ANTROPOLOGIA
ESTRANHOS FORA DE CASA - ESTRANHAS CRENÇAS- E. EVANS-PRITCHARD
Como professor universitário, Edward Evans-Pritchard (1902-1973), ensinou que suas idéias tinham muitas características em comum com as de outras culturas e que tais idéias eram tanto estranhas como surpreendentes. Ele foi o primeiro antropólogo treinado para trabalhar na África, onde viveu entre os AZENDE e os NUER do Sudão.
ESTRANHOS FORA DE CASA - A CHEGADA DA IDADE - MARGARET MEAD
Provavelmente, a antropóloga mais lida e mais conhecida é a norte-americana Margaret Mead (1901 - 1978). Nos EUA, Bali e Nova Guiné, Mead estudou o desenvolvimento de crianças sob os aspectos sexuais e comportamentais para perceber quais regras sociais transformavam as pessoas no que elas são. Mead percebeu, através de suas pesquisas, que a mesma adolescência, que nos EUA e Europa consistia num período de grande stress emocional e conflito pessoal, era, sob muitos aspectos, bem mais alegre e agradável em Samoa. Margaret Mead enfatizou que os seres humanos fazem arranjos sociais de diferentes formas sem que um arranjo seja mais valorativo do que outro.
ESTRANHOS FORA DE CASA - FORA DA VARANDA - B. MALINOWSKI
Bronislaw Malinowski (1884-1942) mudou a forma de se fazer trabalho de campo na Antropologia. Estudou primeiramente os trobriandeses, habitantes das ilhas do pacífico, permanecendo um longo período com o grupo. Brilhante lingüista, Malinowski aprendeu rapidamente a língua do grupo que estudava, e, posteriormente, escreveu livros, difundindo a cultura trombriandesa nos meios acadêmicos e públicos.
ESTRANHOS FORA DE CASA - ALGEMAS DA TRADIÇÃO - FRANZ BOAS
Em 1883, um jovem cientista alemão chamado Franz Boas (1858 - 1942) chegava ao norte do Canadá para mapear a região entregar-se aos seus novos interesses: o estudo de outras culturas. Esse primeiro contato, no qual ele travou relação com os Esquimós canadenses, foi muito marcante para Boas fazendo com que o estudo da cultura acabasse se tornando o seu trabalho de vida, tal era o seu fascínio pelas características comuns que unem os seres humanos em toda parte do planeta. Franz Boas também foi o primeiro cientista social que, nos Estados Unidos, desafiou o conceito de inferioridade racial , militando em nome dos negros norte-americanos no início do séc XX.
ESTRANHOS FORA DE CASA - RELAÇÕES DE PARENTESCO - W. RIVERS
William Rivers ( 1864 - 1922) originalmente se formou em medicina. Quando integrou uma expedição da Universidade de Cambridge para o norte da Austrália, os testes psicológicos que Rivers fez junto aos nativos fizeram com que ele percebesse a grande importância que as relações de parentesco ocupavam nessas sociedades. Posteriormente, Rivers fez pesquisas pioneiras no estudo do sistema nervoso e no estudo da ação das drogas no corpo humano, realizando uma aproximação importante entre psicologia, medicina e antropologia. Trabalhou também junto a etnia TODA do sul da Índia, onde Rivers finalmente trabalhou como um antropólogo que vai a campo ao invés de ficar em casa teorizando.
ESTRANHOS FORA DE CASA - PESQUISA DE CAMPO - WALTER B. SPENCER
Esta série começa seguindo os passos do cientista britânico Walter Baldwin Spencer (1860 - 1929) em seu trabalho junto aos aborígines australianos . Spencer chegou na Austrália em 1887 como professor de Biologia da Universidade de Melbourne e se envolveu num ambicioso projeto de exploração do interior da Austrália. Durante a expedição, Spencer conheceu Frank Gillen e juntos desenvolveram um método de trabalho que ficou conhecido como "pesquisa de campo". Tal método foi empregado no estudo dos aborígines australianos influenciando deste então o modo de estudar outras culturas.
ESCOLA E COMUNIDADES INDÍGENAS
Índio Pataxó e professores universitários discutem sobre diferentes formatos de escola, principalmente àquelas em populações indígenas. "Escola não como uma instituição, mas como uma extensão" de acordo com Jerry. As escolas devem vir como demanda do interior da comunidade e não terem um modelo exterior imposto à elas.
TRÓPICO DA SAUDADE: LÉVI-STRAUSS NA AMAZÔNIA
Relato acerca das vivências do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss no Brasil, destacando sua relação com os Nambikwara – povo da Amazônia do qual ele guarda suas mais saudosas memórias. A partir de entrevistas com o antropólogo e citações de "Tristes Trópicos", o documentário focaliza a viagem de Lévi-Strauss à Amazônia em 1938 e seu pensamento sobre o futuro da humanidade. O filme revela que os Nambikwara guardam uma viva memória de sua passagem e que este povo resistiu à destruição ambiental e às intervenções contra sua cultura.
DIÁLOGOS PANTANOSOS
O delta do Danúbio na Romênia - "o último santuário da Europa" - é um patrimônio mundial da UNESCO. Enquanto são feitos grandes esforços para proteger a biodiversidade, a situação das comunidades locais é largamente ignorada. Os cientistas sociais afirmam que a natureza impactante do pântano têm fortes efeitos sobre a vida dos moradores. Mas seria a natureza a culpada por isto? “Diálogos pantanosos” é baseado em uma extensa pesquisa de campo na Reserva da Biosfera - Delta do Danúbio. A partir de um "argumento montagem", construído inteiramente na linguagem cinematográfica do filme, motiva-se uma reflexão antropológica sobre a produção do conhecimento em ciências sociais.