ALIMENTAÇÃO
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WAPU. O AÇAÍ DOS WAYANA
Wapu, açaí na língua wayana, é um fruto nativo da Amazônia. O filme tem como personagem principal este fruto e mostra como como cotidiano, ritual e música estão interligados no passado e no presente. As imagens e sons deste vídeo foram captados por jovens wayana em julho de 2015 na aldeia Suwi-suwi mïn, Terra Indígena Rio Paru d’Este (Pará, Brasil). Nesse período foram realizadas oficinas audiovisuais para que eles tivessem o primeiro contato com os equipamentos de gravação.
Curadoria do projeto
Eliane Camargo e Paula Morgado
Oficinas de vídeo
André Lopes
Oficinas de áudio
Guilherme Barros
FABRICO DA FARINHA DE MANDIOCA TORRADA
Filme rodado entre agosto e setembro de 1960 nos campos de mandioca da região de Bom Jesus, Mindele-Alemba e Matapelero, perto de Luanda, entre a estrada de Catete e o rio Cuanza. É mostrado todo o processo: descasque e picar (‘esquartejada’) da mandioca, fermentação, construção e utilização da prensa (mpadiola), torragem do bolo prensado (primeiro pilada e peneirada), embalagem do produto final em sacos (TB). “A vida dos filhos e da mulher integra-se harmoniosamente neste trabalho. Todos ajudam, mas não há pressas nem tensões: sempre há tempo para uma palavra, ou para brincar. Os filhos pequenos andam próximo das mães, entretidos com frutos, folhas, bichos, com tudo o que o mato oferece; fazem apitos, armadilhas, etc. As mulheres e raparigas tratam de preparar as refeições, descascando, pilando, cozinhando, indo buscar água, e, no meio disso, sentam-se para dar de mamar aos mais pequenos, que vão depois, de mão em mão, aos irmãos, ou dormem no pano, nas costas delas, ou no chão, em cima de uma esteira, cobertos de moscas! Não raras as vezes surge, no meio do trabalho, entre os adultos, uma conversa ou um conto a sério, e todos param para ouvir melhor, até o ponto culminante da história. Normalmente, o trabalho progride sempre numa certa harmonia, e todos ajudam-no ponto necessário, sem palavras ou vozes de comando, naturalmente, sem ambições ou lutas de competência, e com a muda compreensão para com o companheiro a quem apetece descansar um pouco” (MD 1962b: 68).
Sinopse da coleção:
Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.
Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.
Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.
Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.
O Disco 2 pertence à coleção Filmes Etnográficos de Margot Dias.
DIÁLOGOS PANTANOSOS
O delta do Danúbio na Romênia - "o último santuário da Europa" - é um patrimônio mundial da UNESCO. Enquanto são feitos grandes esforços para proteger a biodiversidade, a situação das comunidades locais é largamente ignorada. Os cientistas sociais afirmam que a natureza impactante do pântano têm fortes efeitos sobre a vida dos moradores. Mas seria a natureza a culpada por isto? “Diálogos pantanosos” é baseado em uma extensa pesquisa de campo na Reserva da Biosfera - Delta do Danúbio. A partir de um "argumento montagem", construído inteiramente na linguagem cinematográfica do filme, motiva-se uma reflexão antropológica sobre a produção do conhecimento em ciências sociais.
CHEIROS, MEMÓRIA5 E SABERES
Qual a relação entre cheiro e lembranças pessoais? Qual a influência do cheiro na nossa vida cotidiana? O filme discute a influência dos odores na composição cultural e biológica de nossas experiências, relacionando com a moral do corpo, o uso dos espaços, tanto pensando o mau cheiro, quanto aqueles classificados como prazerosos. Diferentes saberes são acionados para pensar as questões propostas considerando os odores com perspectivas diversas e plurais.
SOCIABILIDADES POR UM REAL
As relações sociais vivenciadas diariamente em um restaurante popular em Sobral (Ceará). Estudantes, moradores de rua, desempregados, idosos e crianças criam laços afetivos nesse espaço.