CIDADE

Os primeiros tempos de Brasília com base nas imagens registradas pelo americano artista gráfico Elgine Feldman. O foco são os candangos, operários de Brasília no ano de 1959, sem deixar de mostrar os bastidores da construção: os acidentes de trabalho, a prostituição, o comércio, a alimentação, os problemas de saúde, os assassinatos. As imagens de Feldman são comentadas 20 anos depois quando o filme é montado e a narração é pontuada pelo ex-operário Luiz Perseghini, então agricultor aos 63 anos e pelo pintor de vários painéis de Brasília, Athos Bulcão.

Num tom de denúncia, o filme aborda a comunidade de Maciel, em Salvador, que vive a margem da economia desta cidade, sendo majoritariamente constituída de prostitutas, traficantes e famílias carentes.

Acompanha um dia de Wilson, um catador de sucata da cidade de São Paulo.

Break + grafite + dj + mc + posse: os elementos da cultura hip-hop são a base deste documentário sobre adolescentes moradores em Santo André, na periferia industrial de São Paulo.

Poesia para os urubus é um documentário sobre a história do grupo musical Moleque de Rua, formado há 13 anos na Vila Santa Catarina, periferia da cidade de São Paulo. Com uma mistura de diferentes instrumentos musicais, incluindo alguns confeccionados em sucata, a banda revela sua música com uma forte influência do rap, samba e rock. Suas composições variam de românticas à crítica sobre a crise sócio-política do país.

Percorrendo os quatro elementos que são a base da cultura Hip Hop: o break, o grafite, o Mc e o Dj, o documentário mostra as especificidades do rap carioca, caracterizado pela ousadia e diversidade musical; suas realizações e celebrações, registradas em eventos, festas, coletâneas e programas de rádio comunitária; a preocupação social presente nas oficinas onde se ensina o break, o grafite e a discotecagem e por fim, a importância da palavra como fator de conscientização.

Documentário no qual músicos como Luiz Melodia, Rappin Hood, MV Bill, Leci Brandão e Racionai's MC's, entre outros, refletem sobre as diferenças e semelhanças entre o Hip Hop e o samba, bem como a importância destes movimentos na cultura nacional.

Som da Rua é uma série de pequenos programas de cerca 3 minutos sobre pessoas que produzem música na espontaneidade das ruas. O filme se passa em cidades dos estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Ceará, no nordeste brasileiro, uma região com grande tradição de artistas de rua e feiras populares.

Depoimentos de pichadores revelam uma outra noção de espaço público na cidade de São Paulo e mostram que, ao contrário do que dizem os transeuntes, existe um significado. A pichação é encarada aqui como um mecanismo de linguagem que estrutura relações sociais entre jovens de periferia. Através da escrita, da leitura e do encontro, pichadores mantém uma complexa rede social articulando relações entre grupos das mais diversas regiões da metrópole: zona leste, zona sul, zona oeste, zona norte e ABC.

Quatro pessoas com dificuldades de locomoção conduziram a equipe deste documentário num roteiro pela cidade, destacando os problemas e soluções de acessibilidade no ambiente urbano na cidade de São Paulo.