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Na edição de 2024, a revista Journal of Audiovisual Ethnomusicology (JAVEM) apresenta uma curadoria de cinco filmes que exploram as dimensões multissensoriais da interação entre música, cultura e multimídia, além de se destacarem pela busca de metodologias interativas, da exploração de experiências sensoriais e dos complexos mundos sócio-políticos nos quais a música está presente. Entre as obras selecionadas, a nova edição da JAVEM traz duas produções realizadas por pesquisadores do grupo de Pesquisas em Antropologia Musical (PAM) da Universidade de São Paulo (USP).
Open Gasy apresenta os desafios que um músico Malgaxe enfrenta no cenário da World Music francesa, as complexidades do trabalho, a necessidade de adaptação e as complexidades da autenticidade musical. Realizado por Yuri Prado, o filme está disponível no site do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP (LISA). Yuri Prado é pós-doutorando em Antropologia Social na USP, supervisionado pela professora Rose Satiko Hikiji, tendo realizado estágio de pesquisa na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris. Formado em Música (Composição) pelo Departamento de Música da USP, possui Doutorado Direto pela mesma instituição, com estágio de pesquisa em etnomusicologia na Université Paris VIII.
O filme Toré, dirigido por Alice Villela, apresenta uma experiência visceral das práticas espirituais e comunitárias, trabalhando o papel da identidade cultural indígena e suas estratégias de resistência através da musicalidade e da dança e do estreitamento de laços comunitários. Alice Villela realizou seu pós-doutorado em Antropologia Social na USP, também supervisionada pela professora Rose Satiko. Trabalhou mais de dez anos com o povo Asuriní do Xingu, no Pará, desenvolvendo pesquisas de mestrado e doutorado sobre imagem e xamanismo. Atualmente, desenvolve pesquisas ligadas à luta pela terra e à música dos Kariri-Xocó, povo indígena de Alagoas. Pesquisadora e diretora de filmes documentários junto a povos indígenas, atua como colaboradora do Laboratório Cisco, tendo dirigido diversos documentários tais como Acontecências (2009), Toré (2022) e Na Volta do Mundo (2022).
Sediado no LISA, desde 2011, o PAM se dedica a estudar os diálogos entre antropologia e música no âmbito da linha de pesquisa das “Formas Expressivas e Regimes de Conhecimento” do Departamento de Antropologia da USP. A linha de pesquisa trata das relações envolvidas em distintos regimes de produção de conhecimento e de expressão estética.
Nos dias 03, 04 e 07 de outubro de 2024, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) receberam a “Jornada Internacional de Estudos - As técnicas do corpo: 90 anos do ensaio de Marcel Mauss”.
Coordenado e organizado por Guilherme Moura Fagundes, docente do Departamento de Antropologia da USP (DA) e vice-coordenador do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP (LISA), e por Rafael Antunes Almeida, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), o evento demarcou os 90 anos do ensaio "As técnicas do corpo", do antropólogo francês Marcel Mauss, e o lançamento do Coletivo de Antropologia, Ambiente e Biotecnodiversidade (CHAMA), grupo de estudos do Departamento de Antropologia da USP liderado pelo professor Guilherme Moura Fagundes.
A jornada contou com a participação de três dos maiores especialistas na vertente "tecnológica" da obra de Mauss - isto é, voltada, literalmente, ao estudo da técnica - , a saber: Perig Pitrou, pesquisador do CNRS e diretor do centro de pesquisas Maison Française d'Oxford; Carlos Sautchuk, coordenador do Laboratório de Antropologia da Ciência e da Técnica da Universidade de Brasília (LACT/UnB); e Nathan Schlanger, da École Nationale des Chartes (ENC, Paris).
As comunicações buscaram comparar a recepção e os efeitos do ensaio de Mauss para a consolidação da antropologia da técnica no Brasil e na França. Esse campo de estudos tem se dedicado a compreender o fenômeno técnico desde uma perspectiva simétrica, superando a dicotomia entre sociedades modernas e tradicionais, bem como abarcando as interações entre humanos e não-humanos nas atividades de feitura da vida. Tudo isso ganha centralidade na nossa atual crise ecológica, quando as ações humanas sobre o planeta são, por vezes, reduzidas às ideias de "destruição da natureza" e "controle dos viventes", obliterando a continuidade paleontológica entre os fenômenos técnicos e vitais.
