KU-KAMAYURA-0060
Para mais informações, acesse: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kamaiur%C3%A1
Concebido como uma etnografia visual da experiência religiosa durante a Semana Santa de Huaraz, Peru, este filme apresenta um grupo de imagens de procissões, conhecidas como soldados judeus e romanos, as quais foram milagrosamente salvas da destruição no devastador terremoto de 1970. Considerados santos por seus donos e devotos, as imagens destes soldados estão no centro de um diálogo tenso entre as formas populares e ortodoxas do Catolicismo nos Andes peruanos.
Por quase um ano, dependendo da negociação entre padre, festeiro e mestre de folia, cinco homens saem em jornada como emissários do Divino Espírito Santo. Eles percorrerem a área rural e urbana nas proximidades de São Luiz do Paraitinga e Lagoinha, até Taubaté, de um lado, e Cunha, de outro, cantando de casa em casa para abençoar e pedir prendas para a grande festa em celebração ao Divino na cidade, na época de Pentecostes. Talvez o giro da Folia seja a parte mais significativa da celebração ao Divino. É significativa no tempo: atua antes, depois e durante a Festa do Divino, transitando o ano inteiro e não apenas nos nove dias de festa; é significativa no espaço: percorre a área urbana e a rural, incluindo a todos; é significativa em sua natureza: reúne sagrado e profano, contagiando o cotidiano com a divindade nos animados pousos do Divino em bairros rurais e nas periferias urbanas do Vale do Paraíba. Neste vídeo, a cantoria da Folia do Divino vai sendo costurada com a vida do seu Vicentinho e da dona Terezinha. Ele, mestre de folia do Divino, ela, devota do Divino, cada um ao seu modo, eles compartilham a experiência ao mesmo tempo cotidiana e milagrosa que a fé no Divino lhes proporciona.
Este documentário, co-dirigido pela pesquisadora indígena Nyg Kuitá Kaingang e pela antropóloga Paola Gibram, apresenta reflexões e performances dos integrantes do coletivo de juventude kaingang Nẽn Ga, da Terra Indígena Apucaraninha, localizada no norte do estado do Paraná, na região sul do Brasil. As vozes kaingang – kanhgág vĩ – apresentam-se neste documentário por meio das falas de alguns dos integrantes e de pessoas ligadas ao coletivo, bem como por meio dos cantos – considerados uma das principais formas pelas quais presentificam seus ancestrais [javé] e trazem para perto de si seus jagré [espíritos-guia]. O filme mostra a forte ligação do movimento Nẽn Ga com a escola indígena, explorando as formas pelas quais os kaingang contemporâneos refletem sobre as usurpações culturais e existenciais decorrentes dos muitos anos de contato com os fóg [brancos, não-indígenas] e a necessidade urgente de se retomar as práticas e conhecimentos kanhgág que lhes foram proibidos ou violados – os quais consideram que estavam “dormindo” e agora estão sendo “acordados”. No filme são exibidas cenas da Festa do Pãri, uma das principais retomadas realizadas pelo coletivo. Durante os cinco dias de festa, os kaingang ficam acampados à beira do rio Apucaraninha, durante os quais preparam o pãri, uma armadilha de pesca ancestral kaingang, feita de taquara trançada. O documentário mostra também a participação do Nẽn Ga em eventos de mobilização política indígena, uma das principais vertentes de atuação e formação deste coletivo.
Capitão França, importante liderança Sateré-Mawé, considerava a educação uma ferramenta política. Hoje, muitos dos seus filhos e netos que estudaram ou já se formaram em instituições de ensino, como a Universidade Estadual do Amazonas, vivem na cidade de Parintins. Eles e outros Sateré-Mawé nos contam sobre a vivência na cidade e na Terra Indígena, suas experiências pessoais e histórias de vida.
Essas narrativas tratam de sua etnia, de suas comunidades, suas famílias, do artesanato e do auxílio a Saterés em trânsito. Falam também sobre sua língua e seus rituais, sua religião e os significados de ser Sateré, legando às próximas gerações aspectos de sua cultura e tradição.
A festa do MBEBE AKAEE, ou a Festa do Porcão, é a principal festa do Povo Cinta Larga. Os convidados de outras aldeias são convidados a dançar, cantar, beber a chicha de mandioca, se divertir e principalmente flechar o porco do mato. A festa foi realizada na Aldeia Roosevelt, em setembro de 2014.
O documentário, gravado em 1996 por Anthony Seeger, exibe o resumo da Festa do rato, celebrada pelo povo Kisêdjê.
Enquanto o povo Kisêdjê celebra a festa Amtô após 10 anos de interrupção - por conta da luta pela recuperação de seu território ancestral - os jovens cineastas da aldeia filma e investigam a festa da qual pouco se recordam.