MIGRAÇÃO

Estudo sobre a classe operária com base na história de um cantor nordestino que vem para São Paulo, percorrendo um caminho de dificuldades como todo trabalhador migrante. Mas ele é confundido pela polícia com um operário que esfaqueou o patrão. Preso e humilhado, ele se descobre esmagado pela sociedade industrial.

Reflexão sobre os imigrantes nordestinos que moram na cidade de São Paulo que por meio de sua presença maciça enquanto mão-de-obra barata, ajudou a construí-la, vindo a tornar-se o maior polo econômico do Brasil, da América do Sul e uma das maiores metrópoles do mundo. Os sonhos, projetos e visão destes imigrantes que são recuperadas através de vários depoimentos, entre os quais destacamos Luiza Erundina e Luís Inácio Lula da Silva, são colocados lado a lado com depoimentos de paulistas que se sentem "invadidos" pela presença dos nordestinos e reagem discriminado-os.

Atraídos pelas cidades os habitantes do campo perdem a sua vinculação com o meio rural, provocando migrações internas. A legislação trabalhista rural vigente e a conquista, cada vez maior, de áreas de pastagens são responsáveis pelo êxodo rural.

Resultado de um trabalho que envolve a convivência por um ano com empregadas domésticas na cidade de São Paulo, este vídeo intercala depoimentos das domésticas, seus sonhos, aspirações e frustações, como se vêem na profissão, as situações de empregada migrante e suas relações com a cidade, com cenas de seu cotidiano. O foco do filme é também mostrar a atuação do sindicato por uma maior conscientização das domésticas e as vitórias trabalhistas já conseguidas.

Realizado entre 1980 e 1987, este documentário relata as transformações sofridas pela floresta amazônica em decorrência da construção de duas rodovias financiadas pelo BID (Banco Internacional de Desenvolvimento): a BR364 e a BR429 (que atravessou a reserva indígena dos URUEU WAU WAU). O vídeo foi dividido em três blocos: o primeiro acompanha a vida de um colono instalado pelo INCRA numa pequena propriedade onde antes havia floresta amazônica que se vê obrigado a abandonar seu lote e voltar à condição de meeiro; a segunda parte critica o modelo de colonização praticado pelo INCRA que levou colonos para áreas indígenas e incentivou a devastação da floresta nativa; a terceira e última traz o choque entre fazendeiros e seringueiros no estado do Acre entre os anos de 1986 e 1987 e o surgimento do líder Chico Mendes como defensor da exploração sustentável da floresta em contraponto aos pecuaristas e fazendeiros que procuram o lucro na devastação.