O auditório do LISA sediou a primeira mesa da jornada, intitulada Vida e movimento: impactos e perspectivas das técnicas do corpo entre o Brasil e a França, com abertura do professor Guilherme Moura Fagundes, mediação de Rafael Almeida e exposições de Carlos Sautchuk e Perig Pitrou. O objetivo da mesa foi demonstrar como o ensaio de Marcel Mauss condensa diferentes inflexões que seu pensamento realiza, sobretudo acerca da materialidade e da dimensão vital na configuração da vida social, lançando um programa de pesquisas que se atualiza nas críticas contemporâneas à oposição entre natureza e cultura.
Além da mesa de abertura, a jornada contou com três conferências proferidas pelo professor Nathan Schlanger. A primeira, intitulada “Técnicas do corpo e corpos técnicos – Marcel Mauss sobre a indústria e o artesanato” — proferida em francês, com tradução simultânea —, foi mediada pelo professor Guilherme Moura Fagundes e se baseou em materiais de arquivos de Marcel Mauss para nos fornecer detalhes intelectuais e institucionais acerca do contexto de emergência do pensamento maussiano sobre a técnica. A segunda conferência, realizada em inglês, intitulada “André Leroi-Gourhan from material civilisations to technical behaviour”, foi mediada por Eduardo Neves (MAE/USP) e se concentrou no último livro de Nathan Schlanger sobre o etnólogo e arqueólogo André Leroi-Gourhan (1911-1986), aluno de Marcel Mauss e contemporâneo de Claude Lévi-Strauss no Collège de France. Por fim, a última conferência tratou do tema “Aprender no paleolítico: gestos técnicos, cadeias operatórias e a construção de habilidades na pré-história”, com apresentação de Joana Cabral (IFCH/Unicamp) e mediação e tradução de Chantal Medaets (FE/Unicamp).
A jornada foi uma realização do Coletivo em Antropologia, Ambiente e Biotecnodiversidade da USP (CHAMA), do Laboratório de Antropologia de Ciência e da Técnica da UnB (LACT) e do Consulado Francês em São Paulo. Além do LISA, o evento foi apoiado pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP), pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP (PPGAS-USP) e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Unicamp (PPGAS-Unicamp).
Para consultar a programação do evento, acesse o site do LISA: https://lisa.fflch.usp.br/node/13058. As gravações das sessões da jornada estão disponíveis no canal do CHAMA: https://www.youtube.com/@Chama-USP. Para saber sobre o ensaio “As técnicas do corpo”, visite a Enciclopédia de Antropologia da USP através do link: https://ea.fflch.usp.br/obra/tecnicas-do-corpo.
O filme São Palco - Cidade Afropolitana será exibido na quarta-feira, 23/10, na Universidade de Oxford.
Shambuyi Wetu, Yannick Delass, Lenna Bahule, Edoh Amassize e outros artistas afropolitanos ocupam Sampa e o mundo com sua criatividade diaspórica.
Sinopse: O que artistas africanos que chegam ao Brasil nos últimos anos carregam consigo na travessia? Como dialogam as diásporas africanas – a nova diáspora criativa e a que fez do Atlântico um cemitério? Que palcos são ocupados, construídos, preenchidos com as performances dos artistas que atravessam o oceano? Ancestralidades atualizadas em performances que constroem um presente afropolitano em uma metrópole em que é necessário ser atrevido, colorir o cinza. São Palco – Cidade Afropolitana apresenta a cidade de São Paulo como um meta-palco ocupado por artistas do Togo, Moçambique, República Democrática do Congo e Angola, entre outras nações africanas, em diálogo com a população brasileira e suas aberturas, contradições e tensões.
