RESSURREIÇÃO
A narrativa do filmes é montada com fotos de assassinatos extraídas de jornais populares brasileiros e do arquivo do Instituto Médico legal. As posturas dos corpos é comparada as figuras dos pintores maneiristas.
A narrativa do filmes é montada com fotos de assassinatos extraídas de jornais populares brasileiros e do arquivo do Instituto Médico legal. As posturas dos corpos é comparada as figuras dos pintores maneiristas.
Cecília Meirelles nasceu no Rio de Janeiro e se tornou uma renomada poetiza. O filme rende uma homenagem a ela, servindo-se de poemas para montar este filme de ficção.
O filme ilustra de forma bem humorada a tradicional canção popular sobre o ciclo de vida, executada pelo trio Irakitã, passado numa zona rural.
Rodrigo Mendonza é um mercador de escravos que faz da violência seu modo de vida. Na disputa pela mulher que amava, mata o próprio irmão, seu rival. O remorso pela selvageria, leva Mendonza à penitência, com os jesuítas. A paz, no entanto, lhe é negada. Envolvido no jogo político dos colonizadores, ele se tornará um mártir na defesa dos Índios que viera para escravizar.
Após a repercursão e o sucesso de "Rio 40 graus", Nelson Pereira dos Santos prossegue sua trajetória com um cinema que acontece nas ruas, em que o personagem principal é o povo sofrido da cidade. Em seu segundo longa-metragem, Santos conta a história de um modesto compositor de escola de samba, interpretado por Grande Otelo. A grande dificuldade de viver da música, os problemas com o filho que acaba assassinado por pivetes. Ao cair de um trem, o sambista agoniza e relembra os episódios mais importantes de sua vida difícil e sonha em ter seu samba gravado por Ângela Maria.
A estória de uma família paulistana de pequena classe média que, de repente, se vê cara a cara com sua verdadeira condição de "pindura" total, ao precisar e ao querer cumprir um ritual socialmente cobrado: o casamento do filho mais velho. Dificuldades em pagar os docs, as encomendas, o terno; necessidade de vender a bicicleta (instrumento de trabalho de Zéca, o noivo); a aflição na escolha da foto que registre o evento - mas que seja barato, sem cenografias complicadas; a cerveja pouca durante a festa; o desespero e o cansaço contidos; a briga quase de "pastelão" entre os convidados; a viagem de lua-de-mel (para Santos), desistida no último momento por Ângela - consciente da situação de total precariedade do agora marido - mas um final cheio de perspectivas e esperanças para esse casal comum.
O Czar Ivan engana os nobres de sua corte enquanto cria um exército particular, que o ajudará a reinar novamente. Tendo como objetivo unificar os diversos territórios russos em um Império único. Alia-se a sua poderosa tia Eufrosinia, que trama colocar seu filho no trono. Nesta segunda parte, o espetáculo pictorial continua, agora acrescido de cores vistosas. Stalin fez objeções à forma como o Czar foi retratado, frágil e vacilante. Resultando na proibição do filme na URSS até 1958.
Ivan é coroado e depois, devido à oposição dos nobres da corte e a guerra contra os tártaros, é obrigado a abdicar. Extravagância é a definição correta para descrever esta magnífica obra de Eisenstein. Cada fotograma é um espetáculo visual. Com ângulos de câmera oblíquos, cenários gigantescos, vestuário riquíssimo em detalhes e ótimas interpretações, principalmente de Nicolai Cherkasov, como o Czar Ivan. Este épico de grandeza operística, teve uma forte influência da estética expressionista germânica.
Em 1242, a Rússia sofria constantes invasões pelos cavaleiros mongóis, o príncipe-pescador Alexander Nevsky (aqui interpretado pelo ator Nicolay Cherkassov) soube da invasão pelos teutônicos ao seu país. O povo se mobiliza e o escolhe seu comandante. Apesar da maioria das vitórias serem teutônicas, quando estes dominavam a cidade Pskov, são batidos por Nevsky na Batalha do Gelo. Paralelamente a este cenário em 1938, a Rússia estava na eminência de ser atacada por Hitler, situação que espelha o ocorrido em 1242. Ironicamente, o filme foi tirado de circulação quando da assinatura do pacto Germânico-soviético em 1939.
Terceiro longa-metragem de Eisenstein, que ele fez para comemorar os dez anos de Revolução Soviética, em 1917, durante os quais os bolchevistas derrubaram o governo Kerensky. Outra obra máxima de Eisenstein. Aqui ele usa, de forma impressionante, métodos experimentais e sofisticados de montagem, baseada no choque entre imagens para comunicar idéias abstratas, e o conceito das massas como herói. Filme obrigatório aos amantes da sétima arte, pleno de criatividade e forte apelo político social.