MÍDIA - IMPRENSA

O projeto Vídeo nas Aldeias patrocinado pelo Centro de Trabalho Indigenista vem há alguns anos visitando diversos grupos indígenas com equipamentos de registro e exibição de vídeo e, com um acervo de documentos sobre a realidade indígena brasileira. Este encontro dos índios com a sua imagem e a dos outros tem proporcionado momentos lúdicos, informativos, reflexivos e criativos, em que eles podem rever a imagem que fazem de si e colocar a documentação em vídeo a serviço de seus próprios projetos culturais. Nesse contexto, o documentário ilustra a maneira como quatro grupos indígenas (Kaiapó, Ticuna, Nambiquara e Gavião) estão fazendo uso do vídeo como instrumento de afirmação étnica.

O Caribe apesar de ser o ponto de encontro cultural de várias civilizações, européias, indígenas, orientais e africanas, sofre um poderoso colonialismo cultural através dos programas de televisão americanos captados por antena parabólica. Esta situação torna mais fácil saber a previsão de tempo em Nova York do que os problemas da região. Esta perda de identidade é analisada de forma irreverante por esse documentário, lançado ao ar pela TV Cultura em 18/10/92.

As emoções e reflexões de um grupo indígena vendo a própria imagem e de outros indígenas, num aparelho de TV. Ao levar uma televisão e um vídeo-cassete para os índios Waiãpi do Amapá, a equipe do projeto "Vídeo nas aldeias" registra a viagem que Waiwai, chefe da aldeia Mariry, faz por várias aldeias do seu território. Waiwai apresenta as imagens de sua primeira expedição à Brasília para falar com o governo e mostra vídeos sobre vários outros povos indígenas brasileiros. Este documentário reune as reações e os comentários de platéia durante e depois das projeções. Os índios refletem sobre a substância da imagem transmitida pela TV, discutem a diversidade dos povos indígenas, comentando as semelhanças das situações de contato e de enfrentamento com os brancos.

O cotidiano num acampamento "Sem Terra", na região de Marmeleiro, no sudoeste do Paraná. Este vídeo foi realizado pelos próprios agricultores, cujo roteiro e execução surgiram dentro da proposta do Projeto "Informação no acampamento: agricultores sem Terra X Imprensa".

No pós-guerra o mundo foi dividido em dois blocos, o norte-americano e o soviético. O Brasil, alinhado com os EUA, vive um período de modernização econômica e cultural. Imagens de época, recriações do cotidiano e depoimentos reconstroem o espírito do momento. A cultura se renova: cria-se o TBC, em 1948, a Vera Cruz em 1949, e é lançada a I Bienal de São Paulo, em 1951. A cultura popular também se divulga por meio de um novo e revolucionário veículo de comunicação: a TV.