Nos dias 17 e 18 de setembro de 2024, a Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA) sediou o simpósio “Corpo-arquivo: práticas, memórias e imaginações audiovisuais”, organizado por Delfina Cabrera, Cecilia Gil Mariño, Carola Saavedra (UzK), Peter W. Schulze (PBI-UzK/Mecila) e Mateus Araújo (ECA-USP), com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP e do Maria Sibylla Merian Centre Conviviality-Inequality in Latin America (Mecila), centro que se dedica a investigar as interações entre convivência e desigualdade na América Latina. O evento reuniu arquivistas, curadoras/es e pesquisadoras/es para debater o papel dos arquivos na preservação de histórias e memórias marginalizadas. Em um cenário de crescentes discussões sobre memória, preservação e representatividade, o evento destacou a relevância dos chamados "arquivos audiovisuais menores", um conceito proposto pela pesquisadora Juana Suárez.
O simpósio abordou a necessidade de questionar as narrativas hegemônicas e promover um diálogo transregional sobre práticas arquivísticas na América Latina. A proposta central do evento foi investigar como práticas colaborativas e o pensamento decolonial podem contribuir para a reformulação das memórias audiovisuais. Em foco, estavam as questões de circulação, acesso e políticas de preservação de patrimônios, enfatizando as violências e ausências que marcam a construção de arquivos, bem como a possibilidade de reimaginar esses espaços por meio de novas perspectivas.
O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP) foi convidado para compor uma mesa ao lado do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), da Unicamp. Rose Satiko Gitirana Hikiji, coordenadora do LISA, e Leonardo Fuzer, responsável pelos acervos do Laboratório, participaram das discussões juntamente com Mário Medeiros, coordenador do AEL. O encontro entre as duas instituições proporcionou um rico intercâmbio sobre práticas arquivísticas e a preservação de memórias em um contexto latino-americano, ampliando a compreensão sobre a importância de projetos colaborativos.
Fundado em 1991 por Sylvia Caiuby Novaes, o LISA se consolidou como referência na produção e preservação de materiais audiovisuais. O laboratório conta com uma estrutura técnica que inclui reservas de acervos, auditório e ilhas de edição, e abriga coleções de imagens, vídeos e arquivos sonoros relacionados a pesquisas com populações indígenas e outras comunidades. Ao longo de sua trajetória, o LISA também se destacou pelo compromisso em tornar seus acervos acessíveis ao público e às próprias populações retratadas, reforçando sua missão de colaborar com as comunidades envolvidas.
A questão da acessibilidade dos acervos foi um dos pontos mais discutidos durante o simpósio. Desde 2004, o LISA tem se empenhado na digitalização de seu vasto acervo audiovisual, um processo contínuo que visa preservar materiais históricos como fotografias em papel e fitas de rolo. Atualmente, o acervo do laboratório conta com cerca de 2 mil filmes (principalmente documentários, em média e longa-metragem), 24.500 imagens (incluindo fotos, adesivos e placas de vidro) e 700 horas de registros sonoros (fitas cassetes, discos, CDS e arquivos digitais). A maioria do acervo fotográfico e fonográfico é composta por registros com povos indígenas.
Além de sua função preservacionista, o LISA se consolida como um espaço de produção audiovisual de filmes etnográficos, realizados por pesquisadores ligados ao Departamento de Antropologia, desde a iniciação científica até o pós-doutorado. a. Ao longo de sua trajetória, a produção audiovisual do LISA tem explorado uma ampla gama de questões, como rituais, migrações e práticas culturais, em contextos diversos.
No seminário, foi discutido o projeto do LISA de reforçar abordagens colaborativas na produção audiovisual, por meio do apoio a projetos desenvolvidos em parceria com as populações pesquisadas. Essas iniciativas, ao promover a participação ativa das comunidades, evidenciam o compromisso do laboratório em devolver os materiais produzidos para aqueles que são o foco de suas pesquisas. Também a digitalização do acervo tem como objetivo a ampliação do acesso a ele por parte das populações retratadas. Assim, podem acessar, compartilhar e ressignificar suas histórias.
