MONARQUIA

O Czar Ivan engana os nobres de sua corte enquanto cria um exército particular, que o ajudará a reinar novamente. Tendo como objetivo unificar os diversos territórios russos em um Império único. Alia-se a sua poderosa tia Eufrosinia, que trama colocar seu filho no trono. Nesta segunda parte, o espetáculo pictorial continua, agora acrescido de cores vistosas. Stalin fez objeções à forma como o Czar foi retratado, frágil e vacilante. Resultando na proibição do filme na URSS até 1958.

Ivan é coroado e depois, devido à oposição dos nobres da corte e a guerra contra os tártaros, é obrigado a abdicar. Extravagância é a definição correta para descrever esta magnífica obra de Eisenstein. Cada fotograma é um espetáculo visual. Com ângulos de câmera oblíquos, cenários gigantescos, vestuário riquíssimo em detalhes e ótimas interpretações, principalmente de Nicolai Cherkasov, como o Czar Ivan. Este épico de grandeza operística, teve uma forte influência da estética expressionista germânica.

Neste documentário, segundo programa da série "Ética", os críticos literários Antônio Cândido e Alfredo Bosi e o filósofo Renato Janine Ribeiro discutem a ética na Idade Média européia e a mudança que este conceito sofreu na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. A emblemática figura do Rei, e de seus direitos e deveres, é analisada através de obras de escritores como Sheakespeare, Thomas Morus e Maquiavel, efatizando-se justamente a mudança do conceito de ética medieval, fundamento em princípios como legitimidade, obediência e justiça, para o coneceito moderno de ética, que é marcada pela eficácia e pelo pragmatismo político. Este vídeo conta ainda com os depoimentos de José Américo Pessanha, Marilena Chauí, Antônio Cândido, Renato Janine Ribeiro, Nelson Brissac, Alfredo Bosi, José M. Wisnik e Gerd Bornheim.