PROCESSAMENTO DA MANDIOCA

Plantada nas primeiras chuvas e cultivada no período das águas, é chegado o inverno, quando depois de um ano e nove meses é hora de colher a mandioca. Roça Mandioca retrata o processo de manejo e transporte no carro de boi, a lavagem, a moagem e o processamento da mandioca em polvilho. Base da alimentação dos moradores da região, do polvilho da mandioca são produzidos biscoitos e bolos. Sua massa é usada como alimento de galinhas e porcos, principal fonte de proteínas nesse contexto. Como eixo principal da história, a mandioca nos guia por aspectos do modo de vida de uma comunidade rural no interior de Passa Tempo, oeste de Minas Gerais.

Telecinagem, sem som, de cenas da expedição Rondon ao norte do Estado do Pará, filmadas entre junho e julho de 1927. Na época era chamada Parimã todo o sistema de montanhas do norte do Brasil, do Pico da Neblina até a Serra do Tumucumaque. A expedição percorre o rio Oiapoque que divide o território brasileiro com a Guiana Francesa, da cidade de Macapá, pelo Rio Amazonas partindo desta cidade e, por fim, na região do Tumucumaque (norte do Estado do Pará); estão registradas também imagens dos índios Tiriós e Negros Saramacás (descendentes dos escravos africanos trazidos para a Guiana Francesa). Há cópias deste filme no Museu do Índio e na Fundação Cinemateca Brasileira.

Imagens não editadas de cenas do cotidiano dos índios Zo'e, grupo de língua Tupi localizados na região do Cuminapanema, (noroeste do Estado do Pará) que integram a pesquisa da etnóloga Dominique Gallois.

Este filme originalmente foi concebido para 16mm e possuia som. É um dos primeiros filmes de longa metragem realizado por um cineasta brasileiro em área indígena. Mostra o cotidiano de alguns grupos do alto-Xingu quando ainda se encontravam isolados do contato com os brancos.