O simpósio “Corpo-arquivo” trouxe uma reflexão profunda sobre o papel transformador dos arquivos menores, não apenas como repositórios de memória, mas como ferramentas ativas na resistência cultural e na democratização do acesso ao conhecimento. Ao reunir instituições como o LISA e o AEL, o evento promoveu um espaço de diálogo essencial para repensar as formas de preservação e circulação das memórias audiovisuais, especialmente no contexto latino-americano.
A participação do LISA no simpósio reforçou seu papel pioneiro e seu compromisso contínuo com a produção e preservação de arquivos audiovisuais, ampliando o debate sobre as vozes e narrativas de populações indígenas e de outras comunidades. O trabalho do laboratório reflete uma abordagem que vai além da conservação tradicional, promovendo a devolução e a participação ativa das comunidades na construção de seus próprios arquivos, em uma prática ética e colaborativa.
Através de iniciativas como a digitalização dos acervos e produções audiovisuais colaborativas, o LISA continua a se posicionar como um espaço inovador na antropologia visual, ajudando a moldar novas formas de imaginar e preservar memórias.
Para saber mais sobre as instituições envolvidas, acesse:
LISA-USP: https://lisa.fflch.usp.br/
AEL: https://ael.ifch.unicamp.br/
MECILA: https://mecila.net/pt/
Nessa terça, 24/09, exibimos o filme São Palco - Cidade Afropolitana na Usp Ribeirão Preto. Na quarta, @shambuyiwetu e Rose Satiko participam do curso da @dra.francirosy.
O Programa Cultura na USP, da Rádio USP, entrevistou no dia 24/10/2024 as curadoras da exposição "Trajetórias Cruzadas", que está em cartaz de terça a domingo, inclusive feriados, das 10h às18h, gratuitamente no Centro MariAntonia.
As antropólogas Sylvia Caiuby Novaes e Fabiana Bruno contaram sobre a coleção de 300 imagens de Claudia Andujar, Lux Vidal e Maureen Bisilliat que mostram um Brasil pouco conhecido até por brasileiros. As três fotógrafas nascidas na Europa tiveram trajetórias similares no Brasil depois de experiências pessoais marcadas pela Segunda Guerra Mundial.
Acesse a entrevista completa no link: https://jornal.usp.br/podcast/cultura-na-usp-65-exposicao-no-centro-mariantonia-destaca-tres-fotografas-nascidas-na-europa/
Equipe do Programa Cultura na USP #65
Apresentação | Elcio Silva
Produção | Elcio Silva e Fabio Rubira
Trabalhos Técnicos | Bene Ribeiro
Captação de vídeo | Elcio Silva
Edição de vídeo | Denner Costa
Cultura na USP é uma parceria entre a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e a Superintendência de Comunicação Social. Vai ao ar toda quinta-feira, às 14h, pela Rádio USP FM 93,7Mhz (São Paulo), Rádio USP FM 107,9Mhz (Ribeirão Preto) e também por streaming. As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP(jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
A edição de agosto de 2024 da Revista Pesquisa FAPESP menciona a pesquisa de pós-doutorado de Alice Villela, realizada no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, sob orientação da Profa. Dra. Rose Satiko, no âmbito do projeto temático financiado pela FAPESP intitulado “O Musicar Local: Novas trilhas para a etnomusicologia”.
A matéria da FAPESP aborda o crescimento da produção fílmica indígena nos últimos anos no Brasil, o que tem inspirado diversos estudos. Entre os principais motivos para a realização das produções destacam-se as demandas por terras e direitos.
Alice Villela e Hidalgo Romero dirigiram o filme Toré como parte do projeto “O Musicar Local: Novas trilhas para a etnomusicologia”. Lançado em 2022 e com duração de 18 minutos, o filme retrata o povo indígena Kariri-Xocó, que vive às margens do Rio São Francisco, em Alagoas. O grupo tem nos seus cantos e rituais tradicionais um lugar de força para resistir a uma história colonial de violência e invisibilidade.
Despojados de sua língua e de seu território, expropriados ao longo da história brasileira, eles ocuparam em 2015 uma parcela de suas terras ancestrais, em um movimento chamado de Retomada.
