundo episódio da série "Futebol". Enfoca-se o cotidiano desses dois rapazes desde o esforço que eles fizeram para chegar até um grande clube do futebol brasileiro até as difilcudades e responsabilidades para se manter como titular da equipe e manter um bom relacionamento com a imprensa e com os torcedores. A brusca mudança de realidade econômica também é abordada, posto que ambos eram garotos extremamente pobres que passam a ganhar um volume muito grande de dinheiro. É interessante notar as diferenças e similaridades entre os depoimentos deste dois craques do presente e dos craques do passados cujos depoimentos também estão presente neste documentário.

Após ter alcançado a fama, hoje o dia-a-dia de um ex-jogador de futebol é o tema deste terceiro e último episódio da série "Futebol". Durante uma semana uma equipe de filmagem acompahou Paulo Cezar Lima, mais conhecido como "Cajú". O "depois da fama" é discutido através do depoimento de Cajú que fala tanto sobre seu passado, do dinheiro e do assédio da imprensa, quanto do presente e do esquecimento, da falta de dinheiro e da necessidade de se viver de favores de amigos.

Um dia qualquer da vida de um motorista de ônibus, uma empregada doméstica, um office-boy, um vendedor ambulante e uma dançarina, todos trabalhadores da cidade do Rio de Janeiro, são retratados neste documentário. As diferente estratégias de sobrevivência são colocadas lado a lado através dos depoimentos destes que trabalham numa das maiores metrópoles brasileiras. Esses trabalhadores falam de suas atividades, seus sonhos, suas dificuldades de locomoção e do que fazem nas raras horas de lazer que lhes sobram.