RITUAL

SER TIHIK SER BORUM

Código
1921
Título Original
SER TIHIK SER BORUN
Direção
CAMPOS, DILENY
Sinopse

Em determinadas épocas do ano os diversos grupos descentralizados Maxakali, se encontram para prestar homenagens aos espíritos e realizar a iniciação das crianças. Uma série de festividades entra em curso envolvendo toda a sociedade Maxakali: homens, mulheres e crianças, cada qual com atividades específicas. Os rituais de celebração dos ancestrais articula toda sua mitologia, que prescreve ações e condutas, para garantir a eficácia e agência do ritual. O principal ritual do calendário Maxakali é a iniciação das crianças, no qual as mulheres oferecem seus filhos mortos aos espíritos. As crianças são figuras centrais na cosmologia Maxakali, são guardiões da língua e dos costumes. Outro povo indígena apresentado são os Krenak, que com a retomada de suas terras, têm o interesse de recriar e transformar suas práticas rituais, as mulheres têm uma forte posição política no grupo, além de serem as guardiãs da língua Borun e a ensinarem nas escolas da comunidade.

Duração
31
Ano de produção
1998
Produção
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/MG
País
BRASIL
Idioma
PORTUGUÊS - MAXAKALI
Legendas
PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
DVD/4
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
VHS
Contato comercial
---
Tombo
1928
Conservação
REGULAR
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
MG
Cópias no acervo
1
Observações
Pesquisa e texto Myriam Alves

SÃLUAHÃ. O RETORNO À FESTA

Código
1898
Título Original
SÃLUAHÃ. O RETORNO À FESTA
Direção
fARGETTI, CRISTINA MARTINS
Sinopse

Os festejos do término da reclusão de meninas Juruna, pela primeira vez documentados – O povo Juruna vive no Parque Xingu (MT), a maior parte na aldeia Tubatuba. Juruna significa "boca-preta", nome em nheengatu, referente à antiga tatuagem preta perene que muitos Juruna apresentavam no rosto. Sua autodenominação é Yudjá, que quer dizer “dono do rio“. Este documento sobre a festa Sãluahã, festa de tirar da reclusão, é algo inédito. Não só por trata-se da primeira vez que é filmado, como ainda por ser o auge da retomada de um antigo costume dos Juruna, que havia sido abandonado.

Duração
55
Ano de produção
2000
Produção
CRISTINA MARTINS FARGETTI
País
BRASIL
Idioma
PORTUGUÊS - JURUNA
Legendas
PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
DVD/4
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
MINIDV
Contato comercial
---
Tombo
1905
Conservação
BOM
Procedência
CestA/USP
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
SP
Cópias no acervo
1
Observações
Cópia de VHS. Apoio: UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba)

PINTURA CORPORAL. UMA PELE SOCIAL

Código
1897
Título Original
PINTURA CORPORAL. UMA PELE SOCIAL
Direção
MONTAGNER, DELVAIR
Sinopse

Grafismo, desenhos, cores, pinturas corporais e seus significados sociais e simbólicos são revelados nas culturas Yanomami de Demini (AM), Kayapó de Kriketum (PA) e Marubo (AM).

Duração
21
Ano de produção
1994
Produção
CENTRO DE PRODUÇÃO CULTURAL E EDUCATIVA(CPCE)
País
BRASIL
Idioma
PORTUGUÊS
Legendas
---
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
VHS/NTSC
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
---
Bitola
HI-8
Contato comercial
---
Tombo
1904
Conservação
BOM
Procedência
CestA/USP
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
GO
Cópias no acervo
1
Observações
Direção e Pesquisa: Delvair Montagner

Fotografia: Nilson Araújo e André Luís Cunha

Edição: Armando Bulcão

Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq).

Cópia de VHS

DANÇAS PARA MAMACHA CARMEN

Código
1884
Título Original
DANZAS PARA MAMACHA CARMEN
Direção
NETO, ARISTÓTELES BARCELOS
Sinopse

Os povos dos Andes Centrais e Meridionais mantêm uma antiga tradição de cultar Nossa Senhora do Carmo com uma série de danças rituais de personagens mascarados, a qual é entendida como o modo devocional favorito dessa divindade. Esse filme etnográfico apresenta a experiência ritual vivida no vilarejo de Paucartambo, porta de entrada da antiga região incaica do Antisuyu, onde dezenove grupos de danças produzem a cada mês de julho um momento de síntese sociocosmológica a partir da convergência de imagens sobre a ancestralidade, a opressão colonial, a escravidão e as trocas entre habitantes de diferentes pisos ecológicos.