Este filme acompanhou um dia de imersão junto aos Kariri-Xocó nas terras retomadas. Eles cantam para seguir resistindo e resistem para seguir cantando.
A matéria completa da Revista Pesquisa FAPESP no site: https://revistapesquisa.fapesp.br/em-destaque-crescente-no-pais-filmes-indigenas-inspiram-estudos/
O filme etnográfico "Bibiru: Kaikuxi Panema" ganhou quatro prêmios internacionais no primeiro semestre de 2024. No 25º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental - FICA, o documentário venceu nas categorias: Prêmio Acari Passos de Melhor Média-Metragem, Troféu Imprensa José Petrillo e Prêmio Jesco Von Putkammer, do Júri Jovem. O festival aconteceu na cidade de Goiás durante o mês de junho e recebeu mais de mil inscrições de gêneros cinematográficos diversos, que tivessem conexão com a temática ambiental. Também foi eleito na categoria Best Green and Environment Film pelo júri do Cineparis Film Festival, que reuniu em Paris, no mês de junho, artistas e cineastas focados na descoberta de novos talentos e obras. Em julho, o filme recebeu a indicação para o XV Prêmio Pierre Verger de Filmes, promovido pela Associação Brasileira de Antropologia, um dos principais festivais competitivos de obras produzidas no âmbito de pesquisas antropológicas na América Latina.
Finalizado com o apoio do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Universidade de São Paulo - LISA-USP, o filme conta a história do protagonista Bibiru, um kaikuxi (cachorro) que ficou panema (sem sorte na caça) e a tentativa de cura do seu dono, Waranaré Wayana. A obra é resultado de oficinas de vídeo ministradas pelo pesquisador do Grupo de Antropologia Visual - GRAVI-USP, André Lopes, e todas as imagens e sons que compõem o documentário foram registradas por jovens Wayana e Aparai na aldeia Bona, localizada no Parque do Tumucumaque, no Estado do Pará.
O média-metragem faz parte de uma trilogia iniciada em 2014 e realizada de forma totalmente compartilhada com os indígenas sobre os regimes de produção de alimentos na Amazônia: o primeiro trata da pesca, o segundo, da coleta do açaí e esse terceiro, da caça. O LISA-USP colaborou com os trabalhos de legendagem e correção de cor, realizados pelo especialista em audiovisual Ricardo Dionísio, e com a produção de Paula Morgado. “Bibiru: kaikuxi panema” foi co-dirigido por Latso Apalai e André Lopes e contou com a realização da Associação dos povos indígenas Wayana e Aparay - APIWA, Serviço Social do Comércio em São Paulo - SESC-SP, Instituto Sawe e apoio do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena - Iepé.
Lia Malcher, pesquisadora do grupo de pesquisa PAM e Kelwin Marques Garcia dos Santos, pesquisador do grupo GRAVI e PAM, foram premiados no Prêmio Pierre Verger!
O filme Jijet - Como estudamos nossos cantos, de Lia Malcher e Hugo Prudente e o ensaio fotográfico De palha e de ouro, de Kelwin Marques Garcia dos Santos receberam menção honrosa na mostra.
Mais detalhes em https://premiopierreverger.com/2024/premiados/
Confira a classificação:
1º Lugar média-metragem:
Uma Mulher Comum (Direção: Debora Diniz)
2º Lugar média-metragem:
Acervo ZUMVI - O Levante da Memória (Direção: Iris de Oliveira);
3º Lugar média-metragem:
Sou Moderno Sou Índio (Direção: Carlos Eduardo Magalhães)
Menção honrosa:
Jijet - Como estudamos nossos cantos (Direção: Hugo Prudente e Lia Malcher)
Fotografia:
1º Lugar:
Espelhos da memória: imagens de arquivo e o resgate do passado (Laura Guimarães, Gabriel Cardoso, Andressa Iremex Apinajé)
2º Lugar:
O sol daqui é amarelo (Henrique Fujikawa)
3º Lugar:
Parque Progresso (Nuno Godolphim)
Menção honrosa:
De palha e de ouro (Kelwin Marques Garcia dos Santos)