MÚSICOS E BAILARINOS CHOPES NO REGULADO DE BANGUZA, DISTRITO DE ZABALA

Código
1855
Título Original
CHOPI MUSICIANS AND DANCERS IN THE BANGUZA TRIBAL KINGDOM, ZAVALA DISTRICT
Direção
DIAS, MARGOT
Sinopse

Chimveko: grupo, assobios pequenos, só rapazes, começam a dançar. A melodia vai de rapaz a rapaz. Chipendani: arco grande na boca e pauzinho com que se toca. Menino sozinho a tocar. Chivelane. Chitende: miúdo pequeno, grande palco, toca muito concentrado e parece estar também a cantar. Ng’odo: marimbeiros em três filas, muita gente a tocar ao mesmo tempo, xilofones grandes. Dançascom muitos homens, parece ser uma dança guerreira com escudos, ao som do instrumento, Ng’odo (CAC).

É incrível a sinfonia que eles fazem com a orquestra de marimba. O do meio é como que o maestro da orquestra, dá os sinais. São composições feitas com texto, uma certa crítica social, a troçar de uma pessoa que teve uma desordem com a mulher, críticas ao régulo, ao administrador, socialmente é muito interessante. (...) As poucas semanas que estive em Gaza tinha tanta coisa para fazer, tinha um tempo limitado. Primeiro, fomos ao administrador desta parte que era muito simpático. Depois, fomos a Banguza, ele falou com o régulo e pediu, combina-se, eles estão habituados. Já tinham tocado para o Américo Tomás em Maputo, onde tiveram que tocar o hino nacional, afinaram os instrumentos de um modo especial. (...) Quando estivemos em Mueda era diferente, as situações repetiam-se, nesta dança, por exemplo, certas mulheres vão para o meio dançar, mas eu não pude estudar isto, não tinha tempo” (MD).

“Mas onde melhor se prova a capacidade dos Moçambicanos é no próprio campo musical. Em Moçambique algumas formas de música sobressaem acima do nível geral. O exemplo mais destacado são as orquestras marimbas, elemento importante da cultura chope. Não só a forma original (uma espécie de suíte orquestral, ng’odo, com 9 a 11 andamentos de carácter variado e tradicional, junto com um coro de homens cantante de dançante), como também a função social dentro do povo, são sinais de uma organização bastante evoluída e sábia” (MD 1996: 14).

Duração
11
Ano de produção
1959
Produção
Missão de Estudos das Minoris Étnicas do Ultramar Português/Junta de Investigações do Ultramar/Ministério do Ultramar
País
MOÇAMBIQUE
Idioma
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Legendas
INGLÊS, PORTUGUÊS
Dublagem
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Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Série
MARGOT DIAS, FILMES ETNOGRÁFICOS 1958-61
Contato comercial
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Tombo
1862
Conservação
BOM
Procedência
Doação de Catarina Alves
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
--
Cópias no acervo
1
Observações
Disco 1

Sinopse da coleção:

Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.

Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.

Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.

Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.