Duração
44
Ano de produção
2015
Produção
LISA-USP
País
PERU
Idioma
ESPANHOL
Legendas
PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Contato comercial
---
Tombo
1891
Conservação
BOM
Procedência
Produção LISA
Tipo de procedência
PRODUÇAO
Estado (UF) de produção:
--
Observações
Vimeo: https://vimeo.com/147132987 - Original Version: vimeo.com/lisausp/danzasparamamachacarmen

Legendas em português para surdos: vimeo.com/lisausp/dancasmamachacarmensurdos

English Subtitles: vimeo.com/lisausp/danzasenglish

TRIBO PLANETÁRIA

Código
1874
Título Original
TRIBO PLANETÁRIA
Direção
ABREU, CAROLINA
Sinopse

Debruçado sobre nove anos de pesquisa etnográfica, o filme compõe um ensaio audiovisual sobre a experiência das festas de música eletrônica no Brasil – as raves – e sua celebração de uma “tribo” que atravessa fronteiras nacionais. Realizado durante o festival Universo Paralello, que tomou lugar na paradisíaca Ilha D Ajuda (BA) para o réveillon de 2010, trata das interações entre os ravers e os indígenas que foram especialmente convidados para o evento. Através da justaposição de espetáculo e ritual, a festa tecnológica revela utopias, esperanças e tensões.

Duração
36
Ano de produção
2011
Produção
LISA-USP
País
BRASIL
Idioma
PORTUGUÊS
Legendas
INGLÊS, PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Contato comercial
---
Tombo
1881
Conservação
BOM
Procedência
Produção LISA
Tipo de procedência
PRODUÇAO
Estado (UF) de produção:
BA
Observações
Vimeo: https://vimeo.com/53160649 - ENGLISH VERSION: vimeo.com/lisausp/planetarytribe

CASAMENTO RONGA TEATRO UMBELUZI

Código
1853
Título Original
RONGA WEDDING UMBELUZI THEATRE
Direção
DIAS, MARGOT
Sinopse

Cenas da aldeia, mulheres a trabalhar e a cozinhar, duas mulheres a pilar e as outras batendo palmas, noivos, oferendas de objetos e de panos, dança (CAC).

“Isto foi no Instituto de Investigação Científica de Moçambique, foi ensaiado, não foi espontâneo” (MD).

Duração
6
Ano de produção
1961
Produção
Missão de Estudos das Minoris Étnicas do Ultramar Português/Junta de Investigações do Ultramar/Ministério do Ultramar
País
MOÇAMBIQUE
Idioma
---
Legendas
INGLÊS, PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Série
MARGOT DIAS, FILMES ETNOGRÁFICOS 1958-61
Contato comercial
---
Tombo
1860
Conservação
BOM
Procedência
Doação de Catarina Alves
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
--
Cópias no acervo
1
Observações
Disco 1

Sinopse da coleção:

Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.

Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.

Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.

Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.

ENTERROS MACONDES

Código
1852
Título Original
MAKONDE BURIALS
Direção
DIAS, MARGOT
Sinopse

Enterros em Maiapa e em Binyamen. Na segunda parte (a cores), vê-se Jorge Dias a conversar com um grupo de homens, espera-se, abre-se a cova, muita gente à volta, plano dos cântaros com água, chega o irmão, o morto chega enrolado num pano, miúdos espreitam curiosos, cantam, plano das pessoas e ir para casa (CAC). “[Maiapa:] Depois do morto ser enterrado fazem uma grande festa, e bebem – a família não, ela fica quieta –, mas o clã amigo, que tem mesmo a obrigação de fazer disto uma pândega... assim não precisam eles próprios de ter o trabalho... põem a terra outra vez lá dentro, molham com a água dos potes. Aqui já fizeram a cova e tiram a terra com este chelo, este cesto largo, chato; aqui têm os chilongos, estas coisas para a água que é trazida do poço para se molhar a terra. (...) [Binyamen:] Esta é uma das cenas mais comoventes... Eu gravei de muito longe porque não conhecíamos a aldeia e não podíamos ir mais perto sem interromper o que estão a fazer e então eu gravei de muito longe o que ela canta, e é comovente, está no disco. Isto é o caminho, estão à espera do irmão dela que vinha; olha, aqui está ele, sem uma palavra, entra na aldeia, passa, entra na casa, e agora já trazem o morto...” (MD). “Quando nos aproximamos, ouvia-se o choro das mulheres. Era uma toada impressionante: meio canto, meio gritos cantados (...)” (MM III: 272).

