URU-EU-WAU-WAU - URUEU-UAU-UAU

Passado em Rondônia, onde convivem madereiros, garimpeiros, colonos e índios, o filme aborda o processo de colonização da região. De um lado, impulsionado pela atuação do governo, através da construção da rodovia BR429 que corta a reserva indígena dos Uru eu Wau Wau e que nasce junto com o projeto de transformar as terras vizinhas em região agrícola e, de outro, pela interferência da Funai, que durante três anos busca a pacificação deste grupo indígena até então arredio.

O filme narra a dramática busca, que empreeendeu Chico Prestes, nas selvas de Rondônia, na tentativa de recuperar seu filho Fabinho, capturado pelos Uru-Eu-Wau-Wau, em novembro de 1979. A equipe de filmagem documenta a expedição da FUNAI, no primeiro contato com os Uru-Eu-Wau-Wau, em contraste com o avanço massacrante da civilização para dentro do território indígena. Expostos às frentes de colonização, sem proteção eficiente da FUNAI, a nação Uru-Eu-Wau-Wau fecha a década da destruição contando seus mortos. Este filme integra a série premiada internacionalmente "A Década da Destruição".

Tomando como pano de fundo a busca do colono Chico Prestes pelas matas de Rondônia de seu filho raptado pelos índios Uru eu Wau Wau em 1980, discute-se a ocupação desordenada dos colonos e seu conflito com os índios e demais frentes extrativistas nessa região. (No Brasil este filme foi distribuido pela Verbo Filmes com o nome "Na Trilha dos Uru eu wau Wau").

Realizado entre 1980 e 1987, este documentário relata as transformações sofridas pela floresta amazônica em decorrência da construção de duas rodovias financiadas pelo BID (Banco Internacional de Desenvolvimento): a BR364 e a BR429 (que atravessou a reserva indígena dos URUEU WAU WAU). O vídeo foi dividido em três blocos: o primeiro acompanha a vida de um colono instalado pelo INCRA numa pequena propriedade onde antes havia floresta amazônica que se vê obrigado a abandonar seu lote e voltar à condição de meeiro; a segunda parte critica o modelo de colonização praticado pelo INCRA que levou colonos para áreas indígenas e incentivou a devastação da floresta nativa; a terceira e última traz o choque entre fazendeiros e seringueiros no estado do Acre entre os anos de 1986 e 1987 e o surgimento do líder Chico Mendes como defensor da exploração sustentável da floresta em contraponto aos pecuaristas e fazendeiros que procuram o lucro na devastação.