CANDOMBLÉ

O filme aborda as atividades cotidianas de um terreiro de candomblé, localizado em São João de Meriti/RJ, através de uma entrevista com Ialorixá Todody d Ogum. Duas cerimônias são apresentadas: a Fogueira do Xangô, que celebra a vida através do fogo e o culto fúnebre Axexé, celebrado nos terreiros de candomblé brasileiros oito meses após a morte de pessoas que ocupavam altas posições na hierarquia religiosa do terreiro.

A história do terreiro de Matamba Tombenci Neto narrada pela mãe de santo desta casa que se confunde com a história da Mãe Hisa Mukalê. Localizado no bairro da Conquista, na cidade de Ilhéus (BA) o terreiro reproduz a tradição familiar que remonta o final do século XIX, quando a avó da Mãe Mukalê fundou a Aldeia de Angorô.

Dois filmes integram esse coletânea 1) "2 meses e 23 minutos": Mães, cozinheiras e crianças do acampamento João Cândido (MTST) em Itapecirica da Serra na ocupação que concentrou 4 mil familias na região metropolitana de São Paulo em apenas 2 meses./ 2) "LARRÓYÈ ": O vídeo faz parte de um estudo do grupo Umoja de dramarturgia afro-brasileira a respeito da figura enigmática do orixá Exu, para o espetaculo "Quem me Pariu?". Exu, no candomblé, é o elo entre o mundo dos deuses e o mundo terreno, responsável pelo movimento da terra, pela virilidade, criatividade, mensageiro, o abridor de caminhos, Senhor das encruzilhadas da vida oscilante entre o bem e o mal.

Gisèle Omindarewá, mãe de santo francesa, vive na Baixada Fluminense (RJ). A lembrança de sua infância e juventude quando participou da resistência francesa ao lado do pai, de sua vida africana como mulher de diplomata e a iniciação no candomblé nos anos 1960, são momentos de sua história individual que se cruzam com a vida cotidiana no terreiro de Santa Cruz da Serra.

A religião e a fé no Brasil no fim do século XX. Os rituais e festas mais marcantes das diferentes religiões, seitas e cultos, pastores e fiéis.

O grupo "Aganjú", de Queimados (RS) busca preservar e divulgar a cultura afro-brasileira através da dança. Neste vídeo eles falam sobre os ideais do grupo e apresentam o seu espetáculo de dança chamando "Dança dos Orixás".

Integrando o "Projeto de documentação brasileira", o vídeo pretende ser um registro das danças e instrumentos ligados ao candomblé. Nele são descritos os passos, gestos e posturas que fazem de cada dança ritual, conduzido por uma "vodunssi", dançarina, acompanhada por percurssionistas.

"Eu entro em transe e não sei o que acontece, só sei que viajo...". Barbara tem dez anos, pertence ao candomblé, à casa das divindades afro-brasileiras onde os orixás dominam por meio do transe, iniciados, crianças e adultos. A partir dos testemunhos de Bárbara e outras meninas, descobrimos a personalidade dos diferentes orixás, as sensações da possessão, as festas rituais. Na rua, outras crianças entram em transe de brincadeira, com a intenção de também viajar.

Retrata um ritual específico no Candomblé de purificação onde são evocados sucessivamente os três sentidos da palavra Ebó: sacrifício, oferenda e alimento. Entendido como uma exigência dos Orixás, este ritual atrai uma clientela de não-iniciados que busca uma solução para seus problemas de saúde, dinheiro, amor, trabalho, etc. O Ebó constitui, nesse sentido, de um lado, um modo de recrutamento para futuros adeptos e, de outro, uma fonte financeira considerável para o terreiro e para o Pai de Santo.

Durante o período de iniciação no Candomblé, de um modo geral, o adepto recluso permanece em estado de transe, sem por isto estar propriamente possuído. Na realidade, dois estados de transe se alternam: o "estado de santo", apático, prefiguração da possessão de um Orixá (entidade africana a qual o iniciante "dedica sua cabeça" ) e, o "estado de Erê", caracterizado por um comportamento de euforia infantil. A narrativa do vídeo está baseada nos passos que envolvem a possessão do Orixá e do Erê pela adepta Beta e pelo seu depoimento onde é enfocado a relação, particularmente conflituosa que ela mantém com o Erê