Duração
7
Ano de produção
1958
Produção
Missão de Estudos das Minoris Étnicas do Ultramar Português/Junta de Investigações do Ultramar/Ministério do Ultramar
País
MOÇAMBIQUE
Idioma
---
Legendas
INGLÊS, PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Série
MARGOT DIAS, FILMES ETNOGRÁFICOS 1958-61
Contato comercial
---
Tombo
1859
Conservação
BOM
Procedência
Doação de Catarina Alves
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
--
Cópias no acervo
1
Observações
Disco 1

Sinopse da coleção:

Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.

Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.

Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.

Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.

RITOS DE PUBERDADE DAS RAPARIGAS

Código
1851
Título Original
GIRLS PUBERTY RITES
Direção
DIAS, MARGOT
Sinopse

Segundo anotação de Margot Dias na lata do filme: “ng’oma em Kunalupapa em 20 de setembro de 58, sábado da saída. Tambalika, domingo da saída, dia 7 de setembro de 58” (CAC).

“Estas provas, como saltar a fogueira, correr entre uma fila de mulheres com paus de mandioca que tentam bater, é um gáudio. Esta tarde [de sábado] foi um misto de ritual sagrado e também divertido. Sem os homens, elas podiam fazer tudo” (MD).

“(...) a nalombo pega na cabeça rapada de cada mwali com ambas as mãos e obriga-a a manter uma determinada posição. A seguir, molha o dedo médio no óleo e deixa pingar algumas gotas no meio da testa, de maneira que o óleo escorra pela testa e pela cana no nariz e vá pingar na terra. Todas as mulheres seguem esta operação com grande ansiedade e atenção sem soltarem uma palavra. Atribuem algum significado à maneira como óleo escorre pelo rosto abaixo, considerando mau sinal se ele não seguir o caminho prescrito” (MM III: 238).

Duração
7
Ano de produção
1958
Produção
Missão de Estudos das Minoris Étnicas do Ultramar Português/Junta de Investigações do Ultramar/Ministério do Ultramar
País
MOÇAMBIQUE
Idioma
---
Legendas
INGLÊS, PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Série
MARGOT DIAS, FILMES ETNOGRÁFICOS 1958-61
Contato comercial
---
Tombo
1858
Conservação
BOM
Procedência
Doação de Catarina Alves
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
--
Cópias no acervo
1
Observações
Disco 1

Sinopse da coleção:

Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.

Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.

Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.

Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.

RITOS DE PUBERDADE MASCULINA LIKUMBI KUINDJILA EM KUMAÑGOMA

Código
1850
Título Original
LIKUMBI KUINDJILA. MALE PUBERTY RITES AT KUMAÑGOMA
Direção
DIAS, MARGOT
Sinopse

Sábado: iniciandos plantam árvores; sacrifício de um bonde. Grupo grande de rapazes corre com árvores na mão, vê-se depois um plano de dança dos rapazes já com as pinturas. Domingo: corte de cabelo das mães e dos iniciandos; dança dos nalombos e habilidades acrobáticas. Aqui, os personagens que dançam olham, brincam e interpelam diretamente a câmara (CAC).

“Isto é muito interessante, eles vão buscar as árvores, chegam os miúdos com as árvores e depois nesse recinto, onde vão estar as mães, têm que as plantar. Plantar é muito sagrado, um rapaz tem uma árvore, o nalombo põe remédio e o rapaz tem que deitar a terra com o cotovelo. Depois da plantação dançam. Os nalombos arrastam a terra de cócoras, marcando o lugar, plantam, depois sacrificam um cabrão. (...) É difícil filmar esse tipo de situações, não se vê bem mas não se pode interferir nos acontecimentos” (MD).

“Um tiro de pólvora seca atroa os ares. O apogeu dos grandes rituais começou. O nalombo principal, com a cabacinha pintada na mão, executa uma espécie de dança ritual em frente aos tambores. Nos seus olhos arregalados há uma fixidez estranha, enquanto a boca se rasga num ricto sinistro, a que os dentes incisivos afilados dão um ar quase demoníaco” (MM III: 180).

Duração
12
Ano de produção
1958
Produção
Missão de Estudos das Minoris Étnicas do Ultramar Português/Junta de Investigações do Ultramar/Ministério do Ultramar
País
MOÇAMBIQUE
Idioma
---
Legendas
INGLÊS, PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
---
Cor
P/B
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Série
MARGOT DIAS, FILMES ETNOGRÁFICOS 1958-61
Contato comercial
---
Tombo
1857
Conservação
BOM
Procedência
Doação de Catarina Alves
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
--
Cópias no acervo
1
Observações
Disco 1

Sinopse da coleção:

Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.

Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.

Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.

Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.

RITOS DE PUBERDADE MASCULINA LIKUMBI KUINDJILA EM MUANGA

Código
1849
Título Original
LIKUMBI KUINDJILA. MALE PUBERTY RITES OF PASSAGE AT MUANGA
Direção
DIAS, MARGOT
Sinopse

Preparação dos nalombos e dos iniciandos. Entramos e coltamos a sair de uma casa. No pátio interior, os rapazes são pintados com pintas brancas pelo corpo. Parte muito escura em que se vê o corte de cabelo e um grupo de homens começa a dançar. Vão-se juntando pessoas, começa a música. Um grupo de mulheres chega a cantar (ronda), vemos o círculo de dentro mas também de fora. Movimentos rápidos da câmara, na grande confusão que se vive nesse momento. Tiros no ar com pólvora. Grande grupo que corre. Rapazinhos tem a cara tapada. A parte da circuncisão é muito escura, no final veem-se rapazinhos sentados no chão. Rapazes à porta da casa do mato. Dançam e brincam uns com os outros, rindo. (Filmado em 31 de agosto de 1958. As sequências de circuncisão e da “casa dos rapazes” foram filmadas por Viegas Guerreiro) (CAC). “Aqui são os nalombo, uma espécie de sacerdote-curandeiro, a ir para a praça da aldeia a dançar, vão com este passo, a tremer as ancas. Os nalombo têm sempre um tambor especial, a música dá os sinais para mudar os movimentos. (...) [Os iniciandos] dormem numa casa sem paredes, as noites eram muito frias, por isso eles estão vestidos com uns panos, mas não fui eu que filmei esta parte por ser mulher, não podia estar com eles. As mães estão ali, as amigas e parentes metiam moedas nas mãos das mães, os nalombo entram aqui e fazem este tratamento, recebem o dinheiro, ficam sentados com as mãos assim [faz gesto], para cima. (...) Olha eles aqui em frente à casa [dos rapazes/’escola do mato’], depois vão lá os padrinhos, ensina armadilhas, tudo o que precisam de saber na vidam adulta, aprendem a lidar com as mulheres, aprendem a dança do mapiko, mas não sabemos muito bem o que é esta preparação, eles falavam disto em segredo” (MD). “Entretanto escurece profundamente; chegou o momento de serem submetidos a nova prova de coragem, a última do likumbi: ouve-se subitamente o rugido do leão muito perto, na espessura do mato. Os rapazes, apavorados, são obrigados a avançar na direção do rugido, até tocarem com a mão na fera. Vêem então que é um homem que imita o rugido com axímia perfeição” (MM III: 208).

Duração
18
Ano de produção
1958
Produção
Missão de Estudos das Minoris Étnicas do Ultramar Português/Junta de Investigações do Ultramar/Ministério do Ultramar
País
MOÇAMBIQUE
Idioma
---
Legendas
INGLÊS, PORTUGUÊS
Dublagem
---
Som
SONORO
Formato
---
Cor
COLORIDO
Sistema de cor
NTSC
Bitola
---
Série
MARGOT DIAS, FILMES ETNOGRÁFICOS 1958-61
Contato comercial
---
Tombo
1856
Conservação
BOM
Procedência
Doação de Catarina Alves
Tipo de procedência
DOAÇÃO
Estado (UF) de produção:
--
Cópias no acervo
1
Observações
Disco 1

Sinopse da coleção:

Entre 1958 e 1961, a antropóloga Margot Dias (1908-2001) realizou 28 filmes em Moçambique e Angola, pertencentes ao Arquivo Fílmico do Museu Nacional de Etnologia. Produzidas no contexto das “Missões de Estudos das Minorias Étnicas do Ultramar Português”, dirigidas por Jorge Dias, estas imagens constituem uma das primeiras utilizações do filme etnográfico no âmbito da antropologia portuguesa.

Esta edição inclui todos os filmes realizados naquelas campanhas de pesquisa, assim como a sonorização feita a partir das gravações de som nos mesmos terrenos pela própria Margot Dias. A identificação, a organização temática e a sonorização dos filmes foram asseguradas por Catarina Alves Costa.

Também se inclui, como extra, uma entrevista inédita a Margot Dias conduzida em 1996 por Joaquim Pais de Brito, então diretor do Museu Nacional de Etnologia.

Inclui brochura ilustrada de 76 páginas.
Dados Complementares
Esse filme se encontra no Disco 1 que contém os filmes de código 1836 à 1855.
O Disco 1 pertence à coleção Filmes Etnográficos de Margot Dias.