INSTRUMENTO MUSICAL
KH-KRAHÔ-0432
KH-KRAHÔ-0431
KH-KRAHÔ-0305
KA-KARAJÁ-0273
GI-GUARANI-0022
BO-BORORO-0147
AP-APINAYÉ-0001
PAU BRASIL
Vídeo montagem que varia entre a performance musical de Marcelo Guima e cenas gravadas entre os índios Yanomami. As cenas mostram as dificuldades enfrentadas pelo povo principalmente devido à mineração e a extração ilegal de madeira resultando em destruição de ecossistemas, além da falta de interesse do poder público de demarcar suas terras.
Composição e interpretação: Marcelo Guima
MÚSICOS E BAILARINOS CHOPES NO REGULADO DE BANGUZA, DISTRITO DE ZABALA
Chimveko: grupo, assobios pequenos, só rapazes, começam a dançar. A melodia vai de rapaz a rapaz. Chipendani: arco grande na boca e pauzinho com que se toca. Menino sozinho a tocar. Chivelane. Chitende: miúdo pequeno, grande palco, toca muito concentrado e parece estar também a cantar. Ng’odo: marimbeiros em três filas, muita gente a tocar ao mesmo tempo, xilofones grandes. Dançascom muitos homens, parece ser uma dança guerreira com escudos, ao som do instrumento, Ng’odo (CAC).
É incrível a sinfonia que eles fazem com a orquestra de marimba. O do meio é como que o maestro da orquestra, dá os sinais. São composições feitas com texto, uma certa crítica social, a troçar de uma pessoa que teve uma desordem com a mulher, críticas ao régulo, ao administrador, socialmente é muito interessante. (...) As poucas semanas que estive em Gaza tinha tanta coisa para fazer, tinha um tempo limitado. Primeiro, fomos ao administrador desta parte que era muito simpático. Depois, fomos a Banguza, ele falou com o régulo e pediu, combina-se, eles estão habituados. Já tinham tocado para o Américo Tomás em Maputo, onde tiveram que tocar o hino nacional, afinaram os instrumentos de um modo especial. (...) Quando estivemos em Mueda era diferente, as situações repetiam-se, nesta dança, por exemplo, certas mulheres vão para o meio dançar, mas eu não pude estudar isto, não tinha tempo” (MD).
“Mas onde melhor se prova a capacidade dos Moçambicanos é no próprio campo musical. Em Moçambique algumas formas de música sobressaem acima do nível geral. O exemplo mais destacado são as orquestras marimbas, elemento importante da cultura chope. Não só a forma original (uma espécie de suíte orquestral, ng’odo, com 9 a 11 andamentos de carácter variado e tradicional, junto com um coro de homens cantante de dançante), como também a função social dentro do povo, são sinais de uma organização bastante evoluída e sábia” (MD 1996: 14).
Sinopse da coleção:
Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.
Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.
Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.
Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.